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A evolução da Prevenção em Saúde

por dicasdefarmaceutica, em 29.06.18

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É sem dúvida o assunto de que mais falo aqui no blog: Prevenção. Prevenção das doenças, para uma vida com mais Saúde.

 

Segundo a definição dada pela Haute Autorité de Santé (HAS), a Prevenção ”consiste em evitar o aparecimento, o desenvolvimento ou o agravamento de doenças ou incapacidades”.

Podemos distinguir três tipos de Prevenção:

- Prevenção Primária: atua a montante da doença. Temos como exemplos a vacinação e as ações sobre os fatores de risco, como o tabaco.

- Prevenção Secundária: atua num estágio precoce da evolução da doença. Temos como exemplos as despistagens e os vários rastreios.

- Prevenção Terciária: atua sobre as complicações e os riscos de reincidência.

A Prevenção Terciária é sempre a mais dispendiosa e a menos eficaz. Por exemplo, se pensarmos nas consequências que podem advir de uma infeção bacteriana, poderemos perceber rapidamente este fenómeno. No início, ela é combatida com sucesso com antibióticos, mas se não for tratada até um estadio mais avançado, pode transformar-se numa doença grave e pode até levar à morte.

 

Gosto particularmente da perspectiva feita pelo cientista Leroy Hood sobre o futuro da medicina e da prevenção. Podemos falar de vários tipos de medicina:

- Medicina P1: Curativa 

Este cientista não chega a referir esta, pois seria uma medicina mais antiga, em que o único objetivo era a cura das doenças após o seu aparecimento.

- Medicina P2: Preditiva e Preventiva

A Medicina Preditiva tem como essência a capacidade de se fazer predições sobre a possibilidade do paciente vir a desenvolver algum tipo de doença, tendo como base testes feitos através do Se ADN. A proposta de tal Medicina é propiciar à pessoa o conhecimento prévio de uma doença que ela tem pré-disposição por ordem genética familiar. Isto tem grandes vantagens a nível de prevenção, podendo mesmo evitar que a tal doença se desenvolva. Pode contudo, comprometer a qualidade de vida privada, pois há pessoas que preferem não saber o que as pode esperar.

 - Medicina P3: Preditiva, Preventiva e Personalizada

Esta Medicina tem as vantagens da anterior, mas é muito mais centralizada no indivíduo do que na própria doença. É gerida sobretudo pelo médico, sobretudo pelos médicos de medicina geral e familiar que agregam as informações das outras especialidades, sempre em prol do doente.

- Medicina P4: Preditiva, Preventiva, Personalizada e Participativa

Esta última será mesmo a medicina do futuro. Nesta, cada indivíduo terá à sua disposição milhões de dados que lhe permitirão a si e aos seus médicos, proceder a análises em tempo real do seu estado geral, com vista a optimizar o seu bem- estar e a prevenir doenças. 

Nesta Medicina, com este quarto P (Participativa), cada indivíduo pode gerir a seu sono, a sua atividade física, a sua alimentação, até a sua medicação ou seja, ter cada vez mais uma atitude proativa no que diz respeito à sua saúde.

Esta atitude poderá mudar a gestão dos sistemas de saúde e a Prevenção será finalmente a ferramenta mais poderosa contra as doenças.

 

 

 

publicado às 08:49

“VIH É: MAIS DO QUE SER POSITIVO”

por dicasdefarmaceutica, em 26.06.18

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Esta é a campanha de sensibilização que vai estar presente em 53 ginásios de todo o país. Depois de um site, de locais públicos, do cinema e da televisão, com um spot de 15 segundos a passar na SIC e na FOX, chega agora a vez dos ginásios. A campanha “VIH É: MAIS DO QUE SER POSITIVO” vai estar presente nos clubes das cadeias Holmes Place e Fitness Hut, num total de 53 espaços.

  

Esta campanha tem como público-alvo a população em geral. Pretende informar e esclarecer as pessoas, entre as quais os portadores e os seus familiares, sobre a infeção por VIH, os fatores de risco e a gestão de comorbilidades associadas à doença, com o principal objetivo de promover a literacia em saúde e a qualidade de vida dos doentes.

 

Várias são as entidades que se associaram a esta campanha de “disease awareness”, nomeadamente Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, Abraço, AJPAS, Seres, Ser+, Positivo, Fundação Portuguesa “A Comunidade contra a SIDA”, GAT e Liga Portuguesa Contra a SIDA.

 

Através do site, são muitas as questões e dúvidas que podem ser esclarecidas:

- O VIH pode causar doenças cardíacas?

- O VIH e a osteoporose

- Sugestões de perguntas para a próxima consulta

- O VIH pode afetar o funcionamento dos rins?

Quem tem VIH positivo ou tem familiares e amigos afetados, tem constantemente dúvidas sobre o futuro, pois aparentemente tudo está bem, mas o que pode acontecer a seguir? É preciso esclarecer.

O diagnóstico indica apenas que alguém está infetado pelo VIH e é portador do vírus. Isto não quer dizer que tenha SIDA. Ainda existem muitos mitos e preconceitos sobre este vírus e só um esclarecimento dirigido a todas as pessoas pode acabar com estes preconceitos e com a exclusão social tantas vezes associada aos portadores.

 

Nada como consultar quem sabe e fazer todas as perguntas. Para começar, consultar  AQUI o site e guardar os contactos que a ele estão associados, pode ser uma grande ajuda.

 

VIH É: MAIS DO QUE SER POSITIVO”

 

 

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publicado às 14:09

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As infeções vaginais, quando resolvem aparecer, são uma preocupação para as mulheres, dado o desconforto e o incómodo que causam. É sempre uma situação urgente e arranjar rapidamente o melhor tratamento é a primeira preocupação. Mas que tratamento? O que será isto?

Para dar resposta a estas perguntas surgiu o Gyno-Canestest que, com mais de 90%de precisão, ajuda a mulher a fazer o seu próprio diagnóstico e a arranjar a melhor solução para o problema.

 

As infeções vaginais mais comuns são as Candidíases (provocadas pelo aumento do fungo Candida albicans) e as Vaginoses Bacterianas VB (provocadas pelo aumento de bactérias que existem normalmente na vagina).

 

Sintomas da Candidíase:

- Prurido ou comichão

- Dor na zona à volta da vagina

- Corrimento branco 

Sintomas da Vaginose Bacteriana (VB):

- Odor desagradável (às vezes a peixe)

- Corrimento aquoso, de cor branco-acinzentado

 

O que é o Gyno-Canestest?

O Gyno-Canestest é um teste de autodiagnóstico de fácil utilização que ajuda a descobrir se sofre de Candidíase ou VB e a encontrar o tratamento adequado.

O teste em si consiste num cotonete, simples e fácil de utilizar, que indica se o nível do seu pH vaginal se encontra fora do normal. Os resultados do teste devem ser interpretados em conjunto os sintomas atrás descritos. 

 

Como interpretar os resultados?

Se a extremidade do teste não mudar de cor após 10 segundos, significa que possivelmente sofre de Candidíase. 

Se a extremidade do teste mudar de cor para azul ou verde, significa que possivelmente tem uma Vaginose Bacteriana (VB).

Contudo, no caso de corrimento viscoso amarelo-esverdeado associado a mau odor e a dor ao urinar, pode estar sofrer de Tricomoníase, e neste caso deve consultar o seu médico.

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Precauções e Considerações (descritas na bula)

- Não deve adotar nenhuma decisão de carácter médico sem primeiro consultar o seu médico. Além disso, se não tem certeza sobre qual o tratamento adequado ou se está confusa relativamente aos resultados, consulte o seu médico ou farmacêutico.

- Lembre-se que Gyno-Canestest não permite um diagnóstico preciso em qualquer uma das seguintes situações:

  • Faltar menos de 1 dia ou se estiver no dia a seguir ao seu período
  • Existirem sinais do período de ou hemorragia vaginal
  • Passarem menos de 12 horas após relações sexuais ou duche vaginal

- Se está grávida, fale como o seu médico pois a interpretação dos resultados do teste durante a gravidez e a escolha da medicação requer aconselhamento médico.

- Algumas mulheres na menopausa podem ter um pH vaginal elevado, e por isso poderão obter um resultado verde/azul na extremidade do dipositivo mesmo que não tenham Vaginose bacteriana ou Tricomoníase. Como tal, não deve utilizar este teste se estiver na menopausa.

 

Aqui fica mais uma dica de saúde, desta vez para ajudar a resolver este problema de tantas mulheres.

 

 

 

publicado às 18:20

Vamos aproveitar o Sol em Segurança!

por dicasdefarmaceutica, em 15.06.18

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Finalmente, parece que vêm aí as altas temperaturas e os dias de praia. Este fim-de-semana são muitos os que vão estrear a primeira ida à praia de 2018. Por isso mesmo, convém falarmos um pouco de sol e de relacioná-lo com a nossa saúde.

 

O Sol é um dos elementos mais importantes para a vida, ajudando no fabrico da vitamina D, fundamental para o desenvolvimento ósseo, além de ter outras vantagens por nós tão apreciadas. Atrevo-me a dizer que funciona muitas vezes como analgésico (tira a dor), como antidepressivo e parece que quanto mais horas de Sol temos, melhor é a nossa qualidade de vida. Há até quem diga que o Sol vicia e olhem que eu conheço muitos viciados...

 

Apesar de tudo, o sol é também um dos principais fatores de envelhecimento cutâneo e o principal responsável pelo cancro da pele (90% dos cancros de pele são provocados pela exposição solar). Por isso mesmo, sobretudo nesta altura do ano, o Sol deve ser aproveitado de uma forma responsável por todos.

 

Quando falamos de Sol e de proteção solar, lembramo-nos logo da praia, mas a primeira regra e a mais importante, é não nos esquecermos que o Sol brilha em todos os lugares! Sempre que andamos ao ar livre, os raios UVA e UVB acompanham-nos.

 

Qual a diferença entre raios UVA e UVB?

Os raios UVB são os responsáveis pelos eritemas da pele, ou seja, pelos chamados escaldões. São também os responsáveis por muitas alergias ao Sol. Afetam o ADN mais do que os UVA, sendo os principais causadores dos danos directos no ADN, nomeadamente de alguns cancros de pele (normalmente, cancros de pele não-melanoma).  

Os raios UVA são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelas rugas. São também os responsáveis por muitos cancros de pele (melanoma). Os UVA são menos intensos do que os UVB, mas penetram mais profundamente na pele (derme), sendo responsáveis por danos a longo prazo, em vez de danos agudos.

 

Assim, sempre que vamos expor-nos ao Sol, o Protetor Solar deve ser a nossa melhor companhia. Este protetor deve proteger contra os raios UVA e UVB e isto deve estar escrito na embalagem. Também deve ser escolhido se acordo com a idade e com o tipo de pele. Falo na idade porque com as crianças deve haver um cuidado especial durante a exposição solar, pois dado o seu sistema imunitário e a sensibilidade da pele, uma queimadura solar numa criança é sempre algo muito grave. 

 

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 Vamos então às 5 regras principais na utilização de protetores solares:

1.Os protetores solares devem ter no mínimo fator 30 para toda a gente.

2. As crianças e as pessoas com pele mais sensível ao sol ou com história de cancro, devem optar por um índice mais alto (50+).

3. O protetor deve ser aplicado 20 a 30 minutos antes de sair de casa, para que seja bem absorvido.

4. Na praia ou ao ar livre, convém renovar a aplicação cada 2 horas ou após cada banho. Se transpirar muito, também deve repor.

5. O protetor deve ser aplicado em abundância, não esquecendo nenhuma zona exposta ao sol (planta e peito dos pés, orelhas, couro cabeludo).

 

Como nenhum creme escuda a pele a 100 por cento, convém não esquecer outras medidas a seguir para uma exposição solar em segurança:

- Evitar a exposição direta ao sol entre as 11 e as 17 horas.

- Não aesquecer que os dias nublados não dispensam proteção; 40 a 60% da radiação atravessa as núvens e chega à terra.

- Utilizar óculos de sol com filtro UV. A falta de proteção aumenta em 60% a chance de evolução de cataratas, doença que é a responsável por 48% dos casos de cegueira.

- Utilizar chapéu.

- Beber muita água, sem dúvida a melhor bebida de praia.
 

Depois de todas as dicas para uma exposição solar em segurança, está na hora de desejar a todos umas boas férias, com muito Sol e muita Saúde!

 

publicado às 15:57

Dia Mundial do Dador de Sangue

por dicasdefarmaceutica, em 14.06.18

 

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Não podemos deixar passar este dia sem falar nele."Esteja disponível para quem precisa. Dê sangue. Partilhe vida!". É este o alerta que a Organização Mundial da Saúde(OMS) lança neste dia.

Os objetivos da campanha deste ano centralizam-se no dador, agradecendo a todos aqueles que, de uma forma voluntária, consciente e para bem de todos, dão sangue para salvar vidas.  

A importância de ter dadores regulares para manter as adequadas reservas de sangue também é uma constante preocupação da OMS e dos vários organismos que, em cada país, gerem os bancos de sangue.

 

Aptos a dar sangue estão todos aqueles que demonstrem estar num bom estado de saúde, ter hábitos de vida saudáveis, um peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e 65 anos. Para uma primeira dádiva o limite de idade é aos 60 anos.

A dádiva de sangue pode ser efetuada de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens.

 

Se se sentir uma pessoa saudável e se quiser dar sangue, deve dirigir-se a um centro de recolha, fazer um exame médico e depois é muito fácil: não dói, no fim toma uma curta refeição e vai sentir-se muito bem!

 

Lembre-se que dar sangue é um gesto que pode salvar muitas vidas! 

 

São muitas as instituições que estão sensibilizadas para a dádiva de sangue. Só a título de exemplo e porque é um local que me diz muito, aqui fica um exemplo:

 

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publicado às 14:52

Novo cuidado para os lábios

por dicasdefarmaceutica, em 12.06.18

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Para descontrair um pouco das doenças, hoje vou falar-vos de um produto novo para cuidar da saúde dos lábios.

Quem não conhece a marca Labello? Os mais que conhecidos batons de cieiro, tão úteis  e tantas vezes perdidos pelas gavetas lá da casa.  Com mais de 100 anos de experiência, Labello é uma das maiores especialistas mundiais em cuidado dos lábios.

 

Para este verão, acabaram de chegar ao mercado os Labellino e prometem revolucionar o cuidado dos lábios! Graças à sua fórmula exclusiva que inclui Manteiga de Karité e um sabor “Frutillino” refrescante, os lábios ficam macios, “Suavellinos” e hidratados durante muito mais tempo.

 

A embalagem é uma delícia, em tons pastel, é fácil de aplicar, muito ergonómica e cabe em qualquer mala.

 

Existem dois Labellinos:

- Labellino Raspberry & Red Apple, com aroma a Framboesa e Maçã Vermelha, deixa um suave brilho nos lábios. 

- Labellino Fresh Mint, com um aroma a menta fresca, deixa os lábios macios e com uma sensação de frescura.

Ambos oferecem aos lábios um cuidado intensivo e uma hidratação duradoura, ideal para manter os lábios suaves após um dia de praia (quando o sol nos presentear com a sua presença...).

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publicado às 10:05

Novas esperanças no tratamento e diagnóstico do Cancro

por dicasdefarmaceutica, em 08.06.18

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Ontem falei AQUI de Cancro e referi que a grande esperança no controle desta doença está no controle da divisão celular, principalmente através da “manipulação do sistema imunitário”.  

 

Há muito que se fala de Imunoterapia e Cancro, mas afinal o que é a Imunoterapia?

“A imunoterapia é uma forma inovadora de tratamento para o cancro, através da qual se ativa o sistema imunitário, se estimulam as células do nosso organismo que habitualmente o defendem das agressões, para que o defendam também contra o cancro. Isso faz com que, quando as células de determinado órgão do organismo se transformam em células tumorais, elas vão ser reconhecidas pelos linfócitos, os ‘soldados’ do sistema imunitário (glóbulos brancos), que terão assim a capacidade de as reconhecer e de as destruir eficazmente.”

Este tratamento já é utilizado em alguns cancros e tem sido cada vez mais utilizado, normalmente associado a outros tratamentos, como a quimioterapia. Recentemente, falou-se muito de uma doente americana de 49 anos com cancro de mama muito agressivo, já espalhado a vários órgãos e que não tinha qualquer esperança de tratamento. Foi submetida a um tratamento experimental de imunoterapia e, passados 12 meses, o cancro estava tratado. É a primeira vez que tal acontece. 

Neste momento, penso que a imunoterapia é mesmo o tratamento mais promissor no combate a esta doença.

 

Recentemente nasceu uma nova esperança no diagnóstico do cancro: através de uma análise de sangue poderá ser possível fazer o diagnóstico precoce de alguns tipos de cancro, nomeadamente pâncreas, ovário, fígado e bexiga. Muitas vezes, estes cancros são detetados já demasiado tarde, quando não é possível operar os doentes e as hipóteses de sobrevivência já são poucas. 

Trata-se de um teste que deteta pequenos fragmentos de ADN libertados pelas células cancerígenas no sangue.

O diagnóstico precoce é sem dúvida uma das maiores esperanças no combate ao cancro, mas este teste ainda vai demorar alguns anos a ser introduzido no mercado.

 

Os avanços no diagnóstico e no tratamento do cancro são promissores mas, como vos dizia ontem, o cancro está longe de ser erradicado. Vamos fazendo a nossa parte, tentando controlar os fatores externos e não faltando aos rastreios que temos ao alcance. Não há qualquer dúvida que o cancro, quando detetado numa fase precoce, tem muito mais hipóteses de ser tratado.

 

publicado às 13:34

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Hoje li uma notícia sobre uma sessão que decorreu no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde na Universidade do Porto (i3S), em que o bioquímico britânico Paul Nurse esclareceu alguns dos mitos associados ao cancro e à sua prevenção. Este cientista recebeu o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 2001.

Nurse, nos anos 70, com recurso a células de levedura, descobriu como é controlado o ciclo celular em todos os organismos. Essa descoberta revolucionou o conhecimento sobre muitas doenças onde o ciclo celular está afetado, com grande impacto nas doenças humanas em que ocorrer proliferação descontrolada das células, como no caso do cancro.

 

Como concordo em absoluto com aquilo que Paul Nurse disse, vou partilhar convosco as duas ideias principais que ficaram deste encontro:

 

1. O bioquímico considera que um dos maiores mitos relacionados com o cancro “é pensar-se que se trata de uma única doença”. Realmente, podemos dizer que o cancro são várias doenças onde a reprodução celular está descontrolada. Se fosse uma doença única, seria mais fácil de controlar. Este descontrole é o principal fator que faz com que seja tão difícil tratar o cancro e que nos torna tão impotentes perante esta doença, que continua a ser assustadora.

 

2. Relativamente à prevenção, o “grande problema” identificado pelo cientista prende-se com o facto de, na comunidade científica, haver investigadores que utilizam somente a genética para estudar o cancro, enquanto outros estudam somente os fatores externos, quando, na realidade, “ambos são importantes e precisam de ser estudados juntos”. ”Não é suficiente saber muito sobre os genes ou sobre os fatores externos que podem levar a doenças, o que é mesmo importante é estudá-los juntos”, acrescentou. 

Na realidade, quem fuma tem mais probabilidade de ter cancro do pulmão e isto é aquele fator externo que se pode controlar. Mas e quem não fuma? Pode também desenvolver cancro se a carga genética herdada dos antepassados vier com este “peso”. Também quem se expõe ao sol, tem maior probabilidade de ter cancro de pele, o que não exclui a 100% aqueles que têm uma exposição solar responsável.

 

A juntar aos factores externos e à carga genética, vem outra realidade: “de todas as vezes que uma célula se divide e se reproduz, ocorrem erros”, o que vai decorrendo “ao longo da vida de todos os seres humanos. Consoante se vai envelhecendo, esses danos podem acumular, não havendo nada que se possa fazer acerca disso. Só o facto de estarmos vivos vai resultar em danos nos genes que podem provocar cancro e, quanto mais tempo vivemos, maior a probabilidade de ocorrerem incidentes”, notou o investigador britânico, que trabalhou no Imperial Cancer Research Fund (atualmente Cancer Research UK), do qual se tornou director em 1996.

 

De acordo com tudo o que foi dito e apesar dos grandes avanços no tratamento do cancro, segundo Paul Nurse, “o cancro nunca poderá ser erradicado”. Podemos controlar os fatores externos, mas é impossível controlar a herança genética recebida e  continua a ser difícil controlar a divisão celular.

A grande esperança está no controle desta divisão celular, principalmente através da “manipulação do sistema imunitário”. 

Prometo voltar a este assunto amanhã.

 

 

 

 

 

 

 

publicado às 15:52

Medicamento que previne a SIDA só chega a 100 pessoas

por dicasdefarmaceutica, em 05.06.18

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Nos Estados Unidos, o Truvada, medicamento que combina os antirretrovirais tenofovir e emtricitabitina, foi aprovado como medicação para profilaxia pré-exposição (PrEP) em 2012.

Desde essa data, o medicamento era indicado só para adultos acima de 18 anos dentro de determinados grupos de risco, nomeadamente, casais gays, travestis e transsexuais, profissionais do sexo, e casais sorodiscordantes (em que apenas um possui o vírus).

A partir de agora, a FDA (Food and Drug Administration) aprovou nova indicação do Truvada; pode ser utilizado por menores de 18 anos, de forma a reduzir o risco de contrair a doença (HIV-1).

 

Em Portugal, há muito tempo que está prometida a referida profilaxia pré-exposição (PrEP), mas só agora chegou em termos oficiais. E digo isto porque se sabe que alguns destes medicamentos foram comprados via internet em sites não muito recomendados e sem qualquer controlo.

A PrEP, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai estar disponível apenas para 100 pessoas. A informação consta do Plano de Acesso Pecoce a Medicamentos gerido pelo Infarmed. Segundo esta instituição, “o processo de financiamento deste medicamento ainda não está concluído” e a empresa Gilead (empresa que comercializa o Truvada) dispensou apenas 1200 embalagens para o Plano de Acesso Precoce.

 

Antes de iniciar este tratamento preventivo é necessário que o indivíduo faça o teste de HIV e receba o resultado negativo, que deve ser confirmado a cada três meses. Isso porque, em caso de infeção precoce, o uso do Truvada pode permitir que o vírus desenvolva resistência a medicações.

Além disso, o medicamento deve ser utilizado diariamente, conforme recomendação, junto com outras ferramentas de prevenção, como preservativos, uma vez que o Truvada não previne outras doenças sexualmente transmissíveis.

 

Esperemos que a partir de agora este assunto tenha um desenvolvimento mais rápido, pois já estamos bastante atrasados em relação a outros países e está provado que o Truvada, quando administrado convenientemente e devidamente controlado, tem uma eficácia próxima dos 100%. 

As Nações Unidas definiram como meta, alcançar os parâmetros 90-90-90 até 2020, ou seja, ter 90% da população co HIV diagnosticada, 90% desta em tratamento e 90% deste grupo a alcançar a supressão viral, ou seja, incapaz de propagar a doença.

 

Estas metas só serão alcançadas se não continuarmos a ter notícias como as do mês passado em que, por exemplo, na Venezuela, “mais de 100 mil doentes com sida estão sem tratamento com antirretrovirais” ou que “o Governo de Moçambique subiu de 1,9 para 2,1 milhões a estimativa do número de pessoas no país que vivem infetadas com o vírus que causa a sida”.

 

Em 2018 temos todos os meios científicos para controlar esta doença. Vamos aguardar que toda a outra “geringonça” funcione...

publicado às 16:29

A falar de Medicamentos com as Crianças

por dicasdefarmaceutica, em 01.06.18

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Hoje é o Dia Mundial da Criança, por isso, mesmo a falar de medicamentos, este post é para elas. É muito importante que os assuntos relacionados com a saúde sejam explicados desde cedo, em casa, na escola e também através dos meios de comunicação e das novas tecnologias, que os mais novos tanto gostam.

 

Aproveito a ideia fantástica do Infarmed que, através de um vídeo, responde de forma simples a algumas perguntas feitas pelas crianças:

- Como são criados os medicamentos?

- Como são testados?

- O que são reações adversas?

Neste vídeo, o Infarmed explica todos os passos até um medicamento chegar à farmácia. Parabéns pela iniciativa!

 

Gostaram? Se sim, vamos lá partilhar e mostrar às nossas crianças!

FELIZ DIA DA CRIANÇA!

publicado às 17:24

Imagens

Algumas das imagens presentes no blog são retiradas da Web. Na impossibilidade de as creditar corretamente agradeço que, caso alguns dos autores não autorize a sua publicação, entre em contato, para que as mesmas sejam retiradas de imediato.

Termo de responsabilidade

A informação contida neste blog não substitui o aconselhamento médico ou farmacêutico. O objetivo do blog, é informar sobre vários assuntos ligados à saúde em geral, e à farmácia em particular. Os vários temas são abordados de uma forma não exaustiva, acessível ao público em geral.


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