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Novembro é o mês da Diabetes e a APDP vai estar presente em várias iniciativas. A primeira teve lugar ontem, com uma caminhada pelos miradouros de Lisboa. Estão mais acções programadas:
12 a 14 de novembro - Iluminação de vários monumentos da cidade de Lisboa a azul;
14 de novembro - Rastreio à retinopatia diabética na Praça Luis de Camões, em Lisboa;
26 de novembro - Festa da Diabetes 90 anos APDP, no Complexo Desportivo do Casal Vistoso, no Areeiro, em Lisboa.
Destas iniciativas, destaco a que vai ter lugar em Lisboa, no Dia Mundial da Diabetes, que se assinala no dia 14 de novembro e que tem como foco a retinopatia diabética, uma das mais graves complicações crónicas da Diabetes.
Na causa da retinopatia diabética está o aumento dos níveis de açúcar no sangue, que provoca alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina, no interior do olho. A retinopatia diabética é uma das principais causas de perda grave de visão a nível mundial.
O primeiro estudo epidemiológico no país sobre a retinopatia diabética, realizado por especialistas da APDP, examinou recentemente mais de 52 mil pessoas com diabetes e concluiu que 16,3% sofrem da doença que é a principal causa de cegueira na população ativa. Os resultados deste estudo permitem ainda perceber a necessidade de generalizar os rastreios por todo o país, de forma a contribuir para baixar em 30% o número de casos de cegueira por diabetes.
Como explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, ter “hábitos de vida saudável são o pilar de prevenção da diabetes. Estes hábitos, associados ao tratamento precoce e adequado da diabetes permitem travar o aparecimento e a progressão da retinopatia diabética, pelo que é fundamental reforçar o alerta na população. Há dois milhões de pessoas que podem evitar vir a ter diabetes: pessoas que têm excesso de peso, vida sedentária, hipertensão arterial, pessoas com diabetes na família. É imperativo que estas pessoas sejam identificadas, com o intuito de travar a diabetes, a incidência de complicações graves, e os custos económicos associados”.
O rastreio à retinopatia diabética deveria ser uma prática corrente feita a todos os diabéticos anualmente, mas sabemos que tal ainda não é feito. Seja por dificuldades económicas ou por falta de conhecimento, muitas vezes os olhos são deixados para segundo plano, mas quando falamos da Diabetes, a avaliação oftalmológica deveria ser sempre uma prioridade.
Se é diabético e vive em Lisboa, apareça amanhã na Praça Luis de Camões para fazer o seu rastreio! Se não vive em Lisboa, esteja atento e informe-se, pois vão decorrer rastreios à retinopatia diabética em vários locais do país.