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Os números falam por si e dizem que 50% dos medicamentos não são corretamente usados pelos doentes. Isto agrava-se nos doentes polimedicados, pois a não adesão à terapêutica e, muitas vezes, o cansaço de uma terapêutica que se alonga no tempo, tornam a tarefa ainda mais difícil.
De forma a alertar a população para este problema, surge agora uma nova campanha intitulada "Por vezes, mais é menos", que tem como principal objetivo alertar os doentes para a importância da medicação responsável, para a sua saúde e o seu bem-estar.
Esta campanha realça também o importante papel das farmácias e dos farmacêuticos na ajuda prestada aos doentes para que os medicamentos sejam tomados de forma correta. Nos doentes polimedicados, esta ajuda é fundamental, evitando muitos erros e, consequentemente, mais problemas de saúde.
"O farmacêutico, enquanto profissional de saúde de proximidade e confiança, possui competências para atuar na administração da medicação, na promoção da adesão à terapêutica e no uso correto dos medicamento".
Abordar o problema da Polimedicação é muito importante, sobretudo nos idosos, pois são várias as consequência de uma administração simultânea de medicamentos, feita sem cuidado. Aqui falamos não só dos medicamentos receitados pelo médico, mas também de todos aqueles que são vendidos sem receita médica e das "mezinhas" várias, que podem interferir com a medicação.
Entre outros problemas, podemos falar do aumento da frequência das reacções adversas, do risco de quedas e de interacções medicamentosas.
Também a diminuição na adesão, decorrente de tomarem tantos medicamentos, é um dos possíveis efeitos do excesso de fármacos.
A campanha começou em mais de 1200 farmácias em todo o país e é da responsabilidade da Cooprofar (Cooperativa dos Proprietários de Farmácia).
Todos estamos conscientes da importância do problema abordado nesta campanha e todos sabemos que os farmacêuticos podem e devem funcionar como "gestores da medicação" dos seus utentes.