Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Chega esta altura do ano e eu gosto sempre se fazer um destaque daquilo que me pareceu mais relevante e, sobretudo, mais inovador durante o ano que está a acabar.
Vamos então a 6 posts para lembrar um pouco este ano:
1 - A importância do uso seguro dos medicamentos em crianças
Dou destaque AQUI a este post porque durante todo o ano falei muito pouco destas ternurinhas e porque o tema é de uma enorme importância nesta época em que tanta gente “sabe tudo” e gosta tanto de se automedicar e de medicar as criancinhas porque “não têm tempo” de ir ao médico.
2 - Campanha “Por vezes mais é menos”
Tenho que destacar AQUI esta campanha, cujo objetivo foi alertar os doentes para a importância da medicação responsável, para a sua saúde e o seu bem-estar. Sabendo que 50% do medicamentos não são corretamente utilizados pelos doentes, estas campanhas devem ser uma constante todos os anos nas nossas farmácias.
3 - A televisão pode ajudar a gerir a sua saúde
Esta ideia foi apresentada em abril no Portugal eHealth Summit. Colmatando a dificuldade dos mais idosos não utilizarem muito o telemóvel e as novas aplicações que tanto podem ajudar a gerir a nossa saúde e aproveitando o facto de tanto usarem a televisão, a ideia é o doente estar ligado ao SNS, através da box da televisão. Através de um call center clínico, os doentes podem manter-se mais controlados, evitar idas desnecessárias às urgências ou, pelo contrário, atuar em tempo real, quando é necessário. Pode consultar o post AQUI.
4 - Plataforma online para tirar dúvidas sobre a composição dos cosméticos
Com esta plataforma, é mais fácil saber sobre a segurança e eficácia dos ingredientes de determinado cosmético e também sobre a sua regulamentação. Este é o meu destaque para este ano porque em Portugal não havia nenhuma plataforma com profundidade científica e de comunicação tão fácil na área da dermocosmética. Pode consultar AQUI este portal.
5 - LifeinaBox, a vencedora do concurso startups da WebSummit
Chama-se LifeinaBox a empresa francesa que venceu o concurso de startups da Web Summit, com um minifrigorífico para medicamentos. Viajar sem preocupações de saúde é agora possível. A Lifeina desenvolveu um frigorífico portátil (Life in a Box), que permite transportar medicamentos a temperaturas entre dois e oito graus centígrados. Este é verdadeiramente um produto que merece o meu destaque em 2017.
6 - Campanha de sensibilização para o enfarte junto dos peregrinos
Foi sem dúvida, um dos pontos altos deste ano: a vinda do Papa Francisco a Fátima. Aproveitando esta ocasião, a Stent for Life, que é apadrinhada em Portugal pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) e pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), promoveu uma campanha de sensibilização para o enfarte agudo do miocárdio (ver AQUI).
Deixei este ponto para o fim propositadamente, pois quero deixar aqui a mensagem do Papa Francisco, apropriada para todos os dias e para o novo ano que aí vem:
“VIVA A VIDA AGORA. AME MAIS, VIVA MAIS, PERDOE MAIS!”
O Serviço de Assistência Nacional Farmacêutica (projeto SAFE) começou a funcionar este mês no distrito de Bragança. Este serviço, que foi anunciado em Julho pelo Ministério da Saúde, envolve as entidades ligadas à Saúde e todas as farmácias do distrito.
O principal objetivo deste serviço é a melhoria do acesso dos portugueses aos medicamentos urgentes durante a noite.
Um doente que vá a um serviço de urgência do distrito de Bragança durante a noite, através do seu telemóvel, pode agora saber da disponibilidade dos medicamentos prescritos na farmácia que mais lhe convém e tem ainda a possibilidade destes lhe serem entregues em casa gratuitamente.
Sair de uma urgência de noite, muitas vezes fragilizado, ter de procurar uma farmácia de serviço, às vezes ter que ir a outra por a primeira não ter determinado medicamento, pode ser complicado. Este serviço facilita a vida a quem está doente e precisa dos serviços de saúde durante a noite, aos feriados e aos domingos.
Para o serviço funcionar, o doente tem de ter disponível um telemóvel, no qual vai receber uma mensagem com a prescrição, tendo depois de ligar para o número gratuito 800241400. O atendimento é feito por farmacêuticos que irão dar a indicação de quais as farmácias de serviço e da disponibilidade de determinado medicamento. O doente pode optar por deslocar-se à farmácia mais próxima da sua residência ou pode pedir que lhe seja entregue ao domicílio a custo zero.
Este serviço destina-se apenas a medicamentos prescritos durante a noite. Funciona todos os dias entre as 21:00 e as 9:00 e aos domingos e feriados durante 24 horas.
Ainda está numa fase inicial, mas prevê-se que este serviço seja alargado a mais distritos do país. Tem tudo para ser um projeto de sucesso, onde as farmácias estão, mais uma vez, na linha da frente para facilitar a acessibilidade dos doentes aos medicamentos, contribuindo assim para o sucesso da terapêutica prescrita pelos médicos.
Foi no dia 19 de dezembro que o auditório da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa passou a chamar-se Auditório Maria Odette Santos Ferreira, em homenagem à minha Professora da cadeira de Virologia, já lá vão quase 30 anos.
Mas a Professora Odette Ferreira (era assim que lhe chamávamos), não era apenas Professora; era e será sempre uma referência nacional e internacional na área da Virologia. Foi esta Sra. Professora que ajudou a colocar o nosso país num lugar cimeiro na ciência a nível mundial, com a identificação do vírus da imunodeficiência humana tipo 2. Em Portugal e no mundo das ciências, este é um nome que estará sempre ligado às grandes descobertas relacionadas com a SIDA.
A Professora Maria Odette Santos Ferreira destacou-se no ensino, na investigação e também na defesa da saúde pública. Por tudo isso, foram-lhe já atribuídos muitos prémios, aliás, parece que todos os anos ouvimos o seu nome relacionado com prémios. Isto deve-se também ao “Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos Ferreira”, que foi instituído em 2010, e que desde então tem impulsionado a realização de trabalhos de investigação por farmacêuticos.
Tendo sempre como foco os doentes, em 1993 a Professora Odette propôs o projeto de troca de seringas “Diz Não a Uma Seringa em Segunda Mão”, muito revolucionário na altura, mas que iria atacar o problema pela raiz. De acordo com dados da ANF, entre 1993 e Dezembro de 2008 tinham sido recolhidos mais de 43 milhões de seringas.
Todas estas razões chegariam para nos lembrarmos sempre da Professora Odette Ferreira, mas como a própria disse na terça-feira, “Este auditório simboliza para mim a eternidade, a eternidade da alma. Sempre aqui estarei para reforçar a nossa entidade farmacêutica, o nosso rigor e a nossa missão de olhar para o doente como a nossa razão de ser”.
Sempre impecavelmente vestida, ainda hoje mantém o seu ar imponente e ativo, apesar dos anos de experiência acumulados. Parece-me mesmo, como alguém dizia, que “as células não têm idade”...
Escrevi um artigo para a revista Inominável que vou partilhar aqui convosco, pois está a ser a pergunta da semana nos balcões das nossas farmácias.
Chegou o frio e com ele as tão temíveis doenças de inverno. Nunca sabemos bem, terei gripe ou estarei só constipado? Vamos lá tirar umas dúvidas.
A constipação é normalmente uma situação mais comum e menos grave do que a gripe.
A constipação é uma doença infecciosa viral do aparelho respiratório superior, que afeta sobretudo a cavidade nasal. Existem mais de 200 vírus associados às causas da constipação, sendo os mais comuns os rinovírus.
Quais são os sintomas da constipação?
- Fadiga ligeira
- Dores de cabeça ligeiras
- Tosse ligeira
- Nariz entupido
- Garganta irritada
- Espirros
- Raramente dá febre
- Normalmente dura 3 ou 4 dias
A gripe é uma doença causado por um vírus (Influenza) que é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da tosse e espirros, mas também por contacto direto, por exemplo, através das mãos.
Quais são os sintomas da gripe?
- Cansaço
- Febre elevada
- Dores de cabeça fortes
- Tosse persistente
- Dores musculares e articulares
- Nariz entupido
- Garganta inflamada
- Espirros
- Pode durar 3 ou 4 semanas
Como podem observar, muitos dos sintomas são semelhantes, daí a confusão entre estas duas doenças de inverno. Convém sempre desconfiar de uma constipação muito prolongada no tempo...
Quase toda a gente já teve constipada mas felizmente, muitos de nós nunca tiveram gripe.
A grande vantagem da gripe é que pode ser prevenida através da vacina. Esta é aconselhada a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, a doentes crónicos e imunodeprimidos, a grávidas, aos profissionais de saúde e a crianças e jovens internados em instituições. Se pertence a algum destes grupos, ainda vai a tempo: até ao final do ano, pode levar a vacina da gripe. Lembre-se que a vacinação é a melhor prevenção!
Existem também algumas medidas muito simples para prevenir estas duas doenças:
- Lavar as mãos frequentemente
- Tocar o menos possível em objetos públicos (puxadores de portas, corrimões, transportes públicos, etc...)
- Evitar tocar com as mãos sujas nos olhos, nariz e boca
- Beber muita água (1,5 litros por dia)
- Fazer uma alimentação saudável, ingerindo alimentos ricos em proteínas e vitaminas
- Fazer exercício físico
- Dormir bem
- Evitar mudanças bruscas de temperatura
- Evitar grandes ajuntamentos, sobretudo em recintos fechados (centros comercias, inclusive)
- Melhorar a circulação de ar, abrindo as janelas
- Proteger o nariz e a boca enquanto espirra ou tosse
- Usar lenços descartáveis.
- Evitar bebidas alcóolicas
- Não fumar
Parece uma lista muito grande de conselhos, mas todos são importantes para passar um inverno com saúde e para aproveitar esta época do ano da melhor forma. Também há muita coisa boa para fazer no inverno: passear, conviver à volta da fogueira com os amigos, fazer desportos de inverno e ter um Feliz Natal, cheio de Saúde!
É na minha zona e eu tenho que divulgar. Mercado de Natal soa bem, mas normalmente, não estão associados à saúde.
Já é pela segunda vez que as farmácias Holon da zona de Almada se juntam a esta iniciativa para “avaliarem a saúde” de quem por ali passa.
O objetivo é sensibilizar a população para a importância da adoção de estilos de vida saudáveis, sobretudo nesta época do ano que se cometem mais excessos alimentares. Vai até haver um workshop-Showcooking, com ideias para umas refeições de Natal mais saudáveis.
Por mim, se nos “portarmos mal”, em termos de alimentação, só no Natal, acho que não faz mal. Ficam, no entanto, as ideias para os restantes dias desta época festiva, que tem tendência a prolongar-se por vários dias.
Além da cozinha, os visitantes poderão realizar avaliações gratuitas de Podologia, Risco Cardiovascular e Nutrição.
Apareçam na Praça S. João Batista, em Almada! Os farmacêuticos estarão por lá para o ajudar e com mais algumas surpresas neste Natal...
Parece mentira, mas temos mesmo que andar atentos, infelizmente atentos a tudo, até àquilo que achamos que é impossível alguém se aproveitar e enganar tudo e todos. Estou a falar do escândalo dos últimos dias sobre a associação sem fins lucrativos “Raríssimas”. “Sem fins lucrativos” parece que é uma frase que não se aplica a este caso, pois houve alguém, de nome Paula Brito Costa, que lucrou bastante com a dita associação.
Não gosto nada de falar de assuntos desta natureza, mas dado que referi várias vezes esta associação aqui no blog, achei oportuno fazer referência a esta triste notícia. Referi noutros posts que o nome "RARÍSSIMAS" (Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras) refere-se a uma associação cujo lema é: "Existimos porque há pessoas raras, com necessidades raras”. Trata-se de um lema e de uma causa muito nobre, isso não tenho qualquer dúvida. Tenho também a certeza que a grande maioria das pessoas que trabalha nesta associação são pessoas de bem e que tudo fazem para tornar a vida daqueles doentes mais fácil, mais feliz e com menos sofrimento.
A primeira vez que ouvi o nome desta associação foi através de uma sua representante num almoço de mulheres empresárias. Após breves palavras, fiquei fascinada com a causa e como eu, muita gente ficou com vontade de ajudar e de divulgar esta “Casa dos Marcos”, situada na Moita.
Parece que não fui a única enganada, muito boa gente se fascinou com a ideia de ajudar esta associação, presidida por uma “senhora” tão simpática. A “senhora” parece ter enganado todos, desde ministros, rainhas, o Santo Padre, o Sr. Presidente da República e até a Sra. Bastonária da minha Ordem (dos farmacêuticos)! Contactos eram o seu ponto forte e, pelos vistos, a sua “capa” para roubar o dinheiro de todos nós. No final, ainda “levantava o troféu”...
“Para os maus vencerem basta que os bons não façam nada”. Foi esta a frase de quem teve a coragem de fazer denúncia deste caso. Verdade! Muito obrigada!
Para a jornalista Ana Leal que conduziu esta investigação, vai também o meu agradecimento pela persistência e vontade de divulgar este caso. Isto sim, é jornalismo.
E agora? O que vai acontecer? Nós ficamos aqui a aguardar que seja feita justiça. Os “outros”, aqueles que comandam a “geringonça”, vão “avaliar os factos e agir em conformidade”...
Independentemente de tudo, não nos devemos arrepender de ajudar. Quem deu algum donativo para esta associação, deve pensar que foi para ajudar a melhorar a vida de algum doente com uma doença rara e esquecer que pode ter sido para algum vestido da Karen Millen ou para ajudar a pagar a prestação de um BMW topo de gama.
Tudo isto foi feito durante vários anos porque foi permitido. Isto sim, é muito preocupante e permite-nos concluir que a “geringonça” continua a funcionar mal.
Conforme prometido no post anterior (Cuidado com o frio!), além das medidas para nos protegermos do frio, convém ter em casa um kit de farmácia básico, muito útil em caso de aparecerem os primeiros sintomas relacionados com as chamadas doenças de inverno.
Kit Farmácia Inverno:
- Termómetro (o que gostar mais, digital ou de infravermelhos, desde que o utilize segundo as instruções do referido aparelho)
- Antipirético (para baixar a febre, por exemplo paracetamol)
- Anti-histamínico (particularmente importante para as pessoas com tendência para alergias nesta época do ano ou que tenham frequentemente o nariz a pingar)
- Antigripal (são muitos os existente no mercado, “atacando” os primeiros sintomas de gripe ou até de uma simples constipação. Atenção aos princípios activos destes antigripais, pois podem não ser os indicados para o seu caso!)
- Descongestionante nasal (pode ser um simples soro fisiológico, uma água do mar ou algum mais forte para uma descongestão mais eficaz. Pode escolher em spray ou em gotas)
- Analgésico (para as dores, sobretudo de cabeça, por exemplo, o paracetamol)
- Pastilhas para a garganta (à base de eucalipto, limão, com ou sem anti-inflamatório, são muitas as escolhas...)
- Anti-inflamatório (quando as dores de garganta não passam, um ibuprofeno, por exemplo, tomado durante três dias de acordo com as indicações, pode ser o suficiente para evitar o agravamento da doença)
- Mucolíticos e expectorantes (para facilitar a libertação de secreções, são os chamados xaropes para a tosse com expectoração)
- Antitússicos (utilizados apenas em casos pontuais, quando se trata de uma tosse seca e irritadiça)
- Hidratantes (mãos, lábios e corpo, fundamentais para evitar frieiras e lábios gretados, tão comuns nesta época do ano)
Todos os medicamentos devem ser tomados de acordo com a posologia.
Nesta altura de inverno, em que os sintomas muitas vezes se prolongam por vários dias, é muito importante não ultrapassar as doses recomendadas nem o tempo máximo para a toma de determinado medicamento. Por exemplo, um xarope para a tosse deve ser tomado apenas durante 5 dias.
O seu farmacêutico é a pessoa certa para o ajudar a ter em casa este Kit de Farmácia de Inverno. Este kit deve ser o mais personalizado possível, feito de acordo com a sua idade e com o seu estado de saúde.
Pode ver AQUI alguma dicas para organizar o seu armário de farmácia.
Agora sim, o frio chegou. Está na hora de tirar os gorros, os cachecóis e as luvas do armário e usá-los como acessórios de moda. Agora, que até a moda das peles está do nosso lado, é só inventar e utilizar as várias camadas de roupa para ficarmos bem quentinhos.
Sabemos que a exposição ao frio intenso, sobretudo durante vários dias consecutivos, pode ter efeitos negativos na saúde. Em situações de frio intenso são produzidas alterações no organismo que facilitam o aparecimento de doenças como a gripe e outras infeções respiratórias, bem como o agravamento das doenças crónicas, nomeadamente cardíacas e respiratórias.
Atenção especial às crianças, aos mais idosos e aos portadores de doenças crónicas!
Assim, e em termos gerais, existem algumas recomendações básicas para nos protegermos do frio, que convém recordar:
1 - Agasalhe-se! Manter o corpo quente é fundamental para nos protegermos do frio. É importante proteger a cabeça, o pescoço, as mãos e os pés. É aqui que entra a moda dos acessórios e nada como aproveitar esta época do Natal para oferecer gorros, luvas, cachecóis e meias bem quentinhas. As camisolas polares, bem baratas nalgumas lojas, são uma alternativa excelente para combater o frio. A técnica das “camadas de roupa” resulta sempre.
2 - Mantenha a casa quente! Antes de tudo, a casa deve estar bem isolada do exterior (portas e janelas bem vedadas...), deve ser arejada todos os dias e deve estar aquecida, tendo especial cuidado ao uso de lareiras, braseiras, salamandras e aquecimentos a gás. O aquecimento deve ser feito tendo em atenção todas as normas de segurança dos vários equipamentos. Também é importante não esquecer a roupa utilizada na cama e abusar dos edredons e das mantinhas (mais uma ideia para o tal presentinho de Natal...).
3 - Hidrate-se! Parece que é mais importante a hidratação com o calor, mas isso não é verdade; beber pelo menos 1,5 litros de água por dia é crucial para se manter hidratado também no inverno. Pode substituir-se a água por chás, infusões ou mesmo sopas. Preferencialmente, deve optar-se por bebidas quentes. Também é importante evitar as bebidas alcoólicas, pois o álcool provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, dificultando o aquecimento do corpo.
4 - Alimente-se bem e faça exercício físico! O corpo precisa de mais calorias para combater o frio, mas isso não quer dizer que se abuse e não é desculpa para os quilos que tendem em aumentar nesta época do ano. Privilegie as sopas e legumes, prefira os cereais integrais e os doces à base de frutos secos! Não se esqueça que é fundamental comer frutas frescas para um bom aporte de vitaminas! Nesta época gosto muito de maçã assada com canela, também uma excelente opção. Continue a fazer exercício físico!
5 - Mantenha-se atento aos sinais e sintomas! Isto é particularmente importante se tiver algum problema de saúde. Não se automedique com antibióticos! Se tiver dúvidas, consulte o seu médico ou o seu farmacêutico! Se necessário, telefone para a linha gratuita SNS 24, através do número 808 24 24 24. Evite deslocar-se para a urgência! Tenha em casa um kit básico de prevenção para o inverno!
6 - Esteja atento ao que o rodeia e ajude os outros! É bom olharmos à nossa volta e falarmos destes conselhos, partilharmos os nossos agasalhos com quem precisa ou mesmo oferecermos um chá ou um prato de sopa àquele vizinho idoso que vive sozinho e está a ficar constipado...atenção aos vizinhos idosos! É nesta época do ano que surgem muitos idosos nas urgências, vítimas do frio, desidratados e mal alimentados.
Durante o inverno e sobretudo nesta época das compras de Natal, há uma maior tendência para a concentração de pessoas em locais fechados, o que pode contribuir para a propagação de algumas doenças infecciosas. Privilegie os passeios ao ar livre!
Para reforçar tudo o que já foi dito, veja AQUI as recomendações da DGS (Direção Geral da Saúde) para a população se proteger do frio e esteja atento ao post de amanhã!
Portugal é o segundo país da União Europeia com mais novos casos de HIV/SIDA e a maioria acontece através de relações sexuais desprotegidas. Em 2016 foram registados 841 novos diagnósticos de HIV e 161 casos de SIDA.
Neste Dia Mundial da luta contra a SIDA, é importante lembrar o papel crucial que o preservativo assume nesta luta e é este o meu tema escolhido para hoje.
Em Portugal, ao abrigo do Programa Nacional para as Infeções HIV, Sida e Tuberculose, foram distribuídos um total de 4,7 milhões de preservativos masculinos, em 2016, a maioria em estabelecimentos públicos de Saúde. Ainda assim, o relatório “A Saúde dos adolescentes Portugueses em tempos de recessão” revela que cerca de 30% dos jovens inquiridos não utilizou preservativo na primeira relação sexual, um número que sobe para perto de 55% no que se refere à utilização na última relação sexual. Destes, 42% referiram “não ter pensado nisso”, enquanto 31% confessaram não terem um preservativo consigo.
”Usar preservativo não pode ser uma questão”. Usar preservativo tem que ser uma realidade.
Até aos anos 80, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não eram faladas com muita preocupação. Parecia atingirem só grupos de risco isolados, como por exemplo, os homossexuais e as prostitutas. Foi então que a SIDA começou a assustar todos. Dizia-se ser uma doença sem cura e tirou a vida a muitos jovens naquela época. Muita gente tinha até medo de falar na doença.
Começaram as campanhas de prevenção e um forte apelo para o uso do preservativo, a única forma capaz de evitar a SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de evitar uma gravidez não planeada.
Ao longo dos anos, o preservativo passou a fazer parte da vida sexual de jovens e adultos, as campanhas ganharam força e as marcas fizeram publicidade, tentando que a prevenção fosse o mote das suas campanhas.
Apareceram também os testes para detetar o HIV e os tratamentos tornaram-se cada vez mais acessíveis ao longo dos anos.
Se tudo parece ter sido bem feito, então porque é que o HIV ainda aí anda a “fazer estragos”? Agora, os grupos de risco não existem mais; mulheres e homens, casados ou não, adolescentes, e até mesmo os idosos passaram a contrair a doença. E porquê? A resposta principal é o descuido com a prevenção, daí a importância de refletirmos sobre este assunto neste Dia Mundial da luta contra a SIDA.
Não facilite, previna-se e use preservativo!
Só para esclarecer: qual a diferença entre o HIV e a SIDA?
O HIV é um vírus (Vírus da Imunodeficiência Humana) e a SIDA é a doença (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) causado por esse vírus.
Pode ter-se uma infeção por HIV sem aquirir SIDA, sendo muitas as pessoas com infeção por HIV que vivem durante anos sem desenvolver SIDA.