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"A dermatite atópica ou eczema atópico designa as manifestações inflamatórias cutâneas e recidivantes associadas à atopia".
Trata-se de uma afeção benigna, não contagiosa que, na maioria dos casos, surge nos três primeiros meses de vida, sendo uma grande preocupação para os papás e um grande sofrimento para os bebés.
A dermatite atópica evolui, alternando períodos de crise com períodos de acalmia. Controlar todos estes períodos é fundamental para a qualidade de vida da criança. Nos períodos de crise, o tratamento deve ser rápido e nos períodos de acalmia, a pele deve ser devidamente cuidada, mediante o uso de produtos emolientes, para reconstruir a pele e para diminuir a secura da mesma, além de outras medidas, muitas delas dependentes de cada criança.
Também se sabe que a pele atópica melhora e desaparece na maioria dos casos espontaneamente, antes da puberdade e não deixa nenhuma cicatriz, se for tratada corretamente.
Por tudo isto, hoje venho falar-vos de uma nova ferramenta lançada pela Uriage, que vai ajudar toda a família a viver com pele atópica. De forma a melhorar a qualidade de vida dos pais e das crianças, a Uriage criou dois mecanismos diferentes de apoio:
1 - App ATOPIA: aplicação que ajuda a controlar cada passo da patologia através de três áreas diferentes, destinadas aos vários intervenientes do processo:
COMPREENDER – área destinada aos pais, permite-lhes compreender melhor a doença e dá-lhes dicas e conselhos de como prevenir os períodos de crise.
ACOMPANHAR - área destinada a pais e médicos, permitindo fazer todos os registos num calendário: tratamentos, consultas, períodos de crise, alimentação e outros. Permite ainda criar alertas para não esquecer e fazer gráficos estatísticos, que vão ajudar o médico a prescrever o tratamento mais adequado, de acordo com a evolução da patologia.
JOGAR – área destinada às crianças, com jogos didáticos, divididos por idades. Nesta área, a Luisinha e o Manel vão ajudar a lidar com a dermatite atópica.
Esta aplicação é gratuita para IOS e Android.
2 - Linha de apoio SOS Atopia - número verde 800 919 254, disponível todos os dias da semana, das 9h00 às 18h00 e e-mail de apoio SOS Atopia – sos.atopia@uriage.pt
Até agora, o diagnóstico de uma ferida infectada é feito apenas quando a patologia já é evidente, o que obriga, frequentemente, ao uso de antibióticos para combater essa infecção.
No início do ano, li uma notícia que me despertou curiosidade, mas nunca mais tinha ouvido falar do assunto. Dizia que um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho, desenvolveu uns pensos que vão ter sistemas de cores para enzimas específicas, permitindo a detecção precoce de infecções. Assim, além de diagnosticarem a infecção numa fase ainda não evidente, poderão ajustar o tratamento da ferida, para uma cicatrização mais rápida.
Ontem li um artigo no "Bustle" (ver AQUI), que falava de algo semelhante. Ainda em testes experimentais, foram criados uns pensos rápidos, a pensar prioritariamente nas infecções em feridas de queimaduras, que também mudam de cor face a uma infeção, evitando que esta se alastre.
Esta inovação é da autoria de um grupo de investigadores da "University of Bath", em conjunto com a "Healing Foundation Children's Burns Research Centre" e a "University of Brighton".
Cada penso começa com um discreto padrão de bolinhas, que se abrem e deitam uma tinta, quando as bactérias tóxicas estão presentes.
Vamos aguardar a confirmação destas inovações para o mercado o que, a concretizar-se, pode revolucionar a detecção e tratamento de infecções em feridas.
Como tem sido muito falado ultimamente, até 2050 prevê-se que a resistência aos antibióticos possa matar mais pessoas do que o cancro. É por isso que lutar contra o seu mau uso é uma urgência a nível mundial e todos devemos falar sobre isso, para sabermos como o evitar.
Aqui ficam 10 dicas importantes:
1 - Os antibióticos são receitados para todas as infeções.
Falso
Os antibióticos só são receitados quando é diagnosticada uma infeção causada por bactérias (infeção bacteriana) e só podem ser prescritos por um médico. Por vezes, um antibiótico também é prescrito para prevenir infeções causadas por bactérias (por exemplo, antes de uma cirurgia).
2 - Todos os antibióticos são iguais.
Falso
Existem centenas de antibióticos, agrupados em mais de 15 classes diferentes, que se diferenciam entre si pela sua estrutura química e pelo seu modo de ação contra as bactérias. Um antibiótico pode ser eficaz contra vários tipos de bactérias ou contra apenas uma. É por isso que é fundamental que a prescrição seja adequada à bactéria em causa.
3 - É o nosso corpo que fica resistente ao antibiótico.
Falso
Não é o nosso corpo; são as bactérias que apresentam resistência aos antibióticos e isso acontece quando determinados antibióticos específicos perderam a capacidade de as matar ou impedir o seu desenvolvimento.
4 - Só a utilização excessiva ou inadequada de antibióticos acelera o aparecimento de bactérias resistentes.
Falso
A resistência aos antibióticos é uma situação natural causada por mutações nos genes das bactérias. Porém, a utilização excessiva ou inadequada de antibióticos acelera o aparecimento das bactérias resistentes.
5 - Os antibióticos são a cura para as constipações e gripes.
Falso
Grande parte das constipações e gripes é causada por vírus, contra os quais os antibióticos não são eficazes.
6 - Se me sinto melhor, posso parar o antibiótico.
Falso
Se parar de tomar o antibiótico, a bactéria pode replicar-se e até causar uma infecção mais grave.
De qualquer forma, se o antibiótico estiver a ser tomado (incorretamente) para uma infeção viral, o melhor é parar de o tomar.
7 - Posso alterar a dose prescrita e o intervalo entre as tomas.
Falso
Deve seguir escrupulosamente as indicações dadas pelo médico e pelo farmacêutico. Se alterar as doses, por exemplo, tomando menos quantidade, poderá não atingir a quantidade suficiente de medicamento no organismo para matar as bactérias e estas irão sobreviver, podendo tornar-se resistentes.
8 -Posso tomar o antibiótico de um familiar ou de um amigo.
Falso
Por várias razões: porque nunca deve sobrar antibiótico, porque as bactérias são diferentes e porque só o médico pode avaliar a necessidade de antibiótico para cada situação.
9 - Devo tomar sempre o antibiótico com o estômago cheio.
Falso
Deve sempre perguntar ao médico ou ao farmacêutico como deve tomar o antibiótico, pois alguns devem ser tomados após uma refeição, enquanto que outros podem fazer mais efeito com o estômago vazio.
10 - Não posso beber bebidas alcoólicas quando tomo antibiótico.
Verdadeiro e Falso
Isto é verdadeiro se beber muito, mas se beber só um ou dois copos de vinho ou cerveja, não é essa quantidade de álcool que vai cortar o efeito do antibiótico. Se está com ideias de beber muito, então a abstinência é mandatória.
Também os médicos, enfermeiros e farmacêuticos têm responsabilidades acrescidas no combate à resistência aos antibióticos, mas estou certa que todos eles estão conscientes das medidas a tomar:
- O médico deve prescrever antibióticos apenas quando são necessários, em conformidade com as orientações baseadas em factos científicos. Quando possível, deve prescrever um antibiótico específico para a infecção e não um de “largo espectro”.
- Os médicos, enfermeiros e farmacêuticos devem explicar aos doentes como aliviar os sintomas de constipações e de gripes sem utilizar antibióticos.
- Os médicos, enfermeiros e farmacêuticos devem informar os doentes sobre a importância de cumprir o tratamento com antibióticos, tal como indicado pelo médico.
A prova de que alguma coisa está a ser feito é que, em Portugal, o consumo de antibióticos tem vindo a baixar desde 2010, o que é uma muito boa notícia.
Com este frio, começam a aparecer os primeiros engripados e os primeiros constipados. Será gripe ou constipação (ver AQUI)? Como ambas são facilmente contagiosas e invadem o corpo através de gotículas, hoje vou só relembrar algumas medidas para prevenir o contágio:
1 - Lave regularmente as mãos com sabonete. Esta medida é particularmente importante nas crianças. Ensine o seu filho a lavar bem as mãos (muitas vezes ao dia) e vai vê-lo mais saudável durante o inverno!
2 - Quando tossir ou espirrar, coloque o antebraço à frente da boca.
3 - Use lenços de papel e não os reutilize.
4 - Evite o contacto próximo com pessoas doentes.
5 - Tente ventilar diariamente a sua casa.
6 - Diminua a frequência de recintos públicos fechados. Parecem os mais protegidos mas, nesta altura do ano, começam a ser os mais perigosos.
E porque é que a minha amiga nunca se constipa e eu ando sempre constipada? Provavelmente porque a sua amiga tem um organismo mais saudável, bem alimentado e "limpo", por dentro e por fora, que a defende melhor dos vírus. É muito importante ter um sistema imunitário equilibrado, o que só é possível adoptando um estilo de vida saudável.
Por isso, se não se quer constipar, além de seguir as medidas acima referidas para evitar o contágio:
- Alimente-se bem (alimentação rica em frutas e vegetais).
- Faça exercício físico (preferencialmente ao ar livre).
- Durma bem (7 a 8 horas diárias será o ideal).
E já agora, só para relembrar, não se esqueça que a melhor maneira de prevenir a gripe é a VACINAÇÃO! (Ver AQUI)
Deixo-vos com este filme delicioso da campanha de vacinação deste ano, de Inglaterra:
Ora aqui está uma excelente ideia para oferecer neste Natal aos doentes oncológicos, para que esta fase das suas vidas seja um pouco mais "saborosa".
No decurso dos tratamentos, os doentes oncológicos queixam-se frequentemente de falta de apetite, enjoos, obstipação, alterações de palato, etc... Com estes doentes, há sempre muita gente a "opinar" sobre o assunto da alimentação, pois todos sabemos que o equilíbrio nutricional é fundamental para ultrapassar esta fase difícil da doença.
Na realidade, nada como uma ferramenta de apoio feita por quem sabe, para ajudar a combater os efeitos secundários dos tratamentos e da própria doença e para assegurar este equilíbrio nutricional.
É com este objetivo que surge o livro de Nutrição Oncológica "Receitas deliciosas para doentes oncológicos em tratamento", lançado pela Associação de solidariedade social (IPSS) aTTitude.
Este livro oferece 87 deliciosas receitas, da autoria de 15 conceituados chefs.
Como diz o chef Kiko, "mesmo com algumas contrariedades na nossa saúde podemos encontrar forma de dar a volta e a vida continuar a saber-nos bem".
O livro será lançado oficialmente no dia 7 de Dezembro, mas já está em pré-lançamento, através de uma campanha Online de angariação de donativos: por cada donativo no valor de 20€, é oferecido 1 livro. Os donativos podem ser feitos através do site www.nutricaooncologica.org.pt
As receitas provenientes da venda do livro reverterão a favor de dois projectos: programa de cursos de formação básica em nutrição oncológica e programa de cursos de formação avançada em cuidados paliativos pediátricos.
Apesar do lançamento ser feito só no dia 7, no final desta semana o livro já estará à venda nas principais livrarias.
Esperemos que este livro seja um sucesso e que "estas receitas façam magia e que tragam um sorriso e sobretudo uma enorme vontade de viver", como nos diz o Chef Miguel Laffan.
As feridas que não cicatrizam são um problema que preocupa enfermeiros, médicos e toda a comunidade que trabalha na área da saúde. Estas são, normalmente, designadas de feridas crónicas, sendo frequentemente resistentes a terapias convencionais.
Este problema surge frequentemente em portadores de algumas doenças crónicas, como a diabetes, e as pessoas portadoras destas feridas têm, muitas vezes, a sua qualidade de vida comprometida, com dor constante, mau-estar, mobilidade reduzida e até infecções recorrentes.
Foi um produto totalmente inovador para tratamento de feridas crónicas que venceu este ano o 17º Prémio do Jovem Empreendedor atribuído pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), com apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Trata-se do primeiro produto da Exogenus Therapeutics, o Exo-Wound, está em fase final de desenvolvimento e permite tratar feridas crónicas com uma terapia que deriva do sangue do cordão umbilical. O tratamento não provoca rejeições e após 10 dias de aplicação é 50% mais eficaz do que as terapias concorrentes, segundo a empresa. Esta terapia será mais eficiente do que os tratamentos convencionais pelo facto de utilizar células que não são vivas e que não induzem respostas imunitárias.
Devemos reconhecer sempre o talento destes jovens empreendedores que, aqui neste cantinho da Europa, "puxam pela cabeça" e surgem com estas ideias magníficas, que tanto podem ajudar a restante comunidade científica e, sobretudo, as pessoas que sofrem com alguns males, como este das feridas crónicas.
PARABÉNS EXOGENUS!
O stress é inevitável, faz parte da vida. O problema é quando não sabemos gerir esse stress e, nesse caso, ele pode ser de tal modo nocivo, que pode tornar-se uma doença. Aí surge a depressão.
A depressão caracteriza-se por tristeza prolongada, perda de energia, cansaço fácil e pode afectar pessoas de todas as idades. É muito importante reconhecer os sinais de alerta.
Tratar a depressão é possível, por isso, quando os sinais estão já instalados, deve sempre pedir ajuda, consultar o médico e seguir à risca o tratamento prescrito.
Por vezes, sobretudo nesta altura do ano, parece que, ao mesmo tempo que as folhas caem da árvores, a tristeza "cai" de algum lado, e instala-se no corpo de muita gente.
Na prevenção e tratamento da depressão e da depressão sazonal, os suplementos alimentares podem dar uma ajuda, acompanhados de outras medidas preventivas, como o exercício físico, a alimentação e até algumas técnicas de relaxamento, como a meditação ou o Yoga.
Sabe-se que a depressão está associada a baixos níveis de um neurotransmissor chamado serotonina, substância que regula o humor, o sono, a actividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, etc...Assim, a reposição dos níveis da serotonina no organismo combate a depressão e a ansiedade.
A griffonia simplicifolia, presente nalguns suplementos, é considerada uma grande aliada natural contra a depressão porque é um dos alimentos ricos em serotonina.
Posso dar-vos um exemplo de um destes suplementos, o DIPRESS tecnilor, que tem na sua composição, além da grifónia, passiflora, rhodiola, espinheiro alvar, vitamina B6, óxido de magnésio, vitamina B3 e ómega 3, tudo nutrientes que, de uma forma ou de outra, ajudam no combate aos estados depressivos.
No mercado, existem hoje diversos produtos naturais que podem ser uteis para a depressão e ansiedade. No entanto, há que ter em atenção se a sua composição é a ajustada, porque algumas substâncias precisam de serem acompanhadas de outras para uma melhor absorção e potencialização dos efeitos desejados.
Quando optar por algum suplemento, não se esqueça de seguir os conselhos do fabricante, quanto à dose recomendada e quanto ao tempo adequado de duração do tratamento para obter os efeitos desejados.
Aconselhe-se sempre com o farmacêutico antes de iniciar um suplemento. Explique o seu caso e não se esqueça de referir toda a medicação que está a fazer; só com as devidas precauções, é que os suplementos serão uma ajuda para a cura. Evite a auto-medicação!
No caso específico da depressão, é muito importante lembrar-se que ninguém resolve tudo sozinho. Peça ajuda!
As quedas nos idosos talvez sejam a sua maior preocupação no dia-a-dia. Os cuidadores também pensam frequentemente que uma num minuto, ou até num segundo, tudo pode mudar e uma situação estável, pode tornar-se catastrófica.
Os ossos dos idosos são mais frágeis, podendo surgir fracturas, mesmo após traumatismos mínimos. Minimizar o risco de fracturas é fundamental, por isso, hoje vou dar-vos algumas dicas muito simples para evitar as tão temíveis quedas.
Dicas para evitar quedas:
1 - Verifique a sua visão e audição.
Deve ser fazer parte de um check up anual, a visita a um médico, para rastreio de problemas auditivos e para verificação da visão e do estado dos óculos.
2 - Evite medicamentos que podem provocar tonturas, vertigens ou perda de equilíbrio.
Este é um dos grandes problemas dos idosos, pois sobretudo os calmantes e ansiolíticos, podem ter estes efeitos secundários. Deve sempre falar com o seu farmacêutico e nunca exceder as doses prescritas.
3 - Evite bebidas alcóolicas.
Mesmo em festas, não beba em excesso, pois uma tontura é suficiente para uma queda com consequências graves.
4 - Use calçado com salto baixo e de preferência com sola de borracha anti-derrapante.
Com o piso "bonito" mas muito perigoso das nossas calçadas, é muito importante que o calçado seja adequado. Muitas vezes, quando o piso está molhado, parece que vamos a fazer patinagem. Também é preferível utilizar sapatos fechados, bem adaptados ao pé.
5 - Evite andar de meias ou chinelos largos em casa.
Isto é particularmente importante se tiver o chão encerado.
6 - Se costuma ter tonturas ou tem dificuldade na marcha, não hesite usar bengala ou mesmo canadiana.
No início parece um "impecilho", mas depois de se habituar, vai sentir-se mais seguro e, andar de bengala, até dá um certo charme...
7 - Sente-se enquanto se veste e calça.
8 - Quando usar escadas, apoi-se no corrimão.
9 - Evite o uso de tapetes em casa
Se os tiver, utilize fita adesiva no avesso ou borracha anti-derrapante.
10 - Assegure-se de que a casa está bem iluminada.
Use os candeeiros de cabeceira para acender a luz antes de se levantar e verifique se, em toda a casa, os interruptores estão acessíveis
11 - Tenha atenção à disposição dos móveis.
Mesmo que fiquem muito bem, não tenha móveis que sejam um obstáculo à sua passagem...não passam de móveis, por isso, pode movê-los para outro lado ou para outra casa.
12 - Adapte a casa-de-banho à sua condição física.
Utilize tapetes de borracha na banheira, substitua a banheira por um poliban largo de fácil acesso, instale barras de apoio no poliban e junto à sanita.
13 - Evite os fios eléctricos no chão.
Mesmo os do computador, tente encostá-los à parede, para não serem sempre um obstáculo à sua passagem.
14 - Não use roupa comprida ou larga para evitar tropeçar.
15 - Peça ajuda!
Esta talvez seja a dica mais importante. Se tem dificuldade para fazer alguma coisa, peça ajuda, seja na rua ou em casa. Se não tiver ajuda no momento, tenha calma, pois ela vai aparecer...
Muito importante também e disso falo quase em todos os posts, é manter uma vida activa, com hábitos saudáveis, adaptando o exercício físico à idade e à condição física de cada um e tendo uma alimentação o mais cuidada possível, rica em nutrientes que façam bem aos ossos.
Assinala-se hoje o dia mundial da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica).
O que é a DPOC?
"A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, DPOC, é uma doença respiratória crónica. Caracteriza-se pela limitação crónica do fluxo de ar, falta de ar/dispneia, tosse, pieira e aumento da produção de expectoração, sintomas que podem limitar a capacidade da pessoa para realizar as actividades diárias normais."
O que causa a DPOC?
"O tabagismo é o factor de risco predominante da DPOC, representando o maior factor de risco para se desenvolver a doença, mas apenas 20% de todos os fumadores desenvolvem DPOC. Em termos mundiais, um aumento no consumo do tabaco é proporcional ao aumento do número de pessoas com a doença."
Outros factores que podem causar a doença, são factores ambientais (exposição a poeiras, fumos, poluição atmosférica, etc...) e também factores hereditários.
Os farmacêuticos têm um papel crucial na ajuda dos doentes com DPOC, não só ao nível da prevenção, mas também ao nível do tratamento, pois o sucesso deste depende muito do uso correcto dos medicamentos prescritos e respectivos dispositivos.
Uma técnica de inalação incorrecta leva a que o medicamento se deposite na boca ou na garganta, não atingindo os brônquios e não fazendo o efeito desejado.
É fundamental que o farmacêutico esteja perfeitamente à vontade para explicar os vários dispositivos de inalação existentes:
- Inaladores pressurizados
- Inaladores com câmara expansora
- Inaladores "Diskus"
- Inaladores com cápsulas em pó
- Inaladores "Turbohaler"
Aconselho sempre o doente a experimentar o dispositivo pela primeira vez junto do farmacêutico ou do médico, de modo a não surgirem dúvidas, que podem comprometer o sucesso do tratamento.
Também ao nível do diagnóstico, muitos farmacêuticos têm já formação nesta área e estão aptos a fazer rastreios na farmácia. É o caso de muitas farmácias do grupo Holon, que promovem, durante o mês de novembro e dezembro, a realização de rastreios gratuitos à saúde respiratória (espirometria), podendo assim encaminhar os doentes para o médico, caso se justifique.
O farmacêutico pode ajudar o doente com DPOC a respirar melhor!
O site da Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas (RESPIRA) dá informações muito completas sobre estas doenças.
Em todo o mundo, um em cada dez bebés nasce prematuro. Quando tal acontece, os pais raramente estão preparados para lidar com a situação e a partilha de experiências é uma das melhores formas para compreender e aceitar esta nova fase, tão importante na vida dos pais. É com o intuito de informar e sensibilizar para esta realidade, que se celebra hoje o Dia Mundial da Prematuridade.
A gravidez completa dura entre 37 e 42 semanas. Considera-se prematuridade sempre que o bebé nasce antes das 37 semanas de gestação.
Para celebrar este dia, vou só partilhar convosco um excerto de um texto da autoria de Dr. Octávio Cunha (pediatra) e vou dedicá-lo a todos os bebés prematuros e a todos os papás destes bebés:
"...No Castelo havia também uma sala especial, cheia de caixinhas transparentes. Iam para lá os meninos que ainda não eram para ser.
Chegavam sempre muito preocupados porque não tinham tido tempo de aprender a respirar e ainda nem sequer sabiam tomar o leite.
Eram todos muito pequenininhos e aquelas Gentes Vestidas de Verde começavam logo a fazer muitas coisas à volta deles. Mais tarde, quando já lhes tinham ensinado a respirar, saíam das caixinhas e contavam que ao princípio tinham tido muito medo mas que depois se divertiam imenso. Só não percebiam lá muito bem porque é que os penduravam nuns fios ligados a umas naves espaciais que tinham luzes vermelhas que apagavam e acendiam. Também contavam que ficavam cheios de vergonha quando se esqueciam de respirar.
É que sempre que isso acontecia, descia pelos fios um anãozinho de nariz vermelho, que até piscava, muito zangado e aos berros. Nessas alturas as Gentes Vestidas de Verde ouviam aquele barulho todo e vinham logo a correr. Abriam a porta da caixinha transparente e diziam “respira Princesa (ou Príncipe, claro) senão o anãozinho zangado sopra-te no nariz”.
Só que às vezes era tão difícil respirar e estava-se já tão cansado que as Gentes Vestidas de Verde tinham pena e então juntavam-se à volta da caixinha transparente a conversar e então iam buscar outra nave espacial que tinha muitos tubos.
Metiam uma palhinha no nosso nariz, ligavam aos tubos da Nave que Sabia Respirar e era muito bom porque pela palhinha do nariz começavam a chegar bolinhas de vento muito quentinho, que iam e vinham, sem se ter nenhum trabalho. Era bom entre outras coisas porque se ficava com uma cor mais bonita e como não se tinha nenhum trabalho a respirar ficava todo o tempo para sonhar e para conversar com os Meninos das outras caixinhas. Mas essa boa vida não durava sempre e nem sequer valia a pena fazer de conta que ainda não se sabia respirar porque aquelas Gentes Vestidas de Verde parece que adivinhavam e então abriam a porta e diziam “Atenção, atenção, a Nave Espacial que Sabe Respirar vai partir”. Tiravam a palhinha do nosso nariz e pronto, começávamos a respirar sozinhos.
Os nossos pais que passavam o dia a fazer-nos festinhas ficavam tão contentes que nós desistíamos de fazer batota e começávamos a respirar muito bem e a tomar o leite todo.
Esse era um tempo muito bom porque tudo ficava muito calmo à nossa volta e até as Gentes Vestidas de Verde que passavam, que tinham a mania de andar todo o dia a picar os nossos calcanhares deixavam de o fazer. Ficava então muito tempo para ver melhor o que se passava à nossa volta. As Gentes Vestidas de Verde riam-se muito quando nos vinham visitar e faziam caretas e contavam histórias.
Claro que eram histórias inventadas porque nós bem víamos que lá no mundo delas as coisas nem sempre corriam bem e deviam até ser muito complicadas. Havia também tempo para conversar com um pássaro branco de bico vermelho, que olhava para nós todo o dia e nos contava como era o mar e que lá fora havia noite e dia e que era muito bom voar e ver todas as coisas bonitas que ainda havia no mundo deles. Um dia, não se sabe porquê, mudava tudo. Uma Gente Vestida de Verde chegava, abria a porta grande e dizia “Princesa, estás tão linda e crescida! Vamos sair da caixinha transparente. Anda ouvir coisas que nunca ouviste.
Agora vais passar o dia ao colo dos teus pais, que te vão ensinar tudo o que nós não sabemos ensinar”. E saíamos mesmo!
Ao princípio era tudo muito complicado para nós. Os crescidos têm a mania de fazer muito barulho e depois estavam sempre a puxar-nos o nariz. Não era por mal. Só que a certa altura já era aborrecido. E depois, ainda para mais, vestiam-nos uns fatos, que eram os melhores que eles tinham, mas que faziam tanta impressão na nossa pele. Divertido era ver a cara dos nossos pais. Ficavam o dia inteiro de boca aberta e faziam barulhos tão esquisitos que nós, para eles não ficarem tristes, acabávamos por sorrir.
Às vezes havia música.
Um dia chegava sobre nós uma imensa Nave Espacial que atirava uns raios que não se viam mas serviam para nos tirar uma fotografia.
Ficávamos todos muito feios porque só se viam os ossos e o que estava por dentro de nós. Uma Gente Vestida de Verde virava então a fotografia para a luz, chamava as outras Gentes e dizia “Está tudo lindo. Vai poder ir embora”. E nós que estávamos ali tão bem, e até já tínhamos amigos, íamos mesmo embora. Não contentes com isso ainda nos picavam outra vez o calcanhar. Nunca se saberá porquê!..manias.
Depois de resolverem isso, sem sequer nos perguntarem se estávamos de acordo, escreviam a nossa vida toda nuns livrinhos cor-de-rosa para as Princesas e azuis para os Príncipes.
Não sei se é justo contarem assim a nossa vida toda mas parece que é importante para que as outras Gentes Vestidas de Qualquer Maneira, que estão no Mundo de fora, possam tratar melhor de nós.
Mas o máximo é quando chegam os nossos pais para nos levarem.
Vêm todos muito bem vestidos e contentes mas muito nervosos. A única coisa aborrecida é que têm a mania de trazer umas roupas que ainda picam mais e vestem-nos tanta coisa que nem podemos mexer lá dentro. E têm laços que apertam e botões que magoam. Que saudades daquele tempo quando ainda não éramos mas já estávamos a ser naquelas caixinhas transparentes! Todos nus e quentinhos. Enfim, como dizem os crescidos “Agora começa uma vida nova”.
Vamos lá ver como é."