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Com o intuito de ver a farmácia Islâmica, numa visita que fiz ao Porto em Setembro, fui visitar o Museu da Farmácia desta cidade. Não foi muito fácil lá chegar e, digo-vos sinceramente, quem se lembraria de fazer um museu em plena zona industrial? Lá cheguei, via metro, às instalações da ANF (Associação Nacional de Farmácia) e valeu a pena!
Comecei a visita por uma fabulosa viagem à História da Farmácia:
Farmácia portátil:
Outra farmácia portátil:
No final desta exposição, lá estavam frente a frente, a Farmácia Estácio e a Farmácia Islâmica.
Achei fantástica a reconstituição da Farmácia Estácio, uma farmácia inaugurada em 1924 na Rua Sá da Bandeira, no Porto. Esta farmácia ficou famosa, nos anos quarenta, pela sua balança falante, nada comum nesta época.
A Farmácia Islâmica do Império Otomano existia no interior de um palácio de Damasco, na Síria, e funcionava como um espaço que assegurava os medicamentos e a qualidade destes para quem vivia dentro do palácio.
Mais do que assegurar medicamentos, era neste espaço que se transmitiam todos os conhecimentos aos jovens, tendo funcionado também como um centro de ensino.
Segundo palavras de João Neto, diretor do museu, "trazer para cá esta farmácia é uma justa homenagem à cultura islâmica, além disso, o conceito de farmácia moderna surgiu no Islão, em Bagdad (capital do Iraque), no século oitavo. Não podemos ainda esquecer que as palavras almofariz, alambique ou química vêm do mundo árabe que promoveu a descoberta dos medicamentos no combate às doenças".
O museu ainda não acabou e o último corredor leva-nos até ao século XXI:
Os farmacêuticos têm um incentivo especial para visitar este museu, mas aconselho a todos uma deslocação às instalações da ANF do Porto pois quer seja de letras, ciências ou artes, vai encontrar um motivo para dizer que esta visita ao museu da Farmácia valeu a pena.