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Segundo a bula do medicamento, o Omeprazol "é utilizado para o tratamento de curta duração em adultos, da azia, perturbações da digestão, enfartamento, indigestão ácida e hiperacidez ou prevenção destes sintomas quando associados ao consumo de alimentos e bebidas". Diz ainda que "o tratamento não deverá ultrapassar as duas semanas"...
Este medicamento é muito utilizado para o tratamento da úlcera gástrica e da doença do refluxo gastro-esofágico.
O que se passa é que, este "é um medicamento seguro, mas está a ser sobreutilizado", palavras do gastroenterologista Hermano Gouveia, dirigente da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia (SPG). Em 2013, os portugueses consumiram quase três milhões de unidades de omeprazol.
Muitas pessoas estão a utilizar o Omeprazol como protetor gástrico, por exemplo quando estão a tomar outros fármacos e, na grande maioria das vezes é desnecessário, pois nem todos os medicamentos são lesivos para a mucosa do estômago.
Riscos associados à toma prolongada de Omeprazol:
1 - Pode reduzir a absorção de Vitamina B12 (cianocabalamina) que tem um importante papel na formação de novas células.
2 - Pode provocar ou agravar a deficiência de Magnésio, um dos mais importantes minerais do nosso organismo.
3 - Pode originar um aumento de infeções gastrointestinais.
Em conclusão, o Omeprazol pode e deve ser utilizado, mas deve ser prescrito pelo médico após avaliação clínica. As doses mais baixas, que podem ser vendidas sem receita médica, não estão isentas de risco; devem ser aconselhadas pelo farmacêutico e respeitar rigorosamente o tempo máximo de tratamento inscrito na bula do medicamento (normalmente duas semanas).