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Ontem falei AQUI de Cancro e referi que a grande esperança no controle desta doença está no controle da divisão celular, principalmente através da “manipulação do sistema imunitário”.
Há muito que se fala de Imunoterapia e Cancro, mas afinal o que é a Imunoterapia?
“A imunoterapia é uma forma inovadora de tratamento para o cancro, através da qual se ativa o sistema imunitário, se estimulam as células do nosso organismo que habitualmente o defendem das agressões, para que o defendam também contra o cancro. Isso faz com que, quando as células de determinado órgão do organismo se transformam em células tumorais, elas vão ser reconhecidas pelos linfócitos, os ‘soldados’ do sistema imunitário (glóbulos brancos), que terão assim a capacidade de as reconhecer e de as destruir eficazmente.”
Este tratamento já é utilizado em alguns cancros e tem sido cada vez mais utilizado, normalmente associado a outros tratamentos, como a quimioterapia. Recentemente, falou-se muito de uma doente americana de 49 anos com cancro de mama muito agressivo, já espalhado a vários órgãos e que não tinha qualquer esperança de tratamento. Foi submetida a um tratamento experimental de imunoterapia e, passados 12 meses, o cancro estava tratado. É a primeira vez que tal acontece.
Neste momento, penso que a imunoterapia é mesmo o tratamento mais promissor no combate a esta doença.
Recentemente nasceu uma nova esperança no diagnóstico do cancro: através de uma análise de sangue poderá ser possível fazer o diagnóstico precoce de alguns tipos de cancro, nomeadamente pâncreas, ovário, fígado e bexiga. Muitas vezes, estes cancros são detetados já demasiado tarde, quando não é possível operar os doentes e as hipóteses de sobrevivência já são poucas.
Trata-se de um teste que deteta pequenos fragmentos de ADN libertados pelas células cancerígenas no sangue.
O diagnóstico precoce é sem dúvida uma das maiores esperanças no combate ao cancro, mas este teste ainda vai demorar alguns anos a ser introduzido no mercado.
Os avanços no diagnóstico e no tratamento do cancro são promissores mas, como vos dizia ontem, o cancro está longe de ser erradicado. Vamos fazendo a nossa parte, tentando controlar os fatores externos e não faltando aos rastreios que temos ao alcance. Não há qualquer dúvida que o cancro, quando detetado numa fase precoce, tem muito mais hipóteses de ser tratado.