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Estão juntos na mesma luta: curar a hepatite C, doença que os afecta há anos e que lhes roubou a saúde e uma vida normal. Estão separados por um medicamento: o sofosbuvir, de nome comercial Sovaldi, medicamento com taxas de cura a rondar os 90%.
Este doente é um dos 50 doentes que está a ser tratado:
Este outro doente não tem direito ao medicamento, assim como os outros (cerca de 100), que são considerados doentes que têm pouco tempo de vida, por estarem já num estado avançado da doença, mas que, mesmo assim, têm que continuar à espera:
Estes dois homens deram hoje a cara no jornal da noite da TVI, mostrando a sua indignação no atraso do início do tratamento com este medicamento, que pode erradicar esta doença nos próximos anos.
Enquanto nos restantes países da Europa, já há doentes tratados com Sovaldi, em Portugal continuam as negociações, avaliando se "vale a pena" tratar estes doentes.
Enquanto esperam, alguns podem ir morrendo e são menos 48000 euros (cada um) que gastam ao Estado. Até quando temos que enfrentar estas situações e estas injustiças? Será que este Sofosbuvir veio em má altura para curar os doentes? Devia ter esperado o fim da crise? Para quando o fim desta luta?
Se puderem, vão amanhã até à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, pois é o último dia da exposição "Cancro ponto e vírgula".
Trata-se de uma exposição que " mergulha" na história de seis tipos de cancro (mama, pele, colo do útero, colo-retal, estômago e tiróide) e que tem como objetivo promover a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro.
A iniciativa "Cancro Ponto e Vírgula" é organizada pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup).
Amanhã voltarei a falar desta exposição para vos mostrar o que por lá acontece.