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O Mieloma Múltiplo é uma doença maligna rara que afeta os plasmócitos (células sanguíneas), encontradas na medula óssea, local de produção dos constituintes do sangue, sendo o tipo mais comum de tumor das células plasmáticas. Este tipo de doença maligna representa cerca de 1% de todos os tipos de cancro e aproximadamente cerca de 10% de todas as doenças malignas do sangue.
O Mieloma Múltiplo ocorre mais frequentemente entre os 50 e os 70 anos.
Até hoje ainda não existe um tratamento que cure esta doença. No entanto, já existem diversas terapêuticas que permitem controlar este tipo de cancro e que melhoram significativamente a qualidade de vida dos doentes.
Foi atribuída ao trabalho “Necessidades e Qualidade de Vida em Doentes com Mieloma Múltiplo e seus Cuidadores”, desenvolvido por uma equipa de psicólogos clínicos e da saúde, o primeiro estudo português sobre o impacto das variáveis psicossociais na qualidade de vida dos doentes e cuidadores com mieloma múltiplo, a primeira bolsa criada pela Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL), no valor de 8 mil Euros.
“O mieloma múltiplo é uma doença desconhecida pela população e, quando é feito o diagnóstico, são muitas as dúvidas e as questões dos próprios doentes e familiares que os acompanham. O facto de ser uma doença rara, apesar de cada vez mais incidente, também cria um desconhecimento maior. O projeto conjuga variáveis sociodemográficas, clínicas, e psicológicas, possibilitando o estudo das relações entre necessidades, sintomatologia, recursos e respostas cognitivas e emocionais, em pacientes e cuidadores. Trata-se de um projeto com elevada relevância clínica, pois poderá contribuir para a criação de intervenções respondendo às necessidades e aumentando as estratégias de comunicação das associações com os próprios doentes e seus cuidadores, no sentido de melhorar a adaptação à doença, criar uma maior rede de suporte, e promover a qualidade de vida, em ambos”, refere Maria da Graça Pereira, do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho, coordenadora deste projeto.
Sendo uma doença rara, a informação sobre a mesma é fundamental para os doentes e cuidadores, mas também para todos os profissionais de saúde que devem fazer parte integrante no acompanhamento destes doentes.
A importância deste e de outros projetos no apoio às diversas doenças, sobretudo àquelas de que se fala tão pouco, são fundamentais para a implementação de apoios e programas específicos para os doentes.