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Em setembro de 2014, falei AQUI do projeto "Agir para nutrir", iniciativa da empresa "Labesfal", que tem por objetivo sensibilizar e identificar precocemente a população portuguesa para o risco de desnutrição e dotar os profissionais de saúde de conhecimentos sobre este tema.
O projeto arrancou há um ano em mais de 200 farmácias, foram identificadas mais de 2000 pessoas e os primeiros resultados estão a ser analisados. O principal grupo alvo foram os idosos com mais de 65 anos.
Os resultados mostram um grande desconhecimento sobre desnutrição, os seus riscos e consequências. Nos idosos, a principal causa da desnutrição é a redução do apetite, que pode ser motivada por incapacidades físicas, solidão, depressão, isolamento ou pobreza.
Também as alterações metabólicas e fisiológicas, associadas ao processo de envelhecimento, tornam a população idosa mais susceptível a carências nutricionais, por isso nesta faixa etária, os cuidados com a alimentação deveriam ser uma prioridade.
A esta situação de carência nutricional está, obviamente, associada a diminuição da qualidade de vida dos idosos, aumentando o risco de morbilidade e mortalidade dos mesmos.
O que foi feito nestas farmácias, deveria ser alargado a toda a população idosa. Quer a nível hospitalar, quer nos cuidados de saúde primários, todos os idosos deveriam ser submetidos a um rastreio nutricional.
É necessário que a nutrição seja encarada como uma prioridade política e como um problema de saúde pública, a precisar urgentemente de um plano nacional de prevenção.
Neste campo, como em tantos outros, as farmácias portuguesas deveriam ser encaradas como uma ajuda preciosa na prevenção destes problemas, muitas vezes evitáveis.
Aproveitem a mão-de-obra especializada dos farmacêuticos e a sua proximidade da população!