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Este é um dado que está a intrigar e a preocupar os especialistas: os portugueses “perderam” cerca de três anos de esperança de vida saudável em 2014 face ao ano anterior.
Em 2013, os números apontavam para nove anos de vida saudável após os 65 anos e o objetivo traçado era aumentar para 12 anos de vida sem incapacidades, até 2020.
Surgiram então as tristes notícias: em 2014, em vez de aumentarmos, "perdemos" três anos de vida saudável. Como é que isto é possível? E nós, mulheres, ainda estamos piores do que os homens. Aos 65 anos, enquanto os homens podem esperar viver mais 6,9 anos sem incapacidades, para as mulheres, apenas lhes restam 5,6 anos após os 65 anos, sem doenças.
A esperança de vida não pára de aumentar, o que quer dizer que vivemos mais tempo, mas com menos saúde. Que medo!
Claro que tudo isto são médias, mas agora que falamos tanto de vida saudável, todos devemos refletir sobre estes números e tentar mudar isto rapidamente.
Será da má alimentação? Da falta de exercício físico? Do stress instalado? Do tabaco?
Quanto à alimentação, aparentemente parece-nos que toda a gente está mais consciente mas, na realidade, há muitas crianças obesas e os erros alimentares mudam, mas continuam.
Quanto à falta de exercício físico, não basta ir de vez em quando ao ginásio. Isto só serve para enganar o próprio e para encher a lista de supostos "praticantes" nos ginásios. Enquanto continuarmos a fazer tudo a partir do sofá, desde trabalhar a fazer compras, a "conversar" nas redes sociais, o corpo vai continuar a queixar-se.
Stress, esse parece que não abranda. Na escola, trabalhos e mais trabalhos, sem tempo para as brincadeiras; na universidade, a corrida pelas melhores médias para entrar no mercado de trabalho, ao mesmo tempo que se tem que "encher" o curriculum de trabalhos, voluntariado e eu sei lá mais o quê; nalgumas empresas, o trabalho com horas de entrada e sem horas de saída, com pouco tempo livre para o descanso necessário ao corpo. Enfim, com tudo isto, será mesmo do stress?
Tabaco, esperemos que os fumadores continuem a ter consciência que têm mesmo que parar de fumar.
Enfim, parece-me que não existe um "culpado"; são todos este factores que fazem estes números que tanto nos assustam.
Viver bem e muitos anos é viver de forma saudável! Não podemos perder mais anos de vida saudável!
PREVENÇÃO tem que ser a palavra para todos nós, para as empresas, para os governantes, para os profissionais de saúde e sobretudo para os educadores, pais e professores, pois "de pequenino é que se torce o pepino" e educar para uma vida saudável é um dos melhores ensinamentos que podemos deixar às nossas crianças.
Como estes anos de vida saudável que perdemos são referentes a 2014, pode ser que quando tivermos os dados de 2015 e 2016, fiquemos mais animados...