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As carraças andam por aí, por isso, cuidado! O seu nome diz isso mesmo, as verdadeiras carraças não largam e gostam especialmente dos cães, apesar de também aparecerem nos gatos.
As carraças são parasitas externos, que se alimentam do sangue do hospedeiro. Em Portugal, como o clima é ameno, estão ativas durante todo o ano, mas é sobretudo do calor que elas mais gostam.
As carraças rastejam, não voam nem saltam e só as adultas podem ser vistas a olho nú. As larvas e as ninfas das carraças são difíceis de ver, sobretudo nos cães de muito pêlo.
As carraças podem provocar doença nos cães, transmitindo outras doenças e podem ter efeitos tóxicos bastante graves. Como conseguem "sugar" grandes quantidades de sangue, podem ainda fazer como que o cão fique anémico e, por isso, muito debilitado.
As carraças são portadoras de protozoários (Babésia), bactérias (Borrélia), riquétsia (Ehrlichia) e vírus, podendo também causar doença nos seres humanos.
O ideal é prevenir e evitar que as carraças cheguem perto dos nossos amigos e aí se instalem.
Existem no mercado várias soluções para isso, desde pipetas, sprays, coleiras, shampoos e até comprimidos. O melhor é aconselhar-se sempre com o veterinário e escolher o método e a dosagem que é mais indicada para o seu animal.
O meu Pipo, que ainda só tem 10Kg, está a fazer esta pipeta uma vez por mês:
Com esta prevenção, livramo-nos também das pulgas. As infestações com pulgas parece-me que ainda são piores, pois podem sair rapidamente do nosso controlo. Sabiam que uma única pulga pode produzir 2500 ovos? Elas põem 40 a 50 ovos por dia, durante 50 dias. Imaginem o que é isto no nosso cão ou gato e em nossa casa...
O que fazer se a malvada carraça já se instalou no nosso amigo?
- Não aplicar nenhuma substância (como álcool) para fazer com que a carraça se desprenda.
- Utilizar luvas de látex para proteger as mãos.
- Usar uma pinça de pontas afiadas (existem umas especiais para o efeito).
- Agarrar a carraça (com a pinça) o mais próximo possível da pele do animal.
- Rodar suavemente a carraça até que esta se desprenda da pele.
- Lavar a área picada com água morna e sabão neutro.
- Observar a área picada durante os dias seguintes e se a ferida não sarar, consultar o veterinário.
Pode ainda guardar-se a dita carraça num frasco, de forma a que o veterinário possa identificar qual o seu tipo e a gravidade da picada.
Proteja o seu amigo e aconselhe-se sempre com o médico veterinário!