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As notícias do dia relativamente a saúde, são sobre os casos de sarampo que apareceram nos últimos dias no nosso país. Como muitas pessoas estão com dúvidas, aqui fica o comunicado muito esclarecedor da DGS.
Comunicado da Direção-Geral da Saúde
"A Direção-Geral da Saúde informa:
1. Entre os dias 8 e 21 de novembro de 2018, foram notificados na Região de Lisboa e Vale do Tejo 14 casos de sarampo, 10 dos quais confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
2. Estes casos configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus;
3. Até à data, todos os casos confirmados são em adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável;
4. Está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos;
5. O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde 4 dias antes até 4 dias depois do aparecimento da erupção cutânea;
6. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal;
7. A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo. Assim, recomenda-se:
• Verifique o seu boletim de vacinas; se necessário, vacine-se e vacine os seus;
• Se esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;
• Se tem sintomas sugestivos de sarampo evite o contacto com outros e ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;
8. Recorda-se que o sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas;
9. Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso;
10. As pessoas que já tiveram sarampo estão imunizadas e não voltarão a ter a doença.”
Apesar de, desta vez, não ter começado em crianças e a culpa não ser atribuída diretamente à “brigada antivacinação”, convém lembrar que enquanto o vírus circula no mundo, é necessário continuar a vacinação. Há cerca de 20 anos Portugal teve um surto de sarampo em que morreram perto de 50 crianças. Temos que continuar a vacinar para nos tornarmos um bom exemplo para a Europa e para o Mundo. Bem basta levarmos com estes casos que vêm “fazer turismo” até ao nosso país...