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O Dia Mundial da Tuberculose celebra-se a 24 de março porque foi nesta data, mas em 1882, que Robert Koch anunciou a descoberta da causa da tuberculose: o Mycobacterium tuberculosis, mais conhecido por bacilo de Koch.
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Tuberculose, a Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) desenvolveu durante esta semana um conjunto de ações junto da sociedade civil, com o objetivo de sensibilizar para os fatores de risco e prevenção desta doença.
A cada dia morrem 3 pessoas vítimas de tuberculose e outras 17 adoecem, em todo o mundo. Em Portugal, apesar do número de casos ter vindo a diminuir a cada ano, é nas cidades de Lisboa e Porto que a incidência de casos com tuberculose é mais elevada.
É necessário continuar a alertar a população para esta doença, considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma emergência mundial. Reforçar a prevenção, alertando para os principais fatores de risco é o principal objetivo das ações desenvolvidas nestes dias.
Qualquer pessoa está em risco de ser contagiada. A ideia de que a tuberculose só afeta os mais desfavorecidos e alguns grupos de risco, como toxicodependentes, alcoólicos ou doentes com SIDA, está errada. Todos devemos estar alerta para os principais sintomas:
- Cansaço
- Suores noturnos
- Tosse persistente com espetoração
- Febre baixa
Os sintomas da tuberculose confundem-se facilmente com os sinais de alerta de outras patologias, o que pode constituir a explicação para o diagnóstico tardio e o aparecimento de complicações.
Pessoas mais vulneráveis, com o sistema imunitário mais "em baixo", têm maior risco de contrair a doença, daí a importância do sistema integrado de saúde na deteção precoce da tuberculose e no seguimento do tratamento prescrito.
Pois é, a boa notícia é que a tuberculose é curável se o doente seguir o tratamento adequado, durante o tempo recomendado (normalmente 6 meses). Por se tratar de um tatamento longo, este tende a ser interrompido, o que pode levar às temíveis multirresistências.
A luta contra o tabagismo está sempre presente quando se fala de tuberculose, pois está provado que o tabaco é um fator que poderá levar a um aumento da incidência da doença.
A tuberculose não apareceu há meia dúzia de anos; é uma doença já bem "velhinha" que continua a preocupar-nos na atualidade e que deve continuar a preocupar os governantes, para que os números de doentes continuem a baixar, até podermos dizer que a doença foi erradicada.
Aqui ficam duas imagens de arquivo, retiradas do museu da ANF do Porto: