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Será que daqui por pouco tempo vamos ao café pedir comprimidos? E será que vamos à farmácia pedir uma imperial? Desta última ideia ainda não se falou mas, segundo a comunicação social, a primeira já está "em cima da mesa".
Contrariamente à Ordem dos Farmacêuticos, a ANF (Associação Nacional de Farmácias) defende a venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) em cafés, bombas de gasolina, correios e quiosques.
Acho esta ideia completamente disparatada. Quando tentamos falar cada vez mais de "Uso Responsável do Medicamento", aparece esta ideia que vai contra tudo aquilo que se pretende.
A venda de MNSRM não pode ser banalizada e deve ser sempre feita em ambientes adequados. Os vendedores devem ser técnicos devidamente formados sobre o uso correto desses medicamentos.
Comprar uma caixa de comprimidos não é o mesmo do que comprar uma caixa de bolos ou um jornal, por isso sempre existiram locais apropriados para a venda dos mesmos, com as suas regras e especificações.
Esperemos que os responsáveis façam uma reflexão profunda sobre este assunto e vejam que não é por banalizarem a venda destes medicamentos que os preços vão baixar.
Segundo os números, apesar de, há 10 anos, os MNSRM começarem a ser vendidos noutros canais, o preço dos mesmos subiu e a concorrência entre farmácias e parafarmácias em nada beneficiou os verdadeiros interessados, que são as pessoas que os compram.
De qualquer forma, a venda de MNSRM nas parafarmácias faz todo o sentido e estes locais de venda em nada se comparam aos cafés, quiosques, correios ou bombas de gasolina.