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Segundo os dados preliminares de um estudo que foi ontem divulgado no congresso nacional dos farmacêuticos, há 4,2 milhões de portugueses que vão às farmácias para ter acesso a cuidados de saúde: medição da tensão arterial, da glicemia, educação para a diabetes e outras doenças crónicas, realização de testes ou serviços para adesão à terapêutica (revisão da medicação e acompanhamento farmacoterapêutico).

Anualmente são 120 milhões de intervenções realizadas nestas unidades, que evitam 22 mil urgências por ano e outros tantos internamentos.

 

Que os farmacêuticos fazem muito mais do que vender medicamentos já todos sabemos, mas quando os factos são convertidos em números, parece que tudo faz mais sentido e "contra factos não há argumentos"...

 

Contra todas as crises, o farmacêutico continua lá, atrás do balcão da farmácia, sempre disposto a ajudar quem o procura, evitando tantas vezes as idas ao médico ou às urgências, deixando que estas fiquem para aquilo a que realmente se destinam: aos casos urgentes e que necessitam de cuidados médicos.

Na tentativa de prestar esta ajuda, têm crescido os chamados "cuidados farmacêuticos", tantas vezes prestados de uma forma gratuita e tantas vezes também, menosprezados por tanta gente. Quem tem dado o devido valor a este trabalho são os que dele usufruem todos os dia do ano, nas farmácias portuguesas.

 

Fundamental e de extrema importância, é a preocupação constante dos farmacêuticos pelo uso responsável dos medicamentos, um uso que permita poupar dinheiro e ao mesmo tempo aumentar a sua eficácia. Isto é uma missão que é da responsabilidade de todos e a campanha "Uso dos medicamentos - somos todos responsáveis", é um grande exemplo daquilo que acabo de escrever.

 

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Vou terminar com mais números apresentados no congresso: trabalho dos farmacêuticos poupa 880 milhões de euros aos portugueses.

 

Espero que estes números façam com que os organismos competentes aproveitem o profissionalismo e a competências dos farmacêuticos, não os deixando sair das universidades com vontade de optarem por outras saídas diferentes da sua verdadeira formação.

 

 

 

publicado às 15:50

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A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou, em 2012, o programa itinerante Saúde Mais Próxima, que vai ao encontro das pessoas, convidando-as a realizar rastreios de saúde e a participar em ações de sensibilização e prevenção sobre algumas das patologias que mais afetam os portugueses.

 

Começa hoje e vai percorrer as ruas da cidade de Lisboa nos próximos dois meses, mais um deste rastreios, no âmbito da prevenção cardiovascular.

Só se previne o que se conhece, por isso, para prevenir as doenças cardiovasculares, é muito importante que conheça os seus valores de tensão arterial, glicémia, colesterol, o seu IMC (Índice de Massa Corporal) e que fale com profissionais de saúde sobre os seus hábitos, de forma a melhorar a sua qualidade de vida.

 

Se vive na zona de Lisboa, aproveite e vá fazer o seu rastreio gratuito na unidade móvel da Saúde Mais Próxima de sua casa:

 

SETEMBRO

22 - Bairro Casalinho da Ajuda

23 - Bairro 2 de Maio

28 - Avenida da Igreja (junto à Igreja)

29 - Igreja do Campo Grande

30 - Jardim do Arco do Cego

OUTUBRO

1 - Olaias (ao lado do Centro Comercial)

2 - Alameda Dom Afonso Henriques

5 - Alameda Dom Afonso Henriques

6 - Igreja Nossa Senhora de Fátima

7 - Largo Madredeus

8 - Largo Madredeus

9 - Rua Tristão Vaz

12 - Igreja de Benfica

13 - Igreja de Benfica

15 - Praça São João Bosco

16 - Bairro da Bela Flor

19 - Rua de São Bento (no parque de estacionamento)

20 - Estrada da Torre

21 - Bairro da Cruz Vermelha

22 - Bairro das Amendoeiras

23 - Bairro das Amendoeiras

26 - Praça de São Paulo

27 - Praça de São Paulo

28 - Encarnação (em frente à Igreja)

29 - Mercado Olivais Sul

30 - Bairro Quinta das Laranjeiras

NOVEMBRO

2 - Praça Paiva Couceiro

3 - Praça Paiva Couceiro

4 - Campo das Amoreiras

5 - Rua Leão de Oliveira

6 - Rua Leão de Oliveira

9 - Largo de São Domingos

10 - Largo de São Domingos

11 - Largo de São Mamede

12 - Bairro das Furnas

13 - Largo da Graça

16 - Campo de Santa Clara

17 - Avenida Miguel Torga

18 - Jardim Constantino

19 - Igreja dos Anjos

20 - Igreja dos Anjos

23 - Campo das Amoreiras

24 - Largo de São Mamede

25 - Encarnação (em frente à Igreja)

26 - Bairro da Cruz Vermelha

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publicado às 19:00

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Foi hoje lançado o projeto "Não à Diabetes", uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, com o apoio de muitas Associações e empresas de Indústria Farmacêutica (Anexo 1).

 

Num país que tem das mais altas taxas de prevalência de Diabetes a nível mundial, era urgente agir na prevenção e diagnóstico desta doença.

O projeto está lançado e tem "pernas para andar", avançando já, numa primeira fase, em 15 munícipios:

 

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No nosso país, os números falam por si:

13% - é a taxa de prevalência de Diabetes na população portuguesa dos 20 aos 79 anos

44% - é a percentagem de casos por diagnosticar

3,1 milhões - é o total de pessoas com Diabetes ou em situação de pré-diabetes

4545 - é o número de mortes causadas por Diabetes em 2013

 

Este mega projeto tem dois grandes objetivos:

1 - Evitar que 50.000 pré-diabéticos desenvolvam a doença nos próximos 5 anos.

2 - Identificar 50.000 diabéticos nos próximos 5 anos.

 

Como vai decorrer o projeto "Não à Diabetes"? Decorrerá em 3 fases:

Fase 1 - Começará por ser feito (nas farmácias, nesta primeira fase), um questionário de risco à população (FINDRISG - "Finnish Diabetes Risk Score")image.jpg

Fase 2 - Consoante os resultados do teste, os possíveis pré-diabéticos serão encaminhados para consulta com os médicos de família.

 

Fase 3 - Nesta fase, serão convidados a frequentar sessões de formação sobre hábitos saudáveis (nos centros de saúde), promovendo a mudança de estilos de vida.

 

Só será possível a implementação deste projeto se a articulação entre entidades promotoras, centros de saúde e médicos de família não falhar. Já há muita gente envolvida e muitos profissionais de saúde a terem formação para que tudo corra como o previsto.

Além dos benefícios óbvios para a saúde da população portuguesa, também é conveniente salientar que a implementação do projeto "Não à Diabetes" pode poupar 45 milhões de euros por ano ao Estado português.

 

Anexo 1:

Associação Nacional de Municípios Portugueses

Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal

Associação Nacional de Farmácias

Sociedade Portuguesa de Diabetologia

Merck Sharp & Dohme

Novartis

Fundação AstraZeneca

publicado às 23:37

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Cá vou voltar mais uma vez ao meu tema de paixão: "Cuidados Farmacêuticos" e sobretudo "Seguimento Farmacoterapêutico". Se quiserem reler algum dos posts anteriores, cliquem AQUI.

 

Na sessão de discussão "Uso Responsável do Medicamento - A Problemática da Polimedicação", a Dra. Maria Assunção Martinez falou na "necessidade da existência de um gestor de medicação". É bom sabermos que um Membro da Comissão de Ética para a Saúde e Ex Presidente da ARS do Algarve, destaca o papel dos farmacêuticos nesta área tão importante para o doente e também para o país. Um gestor de medicação é um farmacêutico que se responsabiliza pelo seguimento da medicação de um doente.

 

Os números falam por si e dizem que 50% dos medicamentos não são corretamente usados pelos doentes. Isto agrava-se nos doentes polimedicados, pois a não adesão à terapêutica e, muitas vezes, o cansaço de uma terapêutica que se alonga no tempo, tornam a tarefa ainda mais difícil. O médico prescreve mas, muitas vezes, nem se apercebe o porquê da falta de eficácia da medicação prescrita. 

 

Todos concordamos que isto tem que mudar mas, e já lá vão muitos anos desde que comecei a "estudar cuidados farmacêuticos" e a tirar cursos e formações em "seguimento farmacoterapêutico" e, em relação às medidas de mudanças na saúde no país, a este nível, parece que continua quase tudo na mesma.

Os farmacêuticos comunitários, nas suas farmácias, cada vez têm mais escassez de recursos humanos especializados e parece que têm pouco tempo para o que é realmente importante...não é só preciso querer, também é preciso poder fazer o que se quer, com muita qualidade e profissionalismo, já que, quando falamos de "Seguimento Farmacoterapêutico", o ter só uma licenciatura em Ciências Farmacêuticas ou mesmo até já ser mestre, não chega...

 

Nesta sessão a Dra. Assunção Martinez falou do exemplo da Suíça, onde cada doente está alojado a uma farmácia, cabendo ao farmacêutico dessa farmácia efectuar o Seguimento Farmacoterapêutico, seguindo de perto a "saúde" do doente.

Em Portugal, a nível de estrutura, nomeadamente a nível de comunicação informática (receituário disponível on-line e identificação do doente através do Cartão de Cidadão), parece que tudo se encaminha para podermos trabalhar em pleno nesta área. A pergunta é: para quando?

 

Muitos farmacêuticos fazem este Seguimento, mas sem qualquer remuneração acrescida. É bom que se distinga o que é um bom atendimento farmacêutico do que que é o Seguimento Farmacoterapêutico. Sei que a população em geral não faz ideia do que é este serviço e de que forma seria de tamanha utilidade para a melhoria da saúde de todos, ajudando também a reduzir o desperdício que a incorreta medicação acarreta.

 

Afinal, o que é isto do Seguimento Farmacoterapêutico?

"Seguimento Farmacoterapêutico é uma prática profissional em que o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do doente relacionadas com os medicamentos, através da detecção, prevenção e resolução dos Resultados Negativos da Medicação (RNM), de modo contínuo, sistemático e documentado, em colaboração com o próprio doente e com os outros profissionais da saúde, com o objectivo de atingir resultados concretos que melhoram a qualidade de vida do doente."

 

 

Gosto sempre de relembrar que este serviço em nada substitui o papel do médico como responsável pela prescrição de medicamentos. O farmacêutico, sempre em colaboração com o médico e com o utente, tenta de uma forma eficaz e muito presente que os medicamentos sejam tomados corretamente, evitando o desperdício e melhorando a qualidade de vida dos doentes.

 

Claro que, como não resisto comentar sempre alguma notícia que apareça sobre este assunto, voltarei em breve a este tema.

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publicado às 18:02

10 Formas de reduzir a Pressão Arterial sem medicação

por dicasdefarmaceutica, em 11.06.15

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Alguns dos meus amigos começam agora a tomar medicação para reduzir a pressão arterial. Li um artigo by "Mayo Clinic Staff", que fala em 10 formas de tentar reduzir a pressão arterial antes de iniciar a medicação.

Parece-me que já sabem tudo aquilo que vos vou falar, mas nunca é demais resumir estes conselhos:

 

1 - Perder peso extra e centímetros na cintura

Ter peso a mais aumenta a pressão arterial e, quando este se concentra à volta da cintura, a situação piora. A "gordurinha" à volta da cintura (perímetro abdominal) assim como o peso, devem ser medidos nas consultas de rotina.

O médico ou outro profissional de saúde (farmacêutico, enfermeiro), pode ajudá-lo a fazer estas medições e dar-lhe conselhos sobre as suas "medidas".

 

2 - Fazer exercício físico regularmente

Fazer 30 minutos de exercício físico todos os dias, ou pelo menos, 3 ou 4 vezes por semana, pode reduzir significativamente a pressão arterial.

Os melhores exercícios para este efeito são: caminhada, corrida, ciclismo, natação e dança. O treino da força feito com apoio de um especialista também pode ajudar a reduzir a pressão.

Peça sempre conselho ao seu médico na altura de escolher o exercício que mais se adapta ao seu caso.

 

3 - Fazer uma dieta saudável

Rica em frutas e vegetais, assim deve ser uma dieta para reduzir a pressão arterial.

O potássio é muito importante na alimentação, pois permite regular os efeitos nocivos do sódio na pressão arterial. Devemos consumir diariamente alimentos ricos em potássio: batatas, bananas, abacate, folhas verdes escuras (espinafres) são alguns exemplos.

 

4 - Reduzir o consumo de sal (sódio)

Para reduzir a quantidade de sódio na dieta, podem começar por alguns truques: não comer comida processada, substituir o sal por ervas e especiarias, não ter saleiro na mesa e fazer uma adaptação gradual à comida sem sal.

O que no início nos parece não ter sabor, começa cada vez a ser mais saboroso.

 

5 - Limitar a quantidade de álcool

Beber um copo de vinho tinto à refeição pode ser bom para regular a pressão arterial, mas as bebidas alcoólicas, quando em exagero, são prejudiciais e aumentam a pressão arterial.

 

6 - Parar de fumar

Este passo é fundamental: se quer baixar a pressão arterial sem recorrer a medicamentos, páre já de fumar!

 

7 - Reduzir o consumo de cafeína

Alguns estudos revelam que em consumidores crónicos de cafeína, a redução da mesma tem pouco efeito na redução da pressão arterial. No entanto, não abuse e fale com o seu médico sobre este assunto. Uma boa opção é medir a pressão nos 30 minutos a seguir a beber 1 café e ver o que se passa com o seu organismo.

 

8 - Reduzir o stress

É fácil de dizer, mas difícil de fazer...

Existem algumas dicas para controlar o stress e fazer baixar a pressão arterial: tentar resolver apenas os problemas que pode controlar, não sofrer por antecipação, dedicar alguns minutos por dia (podem ser só 20 min) a relaxar e a fazer atividades que lhe dêem prazer.

 

9 - Monitorizar a pressão em casa e no consultório

Monitorizar os valores da pressão arterial é fundamental. Deve fazer medições em casa a várias horas do dia e também no consultório.

É muito importante fazer o registo dos valores, pois só assim o seu médico pode chegar a alguma conclusão e decidir da toma ou não de medicamentos.

 

10 - Procurar apoio

Quando se fala em mudar estilo de vida, o apoio da família e dos amigos é fundamental. Fale com os que o rodeiam sobre os seus problemas e sobre os seus objetivos...vai ser muito mais fácil!

 

Comece já hoje, pois se conseguir regular os valores da pressão arterial com medidas simples como estas, pode adiar por uns anos a toma de medicamentos.

 

 

Fale com o seu farmacêutico sobre estas medidas, pois ele pode ajudá-lo a controlar a pressão arterial!

 

Nunca se automedique para a pressão arterial nem tire medicamentos sem falar com o seu médico!

 

Pode ler AQUI mais sobre este assunto.

publicado às 11:23

PharmAssistant - Tomar o medicamento certo à hora certa

por dicasdefarmaceutica, em 31.05.15

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PharmAssistant é um projeto, ainda em fase de protótipo, que consiste numa "caixa de medicamentos inteligente".

 

Foi desenvolvida por um grupo de empreendedores, liderado por Diogo Ortega":

 

"Com a nossa solução, certificamo-nos de que os doentes tomam o medicamento certo, à hora certa, e de acordo com a prescrição do seu médico. Para isso desenvolvemos um recipiente para medicamentos, inteligente. Este dispositivo possui um alarme sonoro e visual, que é activado na hora certa para tomar a medicação, e que só cessa quando o recipiente é aberto (demonstração disponível em pharmassistant.net).

Através da interacção com a nossa aplicação móvel (que corre em smartphones ou tablets), disponibilizamos ainda um serviço de monitorização remota, através do qual um familiar ou profissional de saúde pode acompanhar as tomas de medicamentos do nosso utilizador, bem como receber uma notificação caso algo fuja da norma (alarme ignorado ou dispositivo sem bateria, por exemplo)."

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Com uma simples caixa de medicamentos ligada a um smartphone ou tablet, recorrendo a uma aplicação gratuita, vai ser possível ajudar os mais idosos e os mais esquecidos a tomar a medicação certa à hora certa.

 

Trata-se de uma grande ideia para resolver um grande número de casos de não adesão à terapêutica, um problema grave em Portugal e no mundo.

 

Estão a imaginar, daqui a uns anos, mais um "toque" que vamos andar à procura nas nossas malas? Eu, esquecida como sou, vou ser adepta deste sistema de certeza...

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publicado às 13:19

Dia Mundial da Hipertensão

por dicasdefarmaceutica, em 18.05.15

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Hoje assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão, data em que se realizam rastreios gratuitos à hipertensão, abertos a toda a população.

 

A ação de sensibilização vai estar presente em todos os Hospitais e Clínicas da Lusíadas Saúde, de norte a sul do País. Os rastreios realizam-se durante todo o dia e incluem a medição do índice de massa corporal, tensão arterial e pulsação. Todos os participantes serão convidados a responder a um breve questionário para identificação dos fatores de risco. Os interessados devem dirigir-se ao átrio de qualquer um dos hospitais ou clínicas, não sendo necessária qualquer marcação prévia.

 

Sabe-se que cerca de 40% da população portuguesa é hipertensa. Esta percentagem fala por si e mostra-nos a importância do diagnóstico precoce desta doença crónica, que pode ser prevenida, às vezes com medidas tão simples como praticar exercício físico e ter alguns cuidados básicos com a alimentação, como a redução no consumo do sal.

 

Segundo palavras do presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), Fernando Pinto, os estudos demonstram uma "melhoria significativa da consciência que as pessoas têm sobre o que é a hipertensão, o que a provoca e sobre os seus riscos, nomeadamente em termos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e enfarte", mas ainda há muito a fazer no controlo desta doença.

 

Hoje é o dia para se dirigir à sua Farmácia e medir a Tensão Arterial. O farmacêutico pode orientá-lo e dar-lhe conselhos que o ajudarão a controlar a sua tensão e a correr menos riscos, por uma vida com mais saúde.

 

Para conhecer quais os valores recomendados de tensão arterial, pode consultar AQUI o post sobre este tema.

publicado às 14:51

Uso Responsável do Medicamento

por dicasdefarmaceutica, em 23.01.15

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 Este mês já fiz dois posts sobre Cuidados Farmacêuticos, nomeadamente a 7 e 9 de Janeiro, mas hoje tenho que voltar ao tema para partilhar convosco este artigo de opinião do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, no jornal Público - VER AQUI

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 50% dos medicamentos não são correctamente usados pelos doentes.

 

As principais causas para que tal aconteça são:

- Não adesão à terapêutica.

- Utilização de medicamentos fora do tempo certo.

- Utilização errada dos antibióticos e sua sobreutilização.

- Erros de medicação.

- Utilização insuficiente de medicamentos genéricos.

- Gestão incorrecta de medicamentos dos doentes polimedicados.

 

Quem melhor do que o farmacêutico para ajudar esta percentagem a baixar significativamente?

Os farmacêuticos, além de estarem presentes na investigação, fabrico e venda dos medicamentos, têm que assegurar o seu uso responsável (URM - Uso Responsável do Medicamento). É nesta fase que os Cuidados Farmacêuticos têm que estar bem implementados em todas as farmácias, de forma a detectar precocemente as causas acima mencionadas.

 

O que o URM pretende garantir é que "o cidadão tenha acesso ao medicamento correcto, na dose e no tempo adequados à sua necessidade individual e com o menor custo possível, quer para o próprio, quer para o sistema de saúde".

 

Para que tal aconteça, os farmacêuticos têm que, já em 2015, cumprir os objectivos da enorme campanha"Uso dos medicamentos - Somos todos responsáveis", iniciada em 2014, da responsabilidade da Ordem dos Farmacêuticos.

publicado às 18:07

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Conforme prometido, vou voltar ao tema "Cuidados Farmacêuticos".

Todos sabemos que, em muitas ocasiões, os medicamentos nem sempre atuam com o seu principal objetivo: melhorar a qualidade e vida dos doentes. Por vezes, os medicamentos causam danos (não são seguros) e/ou não atingem o objetivo para o qual foram prescritos (não são efetivos).

 

Um dos principais objetivos do conceito "Cuidados Farmacêuticos", que vos falei no post do dia 7 (VER AQUI), é precisamente trazer soluções para este problema de Saúde Pública que diz respeito à segurança e efetividade dos medicamentos.

 

Tendo o privilégio de poder acompanhar de forma regular e personalizada a medicação dos seus doentes, o farmacêutico pode detectar e prevenir muitos dos problemas que surgem com os medicamentos. Muitas vezes, pequenos ajustes na medicação ou nos estilos de vida, produzem ganhos significativos para a saúde.

Todo este trabalho tem que ser feito em colaboração com os restantes profissionais de saúde, nomeadamente com os médicos prescritores.

 

Sabe-se que uma grande percentagem dos erros com a medicação poderiam ser evitados. Isto para não falar na racionalização dos gastos com os medicamentos. Sabiam que o custo dos problemas relacionados com os medicamentos é igual ou superior ao custo dos próprios medicamentos?

 

Nós, farmacêuticos, temos obrigação de nos responsabilizarmos mais pela saúde dos nossos doentes e pelo bom uso dos medicamentos; devemos aproveitar esta fase para formar os farmacêuticos mais novos e implementar nas nossas farmácias os verdadeiros "Cuidados Farmacêuticos".

publicado às 18:15

Cuidados Farmacêuticos - a área de futuro nas farmácias

por dicasdefarmaceutica, em 07.01.15

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O conceito "Cuidados Farmacêuticos" surgiu em 1990 da necessidade de envolver os farmacêuticos na assistência aos doentes, de forma a que estes obtenham o máximo benefício da sua medicação.

 

De uma forma geral, este conceito não está implementado na grande maioria da farmácias. Quase todas fazem medições de glicémia, de colesterol, de pressão arterial, registam num cartão personalizado do doente mas, não fazem mais nada. Isto não são Cuidados Farmacêuticos. Os Cuidados Farmacêuticos, no seu verdadeiro conceito, implicam um compromisso por parte do farmacêutico para prestar este serviço de forma continuada, sistematizada e documentada, em colaboração com o próprio doente e com os restantes profissionais de saúde, tendo como principal objectivo melhorar a qualidade de vida dos doentes

 

Agora, que a vida não está fácil para as farmácias portuguesas, urge desenvolver esta área de acção e fazer com que esta seja a área de futuro das farmácias portuguesas.

 

Os Cuidados Farmacêuticos são, sem dúvida, a minha paixão e sei que tem sido culpa dos próprios farmacêuticos a falta de investimento nesta área. Muitas pessoas vêem o farmacêutico apenas como aquele "bom profissional" que dispensa bem os medicamentos mas, ser farmacêutico é muito mais do que isso; é dar respostas às dúvidas e problemas relacionados com os medicamentos, que podem, de alguma forma, comprometer a qualidade de vida de quem os utiliza.

Falo da culpa (ou talvez desconhecimento) dos farmacêuticos em desenvolver os "Cuidados Farmacêuticos" porque houve sempre o "medo" de assumir responsabilidades, de se imporem como"especialistas do medicamento" e de dialogarem de uma forma aberta com os restantes profissionais de saúde, tendo em vista um único objectivo: o doente.

 

O Farmacêutico, pela sua proximidade com a população consegue, muitas vezes, que o doente cumpra a terapêutica que lhe foi instituída pelo médico e se responsabilize pela sua saúde. Isto é particularmente importante quando falamos de doentes crónicos polimedicados (hipertensos, diabéticos, asmáticos, etc...).

 

Demorei a fazer posts sobre este assunto mas, ainda esta semana, continuarei com este tema tão importante para os farmacêuticos, mas não menos importante para toda a população, que deve perceber como este profissional de saúde o pode ajudar cada vez mais.

publicado às 19:45

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