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Hoje li um artigo no observador que tenho que partilhar convosco porque,apesar de não concordar com tudo o que lá vem escrito, é um assunto demasiado importante e actual:"Suplementos alimentares. Será que o natural faz sempre bem?"
Já repararam na quantidade de artigos que vêm todos os dias na comunicação social sobre produtos naturais? E a quantidade de marcas que apareceram nos últimos dois anos nas prateleiras dos supermercados? Existem produtos naturais, ditos "milagrosos" para tudo: para emagrecer, para a ansiedade, para problemas renais, para diabetes, para o colesterol, enfim, para todas as doenças que preocupam o dia-a-dia de tantas famílias.
Tomar alguns suplementos em determinadas situações é benéfico para a saúde e pode ajudar na prevenção ou mesmo na cura de algumas patologias. O que faz mal é a toma indiscriminada de suplementos alimentares, receitados pelo "vizinho" (com muito boas intenções...) e comprado sem qualquer aconselhamento, em qualquer lugar.
Claro que o efeito será o mesmo se o mesmo suplemento for comprado na ervanária, no supermercado, na parafarmácia, na farmácia ou mesmo através da televisão ou da internet. A diferença é que na farmácia, o farmacêutico pode aconselhar, pode prevenir determinadas situações, conhecendo muitas vezes os utentes, sobretudo aqueles para os quais os suplementos podem constituir maior perigo, como sejam os doentes polimedicados.
Sabia que o "tão na moda" Aloé vera pode alimentar o desenvolvimento de tumores? E que o Ginseng pode aumentar a incidência de dores musculares, quando utilizado ao mesmo tempo que os medicamentos para o colesterol? Então e a "inofensiva" camomila, que pode interagir com os anticoagulantes orais e provocar hemorragias ou nódoas negras?
Isto são só alguns exemplos; dêem uma "vista de olhos" neste quadro publicado no "Observador", cuja fonte é do "Observatório das interações planta-medicamento da Universidade de Coimbra":
Estejam atentos aos perigos que se escondem atrás dos produtos naturais! Façam perguntas, questionem os prós e os contras da toma de alguns deles, mesmo os que parecem mais inofensivos, como os "cházinhos", que parecem só água e que, segundo dizem, "não fazem bem nem fazem mal".
O perigo está também na falta de informação do público em geral e na falta de formação de quem vende estes produtos. O próprio farmacêutico não estudou muitas destas interações na universidade; a diferença é que questiona, que conhece o corpo humano, as doenças e os fármacos que os doentes estão a tomar.
Na dúvida, peça sempre ajuda ao seu farmacêutico!