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Não me parece que se deva chamar o "Viagra" da mulheres, já que, apesar de ser o primeiro medicamento para tratar a disfunção sexual feminina, o seu modo se ação nada tem a ver com o comprimidinho azul (Viagra).
De nome comercial Addyi, foi aprovado a semana passada nos EUA este medicamento, cujo princípio ativo é o Flibanserin (100 mg), destinado a mulheres que ainda não estão na menopausa, mas que tenham falta de desejo sexual.
O modo de ação do Flibanserin é mais próximo de um antidepressivo do que do Viagra, já que funciona através de neurotransmissores que atuam no cérebro, regulando, por exemplo, o humor, à semelhança do famoso Prozac (Fluoxetina), enquanto que o Viagra relaxa os músculos e aumenta a circulação sanguínea, ajudando a tratar a disfunção erétil.
Outra grande diferença entre estes dois comprimidos é que o Viagra deve ser tomado antes de iniciar a atividade sexual, enquanto que o Addyi é para ser tomado todos os dias (1 comprimido ao deitar) durante um determinado período.
A aprovação deste medicamento foi polémica devido, sobretudo, aos efeitos secundários: descidas bruscas de tensão arterial, desmaios, tonturas, sono e náuseas. Além disso, não pode ser tomado juntamente com bebidas alcoólicas.
Falta que estes comprimidinhos cor-de-rosa cheguem à Europa. Por enquanto, só nos EUA é que já estão à venda.
Como aqui vai demorar a chegar, temos a vantagem de ter a certeza que os estudos sobre a sua eficácia vão ser mais conclusivos.