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Segundo os dados preliminares de um estudo que foi ontem divulgado no congresso nacional dos farmacêuticos, há 4,2 milhões de portugueses que vão às farmácias para ter acesso a cuidados de saúde: medição da tensão arterial, da glicemia, educação para a diabetes e outras doenças crónicas, realização de testes ou serviços para adesão à terapêutica (revisão da medicação e acompanhamento farmacoterapêutico).
Anualmente são 120 milhões de intervenções realizadas nestas unidades, que evitam 22 mil urgências por ano e outros tantos internamentos.
Que os farmacêuticos fazem muito mais do que vender medicamentos já todos sabemos, mas quando os factos são convertidos em números, parece que tudo faz mais sentido e "contra factos não há argumentos"...
Contra todas as crises, o farmacêutico continua lá, atrás do balcão da farmácia, sempre disposto a ajudar quem o procura, evitando tantas vezes as idas ao médico ou às urgências, deixando que estas fiquem para aquilo a que realmente se destinam: aos casos urgentes e que necessitam de cuidados médicos.
Na tentativa de prestar esta ajuda, têm crescido os chamados "cuidados farmacêuticos", tantas vezes prestados de uma forma gratuita e tantas vezes também, menosprezados por tanta gente. Quem tem dado o devido valor a este trabalho são os que dele usufruem todos os dia do ano, nas farmácias portuguesas.
Fundamental e de extrema importância, é a preocupação constante dos farmacêuticos pelo uso responsável dos medicamentos, um uso que permita poupar dinheiro e ao mesmo tempo aumentar a sua eficácia. Isto é uma missão que é da responsabilidade de todos e a campanha "Uso dos medicamentos - somos todos responsáveis", é um grande exemplo daquilo que acabo de escrever.
Vou terminar com mais números apresentados no congresso: trabalho dos farmacêuticos poupa 880 milhões de euros aos portugueses.
Espero que estes números façam com que os organismos competentes aproveitem o profissionalismo e a competências dos farmacêuticos, não os deixando sair das universidades com vontade de optarem por outras saídas diferentes da sua verdadeira formação.