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Muita pesquisa, muitos artigos e muita informação sobre medicamentos vêm da capital britânica. A saída do Reino Unido da União Europeia terá de certeza consequências no sector farmacêutico.
Para já e como consequência imediata ao referendo do dia 23 de junho, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA - European Medicines Agency), agora sediada em Londres, terá que mudar de país. São já vários os países interessados em "acolher" esta Agência, que é a responsável pela introdução de novos tratamentos na União Europeia.
A comunidade de pesquisa britânica vê o Brexit como uma séria ameaça ao financiamento e inovação, havendo mesmo quem fale de "um desastre para a ciência britânica", principalmente porque pode impedir que jovens cientistas migrem livremente dentro da Europa, como aconteceu até agora.
Sabe-se que 16 por cento dos artigos de maior impacto de todo o mundo, vêm do Reino Unido, de modo que os seus pedidos de financiamento sempre foram bem recebidos em Bruxelas. A partir de agora, a investigação vinda daquela parte do globo, pode ser bem mais lenta e os novos medicamentos podem demorar a chegar.
A indústria farmacêutica sediada no Reino Unido já mostrou a sua preeocupação, mas empresas "gigantes" como a GlaxoSmithKline (GSK) ou a AstraZneca tudo farão para que a saída da União Europeia não afete o acesso aos medicamentos, sobretudo aos medicamentos inovadores.
Claro que agora só se fala do Brexit e das possíveis consequências negativas do mesmo. A incerteza na situação económica e política do país afeta todos os ramos e a indústria farmacêutica não é excepção.
Só o futuro nos dirá o que poderá acontecer e quais as verdadeiras consequências do Brexit.