Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Por achar um tema de extrema importância, vou abordar de novo o tema "prescrição de antibióticos" - VER AQUI o post de 2 de Maio de 2014.
A Direção Geral de Saúde (DGS) anunciou esta semana uma descida na incidência de infeções hospitalares no período entre 2012 e 2013 e relacionou com esta descida o maior cuidado na prescrição de determinados antibióticos.
A bactéria Staphylococcus aureus multirresistente (MRSA) é uma das principais causas das infeções hospitalares o que, em Portugal, é um problema muito grave. Constatou-se que "as incidências de infeção hospitalar da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus e por MRSA diminuíram em 3% e 5% respetivamente, entre 2012 e 2013".
Foram duas as principais razões deste decréscimo:
1 - Uma menor prescrição de quinolonas (ex: ciprofloxacina e levofloxacina), antibióticos de largo espectro (matam muitas bactérias) que são esponsáveis por causar muitas resistências às bactérias.
2 - A criação de equipas de apoio à prescrição de antibióticos nas unidades de saúde. Sempre que um médico receita, por exemplo, uma quinolona, é lançado um alerta informático, de modo a que se perceba se não há outra alternativa.
Mesmo com estas boas notícias, Portugal continua a estar entre os dez países da Europa que mais prescrevem antibióticos em ambulatório.
Ainda hoje foi apresentada no Porto, uma declaração em que a Aliança Mundial contra a Resistência Antibiótica, alerta para a perda de eficácia dos antibióticos devido ao uso inadequado e excessivo.
E para a população em geral, agora que começa o tempo mais frio, lembrem-se que a maioria das constipações, gripes e infeções respiratórias são causadas por vírus e não devem ser combatidas com antibióticos. Assim, não pressionem os profissionais de saúde para a sua prescrição pois, não só a cura não é mais rápida, como a toma dos mesmos pode ser prejudicial.