Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A gonorreia é uma doença transmitida por via sexual. 78 milhões de pessoas são infetadas com esta doença em todo o mundo. Através de sexo oral, vaginal ou anal, a bactéria Neisseria gonorrhoeae infeta os órgãos genitais, o recto e a garganta.
Um homem ficou infetado com esta superbactéria na sequência de relações sexuais não protegidas com uma mulher, durante uma viagem ao Sudeste Asiático e o tratamento tem-se mostrado ineficaz. Pela primeira vez, um paciente apresentou resistência à combinação dos antibióticos azitromicina e ceftriaxona. Seguiram-se tratamentos com outros antibióticos e o resultado foi o mesmo.
Põe-se em causa o tratamento de uma doença que, não tratada, pode levar à morte. O controlo desta doença preocupa toda a comunidade científica a nível mundial.
Após este trágico caso, um grupo de investigadores da universidade australiana de Monash fez novas descobertas que trazem esperança para novos tratamentos.
Este novo estudo, publicado na PLOS Pathogens, concluiu que “a versão superbactéria da gonorreia cria minúsculas vesículas revestidas por membranas que atacam as células do sistema imunitário, induzindo-as aos suicídio. Uma vez livre dessas guardiãs, a Neisseria gonorrhoeae tem caminho livre” para avançar, resistindo assim a qualquer tratamento com os usuais antibióticos.
A compreensão deste mecanismo representa uma nova esperança para um tratamento alternativo que impeça o sistema imunitário de se deixar assim ultrapassar pela superbactéria.
Até que um novo tratamento seja posto no mercado, convém lembrar que a gonorreia pode ser prevenida com simples medidas de proteção e sexo seguro, como o uso de preservativo em qualquer tipo de contacto sexual, seja ele vaginal, anal ou oral.