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Ouvi esta notícia hoje no noticiário da manhã e, como acho um projeto fantástico, vou partilhar convosco.
O Hospital Garcia de Orta tem 20 camas domiciliárias e já internou 115 doentes agudos nas próprias casas. Mas afinal, o que é isto?
Trata-se de um serviço para internar doentes agudos que, apesar de necessitarem de cuidados permanentes, têm condições para serem tratados nas suas casas. A exigência principal é terem um familiar cuidador, o qual se vai tornar no grande aliado do médico e dos restantes profissionais que fazem parte dessa equipa, para que nada falte ao doente.
Tudo está preparado para o doente ser tratado na sua própria casa e os procedimentos que exigem a presença de profissionais especializados, são sempre realizados por estes. Por exemplo, o familiar pode aprender a dar oxigénio ao doente, mas se houver necessidade de antibioterapia diária (intravenosa), essa será sempre feita pela equipa que diariamente se desloca ao domicílio.
A recolha para as análises também são feitas na casa do doente e, desta forma, este só se deslocará ao hospital para realizar exames mais específicos.
Quando o médico dá alta ao doente, a única diferença é que ele já está na sua própria casa, mas a partir desse dia, deixará de ter a visita dessa equipa multidisciplinar que o acompanhou durante a doença.
A grande vantagem, além do conforto e do "mimo" da própria casa, junto dos familiares e amigos, é o menor risco de apanhar bactérias multirresistentes, responsáveis por grande parte da infeções hospitalares.
Para o sistema de saúde, apesar de ter que disponibilizar os meios técnicos e humanos (equipa de médicos e enfermeiros) para assegurar este novo serviço de internamento, vai poupar no custo da cama hospitalar, sobretudo na parte hoteleira, além de deixar mais camas livres nas unidades hospitalares.
Este é um bom exemplo a seguir nos restantes hospitais do país!