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Portugal é o segundo país da União Europeia com mais novos casos de HIV/SIDA e a maioria acontece através de relações sexuais desprotegidas. Em 2016 foram registados 841 novos diagnósticos de HIV e 161 casos de SIDA.
Neste Dia Mundial da luta contra a SIDA, é importante lembrar o papel crucial que o preservativo assume nesta luta e é este o meu tema escolhido para hoje.
Em Portugal, ao abrigo do Programa Nacional para as Infeções HIV, Sida e Tuberculose, foram distribuídos um total de 4,7 milhões de preservativos masculinos, em 2016, a maioria em estabelecimentos públicos de Saúde. Ainda assim, o relatório “A Saúde dos adolescentes Portugueses em tempos de recessão” revela que cerca de 30% dos jovens inquiridos não utilizou preservativo na primeira relação sexual, um número que sobe para perto de 55% no que se refere à utilização na última relação sexual. Destes, 42% referiram “não ter pensado nisso”, enquanto 31% confessaram não terem um preservativo consigo.
”Usar preservativo não pode ser uma questão”. Usar preservativo tem que ser uma realidade.
Até aos anos 80, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não eram faladas com muita preocupação. Parecia atingirem só grupos de risco isolados, como por exemplo, os homossexuais e as prostitutas. Foi então que a SIDA começou a assustar todos. Dizia-se ser uma doença sem cura e tirou a vida a muitos jovens naquela época. Muita gente tinha até medo de falar na doença.
Começaram as campanhas de prevenção e um forte apelo para o uso do preservativo, a única forma capaz de evitar a SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de evitar uma gravidez não planeada.
Ao longo dos anos, o preservativo passou a fazer parte da vida sexual de jovens e adultos, as campanhas ganharam força e as marcas fizeram publicidade, tentando que a prevenção fosse o mote das suas campanhas.
Apareceram também os testes para detetar o HIV e os tratamentos tornaram-se cada vez mais acessíveis ao longo dos anos.
Se tudo parece ter sido bem feito, então porque é que o HIV ainda aí anda a “fazer estragos”? Agora, os grupos de risco não existem mais; mulheres e homens, casados ou não, adolescentes, e até mesmo os idosos passaram a contrair a doença. E porquê? A resposta principal é o descuido com a prevenção, daí a importância de refletirmos sobre este assunto neste Dia Mundial da luta contra a SIDA.
Não facilite, previna-se e use preservativo!
Só para esclarecer: qual a diferença entre o HIV e a SIDA?
O HIV é um vírus (Vírus da Imunodeficiência Humana) e a SIDA é a doença (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) causado por esse vírus.
Pode ter-se uma infeção por HIV sem aquirir SIDA, sendo muitas as pessoas com infeção por HIV que vivem durante anos sem desenvolver SIDA.