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Antes de falar desta campanha, convém recordar mais uma vez alguns pontos sobre a pílula do dia seguinte:
- Solicite a contracepção de emergência numa farmácia e aconselhe-se sempre com o farmacêutico sobre as tomas, as contra-indicações, os efeitos secundários e a mais aconselhável para o seu caso.
- Tome a pílula do dia seguinte assim que possível após uma relação sexual não protegida ou falha do método contraceptivo utilizado.
- A toma desta pílula não protege contra uma gravidez resultante de relações sexuais futuras nem contra doenças sexualmente transmissíveis.
- A PÍLULA DO DIA SEGUINTE É UM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL DE EMERGÊNCIA.
A campanha “O Meu Dia Seguinte” é a primeira campanha da marca ellaOne dirigida ao consumidor desde que se tornou disponível sem receita médica em farmácia, em 2015. Destina-se, essencialmente, a mulheres entre os 18 e 25 anos que atualmente não desejam engravidar, mas que em caso de falha do seu método contraceptivo ou ausência do mesmo, não recorrem à contracepção de emergência devido a falsas perceções negativas e equívocos sobre este método.
A campanha “O Meu Dia Seguinte” estará ativa exclusivamente nas plataformas digitais, canal por excelência para chegar aos mais jovens, público que está a iniciar a sua atividade sexual e que, na grande maioria das vezes, apesar de ter um acesso privilegiado à informação, tem um elevado desconhecimento/desinformação no que toca à pílula do dia seguinte.
Em todas as versões do vídeo destinadas aos diversos formatos digitais (youtube, facebook, instagram) é reforçada a mensagem de que a pílula do dia seguinte ajuda a prevenir uma gravidez não planeada perante uma falha na contraceção.
Deixo-vos com um dos vídeos desta campanha:
Foi ontem aprovada a inclusão de mais três vacinas no Plano Nacional de Vacinação: Meningite B, Rotavírus e Vírus do Papiloma Humano (HPV) para rapazes.
Meningite B
O meningococo B é o mais predominante em Portugal; mais de 70% das meningites no nosso país são provocadas pelo meningococo B. Transmitida por secreções respiratórias, a bactéria atinge crianças com menos de cinco anos, com um pico aos seis meses, levando à morte 5% a 14% delas e deixando 11% a 19% com sequelas, como danos neurológicos, perda de audição ou amputações. Há também risco de infeção entre os adolescentes. Apesar dos encargos (cerca de 300€ no total das doses), a grande maioria dos pais tem seguido as indicações dos pediatras e temos muitas crianças já vacinadas. Agora, vamos poder vacinar todos, os que podem e os que não podem pagar.
Rotavírus
O Rotavírus é a causa mais comum de diarreia grave com desidratação em crianças pequenas, entre os três e os quinze meses de idade. Trata-se de um dos vírus causador da tão conhecida gastroenterite. Muitos médicos questionam a importância desta vacina no Plano Nacional de Vacinação.
HPV para rapazes
A vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Vacinação em outubro de 2008, mas apenas para raparigas, pois este vírus é responsável por 90% dos cancros do colo do útero. Ontem esta imunização foi também alargada a rapazes, pois o Vírus do Papiloma Humano pode ser transmitido através de qualquer contacto sexual/genital ou oral, não escolhendo idade e não sendo um problema exclusivamente feminino.
Convém salientar que esta introdução das vacinas no Plano Nacional de Vacinação foi feita pela Assembleia da República, sem o aval da comissão técnica que trata deste assunto e da Direção Geral da Saúde. Apesar de tudo e de ser uma boa notícia, algo vai mal quando “quem manda não ouve quem sabe.”
As notícias do dia relativamente a saúde, são sobre os casos de sarampo que apareceram nos últimos dias no nosso país. Como muitas pessoas estão com dúvidas, aqui fica o comunicado muito esclarecedor da DGS.
Comunicado da Direção-Geral da Saúde
"A Direção-Geral da Saúde informa:
1. Entre os dias 8 e 21 de novembro de 2018, foram notificados na Região de Lisboa e Vale do Tejo 14 casos de sarampo, 10 dos quais confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
2. Estes casos configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus;
3. Até à data, todos os casos confirmados são em adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável;
4. Está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos;
5. O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde 4 dias antes até 4 dias depois do aparecimento da erupção cutânea;
6. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal;
7. A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo. Assim, recomenda-se:
• Verifique o seu boletim de vacinas; se necessário, vacine-se e vacine os seus;
• Se esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;
• Se tem sintomas sugestivos de sarampo evite o contacto com outros e ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;
8. Recorda-se que o sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas;
9. Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso;
10. As pessoas que já tiveram sarampo estão imunizadas e não voltarão a ter a doença.”
Apesar de, desta vez, não ter começado em crianças e a culpa não ser atribuída diretamente à “brigada antivacinação”, convém lembrar que enquanto o vírus circula no mundo, é necessário continuar a vacinação. Há cerca de 20 anos Portugal teve um surto de sarampo em que morreram perto de 50 crianças. Temos que continuar a vacinar para nos tornarmos um bom exemplo para a Europa e para o Mundo. Bem basta levarmos com estes casos que vêm “fazer turismo” até ao nosso país...
1. Não tomar antibióticos por iniciativa própria.
2. Seguir exclusivamente a recomendação do médico.
3. Tomar o antibiótico ao longo do tempo prescrito e respeitando os horários e dosagens.
4. Entregar na farmácia as eventuais sobras.
5. Nunca partilhar os antibióticos prescritos em seu nome com familiares ou amigos.
Já que estamos a falar de antibióticos e o frio, constipações e gripes começaram a chegar, não se esqueçam que a maioria desta doenças se Inverno não se curam com antibióticos!
Se tiverem algumas dúvidas, consultem AQUI o meu post com o título: “Antibióticos: verdadeiro ou falso?”
Aqui fica mais um cartaz do SNS que tem este assunto sempre como prioritário nos seus conselhos à população:
Foram muitas as notícias relativas ao medicamento Metamizol, mais conhecido por Nolotil, na sequência da morte de 10 britânicos que compraram este medicamento em Espanha.
O Metamizol é um medicamento utilizado para o tratamento da dor aguda e intensa e na febre alta que não responde a outras terapêuticas antipiréticas. Em Portugal é utilizado há cerca de 40 anos.
Na sequência das referidas mortes está uma reação adversa do metamizol denominada agranulocitose que, apesar de ser muito grave, é muito rara.
O Infarmed esclareceu que em “Portugal foram notificados ao sistema de farmacologia, entre 2008 e 2018, um total de 11 casos de agranulocitose potencialmente associados à utilização de metamizol, com uma frequência de um a dois casos por ano (o que se encontra dentro da frequência expectável de uma reação rara)”.
O Infarmed diz ainda que “estes medicamentos não devem ser utilizados em doentes com reações hematológicas prévias ao metamizol, em tratamento com imunossupressores ou outros medicamentos que possam causar agranulocitose. Deve ser tida particular atenção à prescrição destes medicamentos em doentes idosos”.
Quem utiliza este medicamento por indicação médica não deve entrar em pânico. O metamizol mantém uma relação benefício-risco positiva, desde que seja utilizado para o fim a que se destina e durante o tempo aconselhado pelo médico ou farmacêutico (normalmente, não deve exceder os 7 dias).
Já agora, só mais uma informação: em Portugal, com este princípio ativo, temos o genérico (Metamizol Cinfa), o Nolotil e o Dolocalma.
Começou há 10 anos a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) e Portugal é um exemplo internacional, com 750 mil jovens raparigas vacinadas, o que corresponde a 86% da população alvo para a vacina.
A vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Vacinação em outubro de 2008.
Cerca de 90% dos cancros do colo do útero podem ser prevenidos pela vacinação, mas este tipo de cancro continua a ser o segundo tipo de cancro mais comum em mulheres entre os 15 e os 44 anos. É muito importante continuar a prevenir, ou seja, a vacinar.
O Presidente da República, por altura da comemoração destes 10 anos, falou do desafio de alargar a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano aos rapazes. Muito bem!
O HPV pode ser transmitido através de qualquer contacto sexual/genital ou oral, não escolhendo idade e não sendo um problema exclusivamente feminino. Os rapazes também estão expostos ao vírus. Este foi já o alerta de várias campanhas, nomeadamente a do início deste ano da Liga Portuguesa contra o Cancro.
Tenho que acabar este apontamento com mais uma notícia que muito nos orgulha: a Ordem dos Farmacêuticos foi uma das entidades agraciadas pelo Ministério da Saúde com um louvor público pelo “trabalho meritório na vacinação contra infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV)”. Como referiu a nossa bastonário, Ana Paula Martins, este reconhecimento é dirigido a todos os farmacêuticos que na comunidade sensibilizam e apelam à vacinação, seja a vacina do HPV, a da gripe e outras, incluídas ou não no Plano Nacional de Vacinação.
A Web Summit está de volta e Lisboa está com milhares de participantes, oradores, jornalistas, estudantes e muitos curiosos desejosos de conhecer as novidades que aí vêm. Nestes dias, a nossa capital é o centro do mundo das novas tecnologias e inovação.
A imagem acima foi da Web Summit do ano passado, com o vencedor do concurso de startups (competição de Pitch). Falei AQUI há um ano da LifeinaBox, a empresa francesa que venceu o concurso com um minifrigorífico portátil para medicamentos.
É curioso sabermos o que aconteceu depois do concurso. Muitas vezes, ganham e parece que ficam por aí, mas felizmente não foi o caso, e a LifeinaBox continua o seu processo de implantação no mercado, apesar da morosidade de todo o processo. São milhares os que esperam pelo milagroso frigorífico, tanto particulares, como a própria indústria farmacêutica.
Todos nós sabemos a importância da temperatura nos medicamentos e essa temperatura deve ser mantida sempre que os mesmos necessitam de ser transportados. As boas práticas de transporte são parte da garantia da qualidade dos medicamentos e, consequentemente, da sua eficácia no tratamento.
Desde que foi apresentada em Lisboa, a LifeinaBox já sofreu algumas alterações: por fora tem a mesma aparência, mas foram alterados alguns componentes. Por ter uma bateria de Lítio que dura 36 horas, não poderá ser transportada num avião. A solução passou por permitir que a bateria possa sair e voltar a ser colocada em modelos mais pequenos, que poderão ser transportados nos aviões. Haverá modelos de vários tamanhos, para 12, 24 e 36 horas.
A 6 de Janeiro de 2019 esta inovação vai ser lançada na CES de Las Vegas, a maior feira de tecnologias do mundo.
Uwe Diegel, o mentor deste projeto, continua a olhar para o futuro e já está a trabalhar no LifeinaHeart, desta vez, uma caixa frigorífico para transplante de órgãos. Na Web Summit deste ano estará presente com um expositor para quem quiser saber mais sobre estas inovações na área da saúde.
Vamos aguardar o que nos espera de novidades nestes próximos dias...