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Este foi o título da última publicação do CIM (Centro de Informação do Medicamento) da Ordem dos Farmacêuticos.
Por ser um assunto tão pertinente e de que se fala tão pouco, trouxe aqui algumas informações que convém rever quando falamos de administração de medicamentos, sobretudo a doentes com dificuldade de deglutição.
Engolir comprimidos e cápsulas nem sempre é fácil e neste campo, o farmacêutico deve estar atento e pode dar uma ajuda, procurando alternativas que promovam a adesão à terapêutica, ajudando o doente e o seu cuidador.
Na tentativa de solucionar o problema, são muitas vezes usadas técnicas de cortar os comprimidos, dissolvê-los em água, abrir cápsulas, enfim, soluções nem sempre corretas, mas executadas na tentativa de que a terapêutica prescrita seja cumprida. Sobre este assunto, pode consultar AQUI um post resumido de 06/2016.
Quais os primeiros passos a tomar quando verificamos que o doente está com problemas de deglutição?
- Fazer uma revisão da terapêutica, avaliando a sua real necessidade e a relação benefício-risco da mesma.
- Verificar se existe uma forma farmacêutica mais adaptada às condições do doente, como a formulação oral líquida, comprimidos efervescentes, comprimidos orodispersíveis ou formulações sublinguais.
- Verificar sempre a equivalência das diferentes formulações em termos de biodisponibilidade e ajustar a dose/posologia.
- Investigar a disponibilidade de uma via de administração diferente, como a transdérmica, injetável ou retal.
- Utilizar um fármaco diferente (da mesma classe terapêutica) com uma formulação mais adequada.
Quando esgotadas todas as possibilidades, pode proceder-se à trituração dos comprimidos ou à abertura de cápsulas, mas todos os passos têm que ser bem estudados e nunca pode ser uma decisão do doente ou cuidador.
Aliás, quando o doente não consegue engolir, deve ser sempre o médico a decidir qual a melhor opção para o doente.
Por vezes, poderá seguir-se um algoritmo para auxiliar a avaliação destas situações (ver AQUI).