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Conselhos para combater a Gripe

por dicasdefarmaceutica, em 06.01.19

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O frio aperta e prevê-se que  as gripes cheguem em força nos próximos dias. O mês passado já falei AQUI de como se prevenir das doenças de Inverno, mas hoje venho reforçar algumas dicas importantes para evitar e combater a Gripe.

O vírus da gripe é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infetada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto direto com partes do corpo ou superfícies contaminadas (por exemplo, através das mãos). Por esta razão, devemos tomar algumas medidas para prevenir a gripe, nomeadamente: 

- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão (caso não seja possível, utilizar toalhetes).

- Utilizar lenços de papel descartáveis e deitá-los sempre nos sanitários ou lixo comum.

- Ao espirrar ou tossir, proteger a boca com um lenço de papel ou com o antebraço (não utilizar as mãos).

 

Caso os primeiros sintomas de gripe apareçam, aqui ficam 3 conselhos  importantes:

- Não vão diretamente à urgência! A primeira porta de entrada no sistema de saúde, nesta altura, deve ser o SNS24, através do número 808242424. Esta linha é atendida por enfermeiros que fazem a triagem. A grande maioria das pessoas pode ser tratada em casa ou nos Centros de Saúde.

- Não tomem antibióticos por iniciativa própria! Estes medicamentos não curam as doenças virais, como a gripe.

- Protejam-se do frio, tenham uma alimentação equilibrada e bebam muita água!

 

Fale de tudo isto com os seus familiares, amigos, vizinhos, pois se todos tomarmos medidas responsáveis, será mais fácil gerir estes períodos nos hospitais e Centros de Saúde. Muitas vezes, são as medidas mais simples que evitam a propagação da doença e as temíveis epidemias.

Só mais uma nota: os centros de saúde já ativaram os seus planos de contingência devido ao frio e muitos deles já estão a funcionar com horário alargado.

 

publicado às 19:17

Cuide do Seu Coração!

por dicasdefarmaceutica, em 13.12.18

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Hoje fui fazer umas compras à farmácia e colocaram-me no saquinho de papel, um folheto juntamente com os medicamentos. O tal folheto fala de conselhos tão importantes para o nosso Coração, que resolvi partilhá-lo aqui convosco, apesar das fotografias não estarem com muita qualidade:

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Cá está a base da prevenção de tantas doenças: alimentação e exercício físico. Também muito importante é conhecer os seus números: níveis de colesterol, glicose, pressão arterial, peso e circunferência abdominal. Só conhecendo como vai a sua saúde, pode prevenir e melhorar o seu estado, no que à saúde diz respeito.

Neste folheto, falta um fator muito importante para o sucesso da nossa saúde: ter um sono de qualidade e na quantidade ideal para cada idade.

A conclusão está no folheto : as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas ou retardadas através da alteração do nosso estilo de vida. Temos todos que refletir sobre isto. 

Fica aqui só um aparte para os meus colegas farmacêuticos: que tal dar estes folhetos em mão, com umas palavrinhas de aconselhamento? Eu gosto mais e acho que pode ser mais eficaz.

 

 

 

 

 

 

 

publicado às 20:03

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Foi ontem aprovada a inclusão de mais três vacinas no Plano Nacional de Vacinação: Meningite B, Rotavírus e Vírus do Papiloma Humano (HPV) para rapazes.

Meningite B

O meningococo B é o mais predominante em Portugal; mais de 70% das meningites no nosso país são provocadas pelo meningococo B. Transmitida por secreções respiratórias, a bactéria atinge crianças com menos de cinco anos, com um pico aos seis meses, levando à morte 5% a 14% delas e deixando 11% a 19% com sequelas, como danos neurológicos, perda de audição ou amputações. Há também risco de infeção entre os adolescentes. Apesar dos encargos (cerca de 300€ no total das doses), a grande maioria dos pais tem seguido as indicações dos pediatras e temos muitas crianças já vacinadas. Agora, vamos poder vacinar todos, os que podem e os que não podem pagar.

Rotavírus

O Rotavírus é a causa mais comum de diarreia grave com desidratação em crianças pequenas, entre os três e os quinze meses de idade. Trata-se de um dos vírus causador da tão conhecida gastroenterite. Muitos médicos questionam a importância desta vacina no Plano Nacional de Vacinação.

HPV para rapazes

A vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Vacinação em outubro de 2008, mas apenas para raparigas, pois este vírus é responsável por 90% dos cancros do colo do útero. Ontem esta imunização foi também alargada a rapazes, pois o Vírus do Papiloma Humano pode ser transmitido através de qualquer contacto sexual/genital ou oral, não escolhendo idade e não sendo um problema exclusivamente feminino.  

 

Convém salientar que esta introdução das vacinas no Plano Nacional de Vacinação foi feita pela Assembleia da República, sem o aval da comissão técnica que trata deste assunto e da Direção Geral da Saúde. Apesar de tudo e de ser uma boa notícia,  algo vai mal quando “quem manda não ouve quem sabe.”

 

 

 

 

 

publicado às 19:09

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As notícias do dia relativamente a saúde, são sobre os casos de sarampo que apareceram nos últimos dias no nosso país. Como muitas pessoas estão com dúvidas, aqui fica o comunicado muito esclarecedor da DGS.

Comunicado da Direção-Geral da Saúde

"A Direção-Geral da Saúde informa:

1. Entre os dias 8 e 21 de novembro de 2018, foram notificados na Região de Lisboa e Vale do Tejo 14 casos de sarampo, 10 dos quais confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;

2. Estes casos configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus;

3. Até à data, todos os casos confirmados são em adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável;

4. Está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos;

5. O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde 4 dias antes até 4 dias depois do aparecimento da erupção cutânea;

6. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal;

7. A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo. Assim, recomenda-se:

• Verifique o seu boletim de vacinas; se necessário, vacine-se e vacine os seus;

• Se esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;

• Se tem sintomas sugestivos de sarampo evite o contacto com outros e ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;

8. Recorda-se que o sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas;

9. Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso;

10. As pessoas que já tiveram sarampo estão imunizadas e não voltarão a ter a doença.”

Apesar de, desta vez, não ter começado em crianças e a culpa não ser atribuída diretamente à “brigada antivacinação”, convém lembrar que enquanto o vírus circula no mundo, é necessário continuar a vacinação.   cerca de 20 anos Portugal teve um surto de sarampo em que morreram perto de 50 crianças. Temos que continuar a vacinar para nos tornarmos um bom exemplo para a Europa e para o Mundo. Bem basta levarmos com estes casos que vêm “fazer turismo” até ao nosso país...

 

publicado às 10:26

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Começou há 10 anos a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) e Portugal é um exemplo internacional, com 750 mil jovens raparigas vacinadas, o que corresponde a 86% da população alvo para a vacina.

A vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Vacinação em outubro de 2008.

 

Cerca de 90% dos cancros do colo do útero podem ser prevenidos pela vacinação, mas este tipo de cancro continua a ser o segundo tipo de cancro mais comum em mulheres entre os 15 e os 44 anos. É muito importante continuar a prevenir, ou seja, a vacinar.

 

O Presidente da República, por altura da comemoração destes 10 anos, falou do desafio de alargar a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano aos rapazes. Muito bem!

O HPV pode ser transmitido através de qualquer contacto sexual/genital ou oral, não escolhendo idade e não sendo um problema exclusivamente feminino. Os rapazes também estão expostos ao vírus.  Este foi já o alerta de várias campanhas, nomeadamente a do início deste ano da Liga Portuguesa contra o Cancro.

 

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Tenho que acabar este apontamento com mais uma notícia que muito nos orgulha: a Ordem dos Farmacêuticos foi uma das entidades agraciadas pelo Ministério da Saúde com um louvor público pelo “trabalho meritório na vacinação contra infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV)”. Como referiu a nossa bastonário, Ana Paula Martins, este reconhecimento é dirigido a todos os farmacêuticos que na comunidade sensibilizam e apelam à vacinação, seja a vacina do HPV, a da gripe e outras, incluídas ou não no Plano Nacional de Vacinação.

 

publicado às 12:18

Diabetes: números e novidades

por dicasdefarmaceutica, em 06.09.18

 

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Nunca é demais falar de Diabetes. Sabem porquê? Porque continua a ser uma das doenças mais preocupantes deste século. Apesar das novidades e da grande evolução em prol da qualidade de vida dos doentes, o combate a esta doença continua a ser um dos principais desafios da próxima década.

Vou começar este post por responder a alguns leitores que não sabem porque é que já se vê tanta gente na rua com uns “autocolantes redondinhos” nos braços. Em resumo, trata-se de uma ferramenta inédita na medição dos níveis de glicose para pessoas com diabetes. Com estes dispositivos, sem picadas e sem dor, o doente pode ver como vai a sua diabetes ao longo do dia. Quem quiser saber mais sobre este produto pode ver AQUI o post que fiz quando este dispositivo começou a ser comparticipado pelo SNS.

 

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Agora, vamos aos números:

Em Portugal, por dia, são diagnosticados com diabetes cerca de 200 novos casos e 500 doentes são internados nos hospitais portugueses. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses. A este número somam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes. Estima-se ainda que, cerca de 44% das pessoas com diabetes esteja por diagnosticar, segundo os dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Em média, a diabetes mata entre dez a doze portugueses por dia, revela o último relatório nacional da DGS, divulgado no âmbito do Dia Mundial da Diabetes. Em 2040, a estimativa é que a doença afete um em cada dez adultos, em todo o mundo, cerca de 642 milhões.

Com vista ao reforço da prevenção e controlo da diabetes em Portugal durante os próximos cinco anos, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) estabeleceu, em maio de 2018, um compromisso de cooperação com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e as Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e do Algarve.  A cooperação entre a APDP, a ACSS e as ARS iniciar-se-á em janeiro de 2019, estendendo-se a 31 de dezembro de 2023, permitindo aos utentes com patologia de diabetes, identificados em cada ARS, que usufruam da oferta atual de prestação de cuidados de saúde disponibilizada pela APDP, nomeadamente consultas, tratamentos e exames.”

 

Todas as medidas de prevenção são essenciais para combater este flagelo, um verdadeiro problema de saúde, que atinge cada vez pessoas mais jovens, devido sobretudo a estilos de vida incorretos, que levam à obesidade (alimentação desadequada e falta de exercício físico).

Muito importante também é a chamada prevenção terciária, que tem como objetivo o tratamento das complicações da doença, nomeadamente, a retinopatia diabética, o pé diabético e a insuficiência renal, além de outras.

 

Só um trabalho em conjunto, feito por doentes, associações, profissionais de saúde e governo, poderá mudar os números que referi acima. Também muito importante é a formação dos mais novos, dada na escola e aos educadores. Ainda hoje li um artigo que referia que 49% dos portugueses apresentam níveis limitados de literacia em saúde. Muita coisa tem que mudar.

Espero poder estar aqui a escrever em 2023 os números referentes ao sucesso do programa que vai ter o seu início em janeiro de 2019.

Vamos todos trabalhar no combate à Diabetes!

 

 

 

publicado às 15:48

Vamos aprender a viver com os mosquitos

por dicasdefarmaceutica, em 03.07.18

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Escrevi este artigo para a revista Inominável, mas queria partilhá-lo também aqui no blog. Cá vai ele:

 

É só a temperatura começar a subir e começam eles a zumbir nos nossos ouvidos. Malvados mosquitos! Porque é que só aparecem no calor? Porque é que picam mais umas pessoas do que outras? Como é que nos podemos proteger?

Vou tentar responder a estas perguntas, pois quando começa o verão ou quando viajamos para algumas zonas do planeta, é inevitável o contacto com estes seres.

Uns mais agressivos, outros a deixar marcas mais ou menos profundas e outros até mortais, o melhor mesmo é prevenir e aprender a lidar com eles.

 

 ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE OS MOSQUITOS

- Os mosquitos machos não picam. Neste caso, as “más da fita” são as fêmeas que, para que os ovos amadureçam, necessitam de alguns nutrientes, alguns deles presentes no sangue. É por isso que são “elas” que andam atrás de nós. Os machos alimentam-se dos nutrientes das plantas.

- Sabem porque é que existe aquele zumbido insuportável? Porque algumas asas dos mosquitos chegam a bater trezentas vezes num segundo. Que horror e que canseira!

- Os mosquitos têm diferentes horários. Por exemplo, aqueles que transmitem a Malária são mais ativos do entardecer ao amanhecer, os que transmitem o Dengue são mais ativos durante o dia e os que transmitem o Zika gostam das primeiras horas da manhã e das últimas da tarde, evitando as horas de sol forte.

- O desenvolvimento dos mosquitos passa por quatro etapas: ovo, larva, pupa e mosquito adulto.

- Existem mais de 2500 espécies de mosquitos.

 

PORQUE É QUE OS MOSQUITOS SÓ APARECEM COM O CALOR?

O que acontece é que a grande maioria dos mosquitos morre porque não suportam as baixas temperaturas. Os poucos sobreviventes reduzem a sua atividade.

No tempo frio, as fêmeas diminuem a produção de ovos e, como são “espertinhas” evitam voar para economizar energia e manter o próprio corpo aquecido.

Os machos, não menos espertos, recolhem aos abrigos durante o inverno à espera de um clima mais favorável.

 

PORQUE É QUE OS MOSQUITOS PICAM MAIS UMAS PESSOAS DO QUE OUTRAS?

Isto tem muito a ver com o odor de cada pessoa. Existem dois compostos que atraiem os mosquitos: o dióxido de carbono que exalamos e o ácido láctico libertado pelo corpo.

Percebe-se assim porque preferem umas pessoas a outras, dependendo dos cheiros do hálito e do suor de cada um.

Mais recentemente, algumas investigações apontam também para uma explicação desta preferência relacionada com os genes ligados ao odor corporal. O próximo passo é descobrir quais os genes específicos envolvidos nesta escolha dos mosquitos.

 

COMO É QUE NOS DEVEMOS PROTEGER DOS MOSQUITOS?

- Aplicar repelente nas áreas expostas do corpo (braço, pernas, tornozelos, pescoço e face), evitando o contacto com as mucosas ou zonas sensíveis da pele.

- O repelente deve conter DEET, IR3535 ou ICARIDINA. 

DEET: na União Europeia a utilização deste composto químico (N,N-dietilmetatoluamida) não pode ser superior a 20 por cento. Este produto só deve ser usado em crianças com mais de 3 anos.

IR3535: este composto químico (Etilbutilacetilaminopropionato) é seguro para grávidas, sendo indicado para crianças dos 6 meses aos 2 anos, mediante orientação do médico.

ICARIDINA: tem uma ação mais prolongada do que os repelentes à base de DEET e pode ser utilizado por crianças a partir dos 2 anos.

Em cada família, uns são sempre mais "docinhos" do que outros e a eficácia de cada repelente é diferente de pessoa para pessoa.

- Renovar a aplicação do repelente cada 3 a 4 horas. 

- Se usar protetor solar ou maquilhagem, o repelente deverá sempre ser o último produto a aplicar.

- Preferir vestuário de cores claras e de fibras naturais, protegendo o mais possível a superfície do corpo (mangas compridas, calças e sapatos fechados).

- Aplicar repelente ou insecticida com Permerina no vestuário e nas redes mosquiteiras.

- Sempre que possível, usar ar condicionado e/ou dormir com rede mosquiteira.

- Manter as portas e as janelas fechadas. Se estiver num local com uma luz exterior, ligar só essa luz, pois aí estarão as osgas "concentradas e focadas" na caça aos mosquitos. Não gosto muito de osgas, mas tenho que concordar que são muito úteis em determinadas situações.

- Sprays insecticidas, difusores eléctricos ou serpentinas e pulseiras com repelente, poderão ter um efeito complementar. As pulseiras com citronela (também existem para o tornozelo) costumam ser um bom complemento no ataque aos mosquitos.

 

O clima quente e as chuvas favorecem o desenvolvimento em todos os estágios dos mosquitos, por isso, consoante a altura do ano e a zona para onde viajamos, assim devemos adequar as medidas de prevenção. É sempre aconselhável ir a uma consulta do viajante, fazer todas as prevenções aconselhadas e seguir o aconselhamento sobre as medidas adequadas a cada zona e a cada situação.

 

Os mosquitos, além de incomodarem e causarem picadas, são transmissores de muitas doenças, muitas delas sem vacina nem tratamento.

Basta pensarmos em doenças como a Malária, o Dengue e o Vírus ZIca, entre outras, para vermos a perigosidade destes seres. Podemos, claro está, fazer a prevenção da malária, mas para outras doenças, nem prevenção medicamentosa existe. Todas as vacinas aconselhadas devem ser feitas (febre amarela, encefalite japonesa, etc...) e nem por um segundo devemos duvidar da eficácia das mesmas.

 

Mais de 750 mil pessoas morrem anualmente no mundo por causa de picadas de mosquitos.

A prevenção é a única forma de nos protegermos contra estes animais, que são aqueles que mais matam no mundo.

 

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publicado às 08:39

 

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As doenças cardiovasculares são das que mais nos preocupam e andamos sempre a tentar arranjar mecanismos para a sua prevenção. Exercício físico e alimentação cuidada estão no topo da lista das medidas preventivas. Que exercício? Quais os melhores alimentos para incluir na dieta diária? 

Um estudo recente realizado na China e publicado na revista Heart refere que o consumo diário de um ovo pode reduzir significativamente o risco das doenças cardiovasculares.

Tinha que falar disto, pois adoro ovos e acho que é mesmo dos alimentos mais consensuais e mais fáceis de preparar. Que tal um ovo cozido partido numa tigela de sopa? Ou misturado na salada? Nada mais fácil. Também para levar em qualquer marmita é um alimento de eleição...

 

Neste estudo foram analisados os hábitos de consumo de cerca de meio milhão de chineses entre os 30 e os 79 anos.Os participantes no estudo que consomem ovos viram o risco de doença cardiovascular diminuir 18% e o de AVC reduzir 26%. O consumo diário de ovos levou também a uma redução de 25% no risco de cardiopatia isquémica.

Trata-se de um estudo apenas de observação, mas o tamanho da amostra faz com que seja significativo.

 

Há muita gente que tem medo de comer ovos por causa do colesterol. É verdade que os ovos (a gema) têm colesterol, mas quando consumidos moderadamente (um por dia), não são eles os “maus da fita” neste campo. Convém escolher também a melhor forma de os cozinhar. Claro que um ovo estrelado ou mexido, ao qual se adiciona a gordura durante o processo, fará pior do que um ovo cozido ou escalfado.

 

O ovo pode ser incluído em qualquer refeição do dia e contém apenas 75 calorias. Parece que que estou a fazer propaganda aos ovos, mas é só mais uma dica para manter a boa saúde e prevenir a doença. Foi ”o minuto do bem”, como diria a nossa amiga Bélinha nas “Manhãs da Comercial”.

 

 

 

 

publicado às 16:26

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Foi este o lema da campanha deste ano para assinalar o Dia Mundial da Hipertensão, que se comemorou no passado dia 17 de Maio.

No sentido de dar continuidade ao objetivo de conhecer os valores de pressão arterial (PA) dos portugueses, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) associou-se pela primeira vez, ao maior registo mundial de Hipertensão Arterial (HTA), o May Measurement Month (MMM - Maio, o Mês da Medição).

O MMM é o nome da iniciativa da International Society of Hypertension (ISH), apoiada pela World Hypertension League (WHL), que tem como objetivo continuar a sensibilizar a população para a necessidade de medir a sua pressão arterial.

De acordo com a informação da SPH, os centros envolvidos nesta iniciativa foram: o Centro de Saúde São João da Madeira, Hospital Egas Moniz do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Garcia da Orta, Hospital Pêro da Covilhã do Centro Hospitalar Cova da Beira, Hospital São Sebastião do Centro Hospitalar Entre Vouga e Douro.

 

A Hipertensão Arterial é uma doença silenciosa que afeta 42% dos portugueses. 70% das pessoas com mais de 65 anos sofre de hipertensão.

 

O que fazer para controlar a Pressão Arterial?

- Medir a PA frequentemente (os valores devem ser inferiores a 140/90).

- Praticar exercício físico regular.

- Adotar uma alimentação saudável, com baixo teor de sal.

- Evitar o consumo de bebidas alcóolicas.

- Não fumar.

- Cumprir com rigor a medicação prescrita pelo médico.

 

Cumpre aos profissionais de saúde, nomeadamente aos farmacêuticos, a promoção de estilos de vida saudáveis, a ajuda no controlo dos valores da pressão arterial e na adesão à terapêutica.

Deve existir também, cada vez mais, a preocupação de promover terapêuticas e posologias simples e simultaneamente eficazes.

 

Peça ajuda ao seu farmacêutico! Saiba os seus valores de Pressão Arterial! 

Só sabendo os seus valores, é que pode estar controlado e ajudar o seu médico na difícil tarefa de “controlar” a sua saúde...

 

 

publicado às 15:27

Semana Europeia da Vacinação

por dicasdefarmaceutica, em 25.04.18

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O tema “Vacinas” já foi debatido inúmeras vezes aqui no blog, mas nesta Semana Europeia da Vacinação, tinha que publicar mais um post sobre este assunto tão importante, arriscarei mesmo em dizer, talvez um dos mais importantes temas da actualidade.

A vacinação é uma das formas mais eficazes e menos dispendiosas de prevenir doenças infecciosas e como tal, deve ser uma prioridade. A opção de vacinar ou não vacinar deveria ser uma responsabilidade dos profissionais de saúde que realmente sabem sobre este assunto e não deveria ser uma opção do cidadão A ou B que tem medo por isto ou por aquilo...

Trata-se de um assunto sério de Saúde Pública e felizmente, no nosso país, o Plano Nacional de Vacinação (PNV) funciona e o não vacinar é uma excepção e não uma regra.

Vamos rever mais uma vez o que faz parte deste PNV, pois trata-se de um plano que está em constante renovação e atualização.

 

CALEDARIZAÇÃO DO PNV

 

Nascimento – Hepatite B (1.ª dose)

2 meses – Hepatite B (2.ª dose); Haemophilus influenzae b (1.ª dose); Difteria (1.ª dose), tétano (1.ª dose) e tosse convulsa (1.ª dose); Poliomielite (1.ª dose); Streptococcus pneumoniae (1.ª dose)

4 meses – Haemophilus influenzae b (2.ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (2.ª dose); Poliomielite (2.ª dose); Streptococcus pneumoniae (2.ª dose)

6 meses – Hepatite B (3.ª dose) ; Haemophilus influenzae b (3.ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (3.ª dose); Poliomielite(3.ª dose)

12 meses – Streptococcus pneumoniae (3.ª dose); Neisseria meningitidis C (1.ª dose); Sarampo, parotidite epidérmica, rubéola (1.ª dose)

18 meses – Haemophilus influenzae b (4.ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (4.ª dose); Poliomielite (4.ª dose)

5 anos – Difteria, tétano, tosse convulsa (5.ª dose); Poliomielite (5.ª dose); Sarampo, parotidite epidérmica, rubéola (2.ª dose)

10 anos – Vírus papiloma humano (só para as meninas);

Tétano e difteria - 25, 45, 65, depois, intervalos de 10 em 10 anos. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação a todas as pessoas que tenham feito a última dose de tétano e difteria há 10 ou mais anos, sendo que as seguintes doses serão administradas de 10 em 10 anos. 

Grávidas – Independentemente da idade, entre as 20 e as 36 semanas de gestação, são vacinadas contra a difteria, tétano e tosse convulsa, uma dose por gravidez.

 

Existem outras vacinas não menos importantes, mas que não fazem parte deste PNV. Uma das mais importantes é a da Meningite B, já incluída no PNV de outros países e que continua a faltar no nosso. Trata-se de uma doença grave, sobretudo nos bebés e que só pode ser prevenida pela vacinação. O que é que estamos à espera? Dinheiro? É grave!

 

VACINAS RECOMENDADAS FORA DO PNV

 

- Vacina contra a doença pneumocócica: previne contra situações de bacteriemia, pneumonia e meningite bacteriana. A sua toma é recomendada a partir dos dois meses de vida e pressupõe uma a quatro doses;

- Vacina contra rotavírus: protege contra a gastroenterite aguda, comum nos primeiros anos de vida. Envolve três tomas e deve ser administrada entre as seis e as 32 semanas;

- Vacina contra a varicela: ainda que seja benigna, a varicela é contagiosa e é frequente na infância. É provocada pelo vírus da varicela-zóster, agente causador de infeções bacterianas como a pneumonia ou encefalite. A vacina é administrada dos 12 meses aos 12 anos, em duas doses, com intervalo de 30 dias. Sob prescrição médica pode ser aplicada na adolescência e idade adulta;

- Vacina contra a hepatite A: a hepatite A, na infância, é por norma benigna, e os sintomas apenas ocorrem em 30% das crianças com menos de seis anos. No entanto, a infeção dela decorrente pode resultar em hepatite aguda. A vacina pode ser efetuada a partir dos 12 meses em duas doses intervaladas de seis a 12 meses;

- Vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) nos rapazes: altamente contagioso, o HPV pode ser transmitido durante o contacto íntimo de pele com pele entre pessoas em que pelo menos uma esteja infetada. A toma da vacina, no caso dos rapazes, é recomendada entre os nove e os 13 anos e consiste em duas doses, intervaladas por seis meses. Em maiores de 14 anos, a vacina consiste em três doses intervaladas com intervalo de zero, dois e seis meses;

- Vacina contra a gripe: recomendada para maiores de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, sendo gratuita nos casos referidos.

 

Os benefícios da imunização estão amplamente comprovados. A vacinação é responsável por erradicar por completo diversas doenças e por impedir anualmente milhões de mortes em todo o mundo.

Hoje vi este cartaz da Organização Mundial de Saúde. Acho que diz tudo. Como é que algumas pessoas ainda se questionam da eficácia das vacinas?

  

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publicado às 07:52

Imagens

Algumas das imagens presentes no blog são retiradas da Web. Na impossibilidade de as creditar corretamente agradeço que, caso alguns dos autores não autorize a sua publicação, entre em contato, para que as mesmas sejam retiradas de imediato.

Termo de responsabilidade

A informação contida neste blog não substitui o aconselhamento médico ou farmacêutico. O objetivo do blog, é informar sobre vários assuntos ligados à saúde em geral, e à farmácia em particular. Os vários temas são abordados de uma forma não exaustiva, acessível ao público em geral.


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