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Assinala-se este ano o Ano Global da Excelência da Educação em Dor.
Ao longo de 2018 a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) vai promover várias iniciativas e ações de sensibilização, com o objetivo de melhorar a formação dos profissionais de saúde, educadores, estudantes, entidades governamentais, investigadores e do público em geral sobre a dor.
Tratar ou aliviar a dor é dos maiores desafios da medicina. O conforto físico e psicológico que é dado aos doentes que têm dor, seja ela aguda ou crónica, é das maiores preocupações dos profissionais da saúde e das Associações vocacionadas para este tema.
Dentro do tema escolhido a IASP (International Association for the Study of Pain) mostra-se mais preocupada com a falta de conhecimento dos problemas de saúde em relação à dor e à falta de educação e formação em dor no currículo dos profissionais de saúde. Por esta razão, "a APED irá tentar inverter esta situação ao promover iniciativas e ações de sensibilização que impactem a população e que possam ajudar a colmatar as lacunas identificadas pela IASP”, sublinha a presidente da APED.
Isto é um tema de extrema importância e de extrema preocupação para todos nós. Ter formação em “DOR” é um tema que não se esgota. Cada vez se consegue aliviar mais a dor, mas saber fazê-lo de uma forma consciente é a chave do sucesso da terapêutica da dor.
Nem imaginam a admiração que eu tenho pelos especialistas espalhadas pelo país dedicados à consulta da dor! Sei que não chegam nem para 10% daqueles que necessitam de ajuda neste campo. É urgente formar gente, formar gente que saiba tratar verdadeiramente da Dor!
O alívio da dor é uma das queixas mais comuns no balcão da farmácia. Cada vez mais, o farmacêutico tem que estar atento e aconselhar no sentido do não abuso do consumo de analgésicos, mostrar quais os efeitos colaterais, alertar para as doses máximas aconselhadas e encaminhar para consulta médica sempre que a dor teime em não passar.
Enquanto se fala em formação, e porque sei que alguma pessoas vieram ler este post para saberem de algumas dicas para aliviar a dor, aqui ficam algumas medidas básicas a adotar em caso de dor persistente:
1 - Colaborar com os profissionais de saúde. O médico compreende esta dor e sabe como ajudá-lo.
2 - Não se automedicar. Seguir sempre as instruções dadas relativamente aos medicamentos a tomar, não alterando as dosagens e os intervalos das tomas.
3 - Seguir os conselhos do médico e dos restantes profissionais de saúde relativamente às medidas não farmacológicas a adotar, nomeadamente fisioterapia, apoio psicológico ou algumas medicinas alternativas.
4 - Manter atividade física regular, adaptando os exercícios às suas capacidades. Não fazer mais do que aquilo que consegue e corrigir posturas inadequadas.
5 - Manter atividades sociais. Conviver e distrair-se é fundamental para aliviar a dor.
6 - Não menosprezar a dor. “Doer” não é normal e os próprios doentes precisam de compreender o que se passa com eles e saber como controlar a dor.
Quando falamos de dor, associamos muitas vezes a cancro e a cuidados paliativos, mas a dor é muito mais do que isso. É preciso tratar lombalgias, cefaleias, dores músculo-esqueléticas e muitas outras, tantas vezes “culpadas” do absentismo ao trabalho e, sobretudo, da falta de qualidade de vida.
Vamos seguir com atenção este Ano Global da Excelência da Educação em Dor!