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Começa amanhã a Semana Mundial da Alergia (de 22 a 28 de abril). Trata-se de uma semana da responsabilidade da Organização Mundial de Alergia (WAO) e das sociedades nacionais que a integram.
Este ano o tema escolhido é a “Dermatite Atópica - quando a pele dá comichão e inflama”.
A Dermatite Atópica (DA) ou eczema atópico “designa as manifestações inflamatórias cutâneas e recidivantes associadas à atopia”.
Trata-se de uma afeção benigna, não contagiosa que, na maioria dos casos, surge nos primeiros anos de vida, mas que pode surgir em qualquer idade. A prevalência da DA na população em geral estima-se entre os dois e os cinco por cento e em cerca de 15% nas crianças e adolescentes.
Como refere o Presidente da WAO (Dr. Ignacio J. Ansotegui),“a DA é um importante assunto de saúde pública devido ao seu impacto na qualidade de vida e ao encargo socioeconómico que lhe está associado”. É uma doença de que se fala pouco, mas que tem um impacto social e económico muito grande, sobretudo para as famílias que, na grande maioria das vezes, têm que suportar sem comparticipações, os custos dos tratamentos.
A dermatite atópica alterna períodos de crise com períodos de acalmia, mas os tratamentos e os cuidados com a pele nunca podem ser descuidados. Controlar todos estes períodos é fundamental para a qualidade de vida. Nos períodos de crise, o tratamento deve ser rápido e nos períodos de acalmia, a pele deve ser devidamente cuidada, mediante o uso de produtos emolientes, para reconstruir a pele e para diminuir a secura da mesma, além de outras medidas, muitas delas dependentes de cada pessoa.
A DA está muitas vezes associada a outras patologias alérgicas como a alergia alimentar, rinite polínica e asma.
“Devido à importância que a alergia pode desempenhar na DA, é indispensável que seja obtido um diagnóstico preciso e que haja seguimento por um alergologista ou dermatologista. Na maior parte dos indivíduos atópicos, muitas vezes diagnostica-se primeiro a DA, habitualmente em crianças, nos primeiros meses e anos de vida. A intervenção precoce pode ajudar a prevenir ou modificar a marcha atópica”, refere a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), em conjunto com a WAO.
Nesta semana vamos ouvir falar de alergias e de pele atópica um pouco por todo o país. Vamos estar atentos e aprender mais sobre estas doenças para podermos aconselhar os doentes quando se queixam que “a pele dá comichão e inflama”.