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Já falei tantas vezes das vacinas e da "moda" anti-vacinas, que estava a ver se conseguia não abordar mais este assunto mas, como vêem, não consigo. A revolta é tanta e estou tão aborrecida de, passados tantos anos, voltarmos a ouvir falar de crianças gravemente doentes com Sarampo, que tive mesmo que voltar ao assunto.
A semana passada fiz um post sobre isto (ver AQUI) mas não pensava que hoje ainda fosse tema de todas as notícias...é mau sinal!
E os comentários nas redes sociais? Francamente, mesmo perante a situação, tanta gente a dizer disparates...
Vou só deixar-vos com o comunicado emitido ontem pela Direção Geral de Saúde (DGS), destinado a toda a população portuguesa, esclarecendo a situação desta epidemia em Portugal.
"Em relação à atividade epidémica de sarampo, a Direção-Geral da Saúde esclarece:
1. Em Portugal, desde janeiro de 2017 e até à data, foram registados 21 casos confirmados de sarampo pelo Instituto Ricardo Jorge;
2. A descrição detalhada, no plano epidemiológico, ainda está em curso;
3. A ocorrência de surtos de sarampo em alguns países europeus, devido à existência de comunidades não vacinadas, colocou Portugal em elevado risco;
4. Não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude, uma vez que a larga maioria das pessoas está protegida porque foi vacinada ou teve anteriormente a doença;
5. A vacinação é a principal medida de prevenção, é gratuita e está disponível para todas as pessoas presentes em Portugal;
6. O Programa Nacional de Vacinação recomenda a vacinação com duas doses, aos 12 meses e aos 5 anos de idade;
7. Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso;
8. Os serviços da DGS, do Instituto Ricardo Jorge, do INFARMED, dos Centros de Saúde e dos Hospitais de todas as regiões do País continuam a acompanhar a evolução das iniciativas que visam controlar o problema ora identificado."
Pais, por favor vacinem as vossas crianças!
Como disse o pediatra Mário Cordeiro numa entrevista ao Diário de Notícias, "dizer mal das vacinas é um luxo de um país que já não tem, como há bem pouco tempo tinha, casos diários de meningite ou mortes por sarampo, como [aconteceu] em 1994. A memória é demasiado curta e a arrogância demasiado grande".
Vamos fazer com que isto tenha sido um acidente, para continuarmos a ser um exemplo para o resto da Europa, no que às vacinas diz respeito!