Finalmente, parece que vêm aí as altas temperaturas e os dias de praia. Este fim-de-semana são muitos os que vão estrear a primeira ida à praia de 2018. Por isso mesmo, convém falarmos um pouco de sol e de relacioná-lo com a nossa saúde.
O Sol é um dos elementos mais importantes para a vida, ajudando no fabrico da vitamina D, fundamental para o desenvolvimento ósseo, além de ter outras vantagens por nós tão apreciadas. Atrevo-me a dizer que funciona muitas vezes como analgésico (tira a dor), como antidepressivo e parece que quanto mais horas de Sol temos, melhor é a nossa qualidade de vida. Há até quem diga que o Sol vicia e olhem que eu conheço muitos viciados...
Apesar de tudo, o sol é também um dos principais fatores de envelhecimento cutâneo e o principal responsável pelo cancro da pele (90% dos cancros de pele são provocados pela exposição solar). Por isso mesmo, sobretudo nesta altura do ano, o Sol deve ser aproveitado de uma forma responsável por todos.
Quando falamos de Sol e de proteção solar, lembramo-nos logo da praia, mas a primeira regra e a mais importante, é não nos esquecermos que o Sol brilha em todos os lugares! Sempre que andamos ao ar livre, os raios UVA e UVB acompanham-nos.
Qual a diferença entre raios UVA e UVB?
Os raios UVB são os responsáveis pelos eritemas da pele, ou seja, pelos chamados escaldões. São também os responsáveis por muitas alergias ao Sol. Afetam o ADN mais do que os UVA, sendo os principais causadores dos danos directos no ADN, nomeadamente de alguns cancros de pele (normalmente, cancros de pele não-melanoma).
Os raios UVA são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelas rugas. São também os responsáveis por muitos cancros de pele (melanoma). Os UVA são menos intensos do que os UVB, mas penetram mais profundamente na pele (derme), sendo responsáveis por danos a longo prazo, em vez de danos agudos.
Assim, sempre que vamos expor-nos ao Sol, o Protetor Solar deve ser a nossa melhor companhia. Este protetor deve proteger contra os raios UVA e UVB e isto deve estar escrito na embalagem. Também deve ser escolhido se acordo com a idade e com o tipo de pele. Falo na idade porque com as crianças deve haver um cuidado especial durante a exposição solar, pois dado o seu sistema imunitário e a sensibilidade da pele, uma queimadura solar numa criança é sempre algo muito grave.
Vamos então às 5 regras principais na utilização de protetores solares:
1.Os protetores solares devem ter no mínimo fator 30 para toda a gente.
2. As crianças e as pessoas com pele mais sensível ao sol ou com história de cancro, devem optar por um índice mais alto (50+).
3. O protetor deve ser aplicado 20 a 30 minutos antes de sair de casa, para que seja bem absorvido.
4. Na praia ou ao ar livre, convém renovar a aplicação cada 2 horas ou após cada banho. Se transpirar muito, também deve repor.
5. O protetor deve ser aplicado em abundância, não esquecendo nenhuma zona exposta ao sol (planta e peito dos pés, orelhas, couro cabeludo).
Como nenhum creme escuda a pele a 100 por cento, convém não esquecer outras medidas a seguir para uma exposição solar em segurança:
- Evitar a exposição direta ao sol entre as 11 e as 17 horas.
- Não aesquecer que os dias nublados não dispensam proteção; 40 a 60% da radiação atravessa as núvens e chega à terra.
- Utilizar óculos de sol com filtro UV. A falta de proteção aumenta em 60% a chance de evolução de cataratas, doença que é a responsável por 48% dos casos de cegueira.
- Utilizar chapéu.
- Beber muita água, sem dúvida a melhor bebida de praia.
Depois de todas as dicas para uma exposição solar em segurança, está na hora de desejar a todos umas boas férias, com muito Sol e muita Saúde!