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Como já disse tantas vezes, nem tudo o que é natural é inócuo e sabemos que muitos alimentos, ingeridos em excesso, podem cortar ou potenciar o efeito dos medicamentos.
Na Universidade de Coimbra há um grupo de cientistas (farmacêuticos, médicos e biólogos) que se dedicam à procura das ligações perigosas "alimento-medicamento" e os resultados desta investigação são muito interessantes e, alguns deles, até surpreendentes.
Hoje vou dedicar este post às laranjas, mas fica a promessa de não me esquecer de falar de mais interacções.
Em Portugal, a laranja é uma "rainha" e quase todos nós nos deliciamos com um bom sumo de laranja, acabado de fazer. Além de serem deliciosas, as laranjas são uma rica fonte de Vitamina C, tão importante na prevenção das gripes e constipações.
O problema é que, quando consumida em excesso, pode induzir um aumento da metabolização de alguns medicamentos e, deste modo, reduzir o seu efeito. É o caso de medicamentos cancerígenos, dos anti-HIV ou até das estatinas (usadas para baixar os níveis de colesterol).
Recentemente acompanhei uma familiar a uma consulta de oncologia e fiquei surpreendida por ter sido mencionado este cuidado com alguns excessos de vitaminas. É muito importante pois, quando as pessoas estão mais fragilizados e doentes acham sempre que quanto mais vitaminas melhor...não é bem assim...
Então qual a dose máxima de Vitamina C que podemos consumir diariamente? Não devemos exceder os 1000 mg/dia.
Se toma suplementos de Vitamina C (Cecrisina, Redoxon ou outros), normalmente 1 comprimido equivale a esta dose máxima aconselhada.
Doses acima de 1000 mg/dia, além de diminuírem o efeito de alguns medicamentos, podem provocar diarreia e cálculos renais.
Para ter uma ideia, uma laranja tem aproximadamente 100 mg de Vitamina C, por isso, continue a comer laranjas, mas não abuse e, se tiver a tomar determinados medicamentos e suplementos, fale com o seu médico ou farmacêutico.