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Ontem aconselhei-vos a visitar a exposição "Cancro ponto e vírgula". Àqueles que não tiveram oportunidade de o fazer, aqui fica um breve resumo da mesma.
A visita ao "mundo do cancro" é feita de uma forma didáctica, privilegiando a entrada de alunos de várias escolas (secundário), mas também é muito interessante para todos os adultos que tiveram oportunidade de passar na Gulbenkian nestes últimos dias e fazer esta visita.
Podemos dizer que a exposição tem 10 estações:
1 - Cancro do cólon e reto
2 - Cancro do estômago
3 - Cancro da mama
4 - Cancro da pele
5 - Cancro da tiróide
6 - Genética populacional
7 - Genética e suscetibilidade a doenças
8 - Vacinas e prevenção: colo do útero
9 - Diagnóstico precoce do cancro da tiróide
10 - Diagnóstico genético
Tive oportunidade de assistir a uma sessão de esclarecimento e discussão sobre o tema "Cancro do cólon e reto" (era um tema em cada dia), sessão seguida de várias questões colocadas pelos alunos da assistência.
A palavra-chave de toda a exposição é a Prevenção: não fumar, não engordar, fazer exercício físico, vacinar-se contra o HPV e também fazer o diagnóstico precoce de cada tipo de cancro.
Os alunos ficaram a ter noção que o "ponto final" da luta contra o cancro passa sobretudo pela mudança do nosso comportamento em termos de prevenção.
Tenho a certeza que este fim de semana o tema da exposição "cancro ponto e vírgula" vai fazer parte da conversa de muitas famílias e muitos vão ser os conselhos que estes jovens podem dar às pessoas que com eles convivem.
Patabéns à organização (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto - Ipatimup)!
Estão juntos na mesma luta: curar a hepatite C, doença que os afecta há anos e que lhes roubou a saúde e uma vida normal. Estão separados por um medicamento: o sofosbuvir, de nome comercial Sovaldi, medicamento com taxas de cura a rondar os 90%.
Este doente é um dos 50 doentes que está a ser tratado:
Este outro doente não tem direito ao medicamento, assim como os outros (cerca de 100), que são considerados doentes que têm pouco tempo de vida, por estarem já num estado avançado da doença, mas que, mesmo assim, têm que continuar à espera:
Estes dois homens deram hoje a cara no jornal da noite da TVI, mostrando a sua indignação no atraso do início do tratamento com este medicamento, que pode erradicar esta doença nos próximos anos.
Enquanto nos restantes países da Europa, já há doentes tratados com Sovaldi, em Portugal continuam as negociações, avaliando se "vale a pena" tratar estes doentes.
Enquanto esperam, alguns podem ir morrendo e são menos 48000 euros (cada um) que gastam ao Estado. Até quando temos que enfrentar estas situações e estas injustiças? Será que este Sofosbuvir veio em má altura para curar os doentes? Devia ter esperado o fim da crise? Para quando o fim desta luta?
Se puderem, vão amanhã até à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, pois é o último dia da exposição "Cancro ponto e vírgula".
Trata-se de uma exposição que " mergulha" na história de seis tipos de cancro (mama, pele, colo do útero, colo-retal, estômago e tiróide) e que tem como objetivo promover a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro.
A iniciativa "Cancro Ponto e Vírgula" é organizada pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup).
Amanhã voltarei a falar desta exposição para vos mostrar o que por lá acontece.
A marca Caudalie já nos habituou à qualidade e inovação dos seus produtos.
Desta vez, experimentei o Premier Cru L' Elixir, produto com uma textura e perfume que nos cativa desde a primeira aplicação.
Já falei aqui da moda dos óleos e também das vantagens de um sérum.
Pois é, este elixir reúne o melhor dos dois, sendo meio óleo, meio sérum.
Além da mistura de 5 óleos com propriedades antienvelhecimento, o Premier Cru L' Elixir tem 3 ingredientes exclusivos, originários da "videira Caudalie":
- Resveratrol, poderoso antirrugas e agente de firmeza.
- Viniferina, com poder artimanchas.
- Polifenóis, conhecidos pelos seus poderes antioxidantes.
Basta aplicarmos 4 gotas de manhã e 4 gotas à noite para começarmos a sentir a nossa pele mais lisa, mais uniforme, mais luminosa e, claro está, sentimo-nos concerteza mais jovens.
A minha pele não se contenta só com a aplicação deste género de produtos, por isso, quando os utilizo, coloco também o creme de dia e termino com a base; à noite, após o Premier Cru L' Elixir, finalizo com o creme de noite.
Todos os anos são diagnosticados 1000 novos casos de cancro de colo do útero e todos os dias morre uma mulher com esta doença, em Portugal.
Esta semana é dedicada, a nível Europeu, à luta contra este tipo de cancro, o que só é possível apostando na prevenção da doença.
Os médicos recomendam às mulheres que efectuem regularmente o exame de Papanicolau, de forma a reduzir o risco de desenvolver cancro do colo do útero.
Este exame (por vezes designado por esfregaço Papanicolau ou esfregaço cervical) é um procedimento simples, utilizado para analisar as células cervicais e, em geral, não é doloroso. Trata-se de um exame que se realiza num consultório médico ou clínica, durante o exame pélvico e, normalmente, os médicos recomendam que:
- As mulheres devem começar a realizar o exame de Papanicolau 3 anos após terem iniciado a sua actividade sexual ou aos 21 anos (o que ocorrer primeiro).
- A maioria das mulheres deverá realizar um exame de Papanicolau, pelo menos, de 3 em 3 anos.
17% das mulheres nunca fizeram um rastreio de cancro de colo do útero e isto é que não pode acontecer, mas sabe-se também que isto ocorre sobretudo nas camadas mais idosas da população. Se nunca fez este rastreio, fale ao seu médico assistente (ginecologista, médico de clínica geral, médico de família) na necessidade de o fazer.
O HPV (Vírus do Papiloma Humano) é o responsável pelo cancro do colo do útero. A vacina protege mais de 90% das raparigas vacinadas.
Somos sempre muito críticos mas, neste campo temos boas notícias, pois Portugal é o país com maior percentagem de vacinação da Europa e do Mundo. Isto deve-se à inclusão desta vacina no Plano Nacional de Vacinação.
A imunização deve ser feita em duas doses, num esquema com um intervalo de seis meses e deve ser administrada entre os 10 e os 13 anos inclusive. Está provado que, se a vacina for feita antes do início da actividade sexual, a eficácia da mesma é de praticamente 100%.
A vacina não protege contra todos os tipos de HPV que podem provocar cancro, mas previne o cancro do colo do útero associado aos dois tipos de HPV mais frequentes.
Neste momento, a vacina contra o cancro do colo do útero passou a ser recomendada a todas as mulheres até aos 45 anos, e não apenas até aos 26, como se aconselhava até 2014.
Pela sua saúde, vacine-se!
Registou-se este mês nos Estados Unidos, o maior surto de sarampo dos últimos anos.
Este surto teve origem nos parques da Disneylandia na Califórnia, onde se registaram cerca de 70 casos nestes dois últimos meses, dos quais 5 são funcionários deste parque temático.
A doença já se propagou para outras zonas da Califórnia e os números podem continuar a aumentar.
Os representantes da saúde alertam para a falta de vacinação, pois 82% das pessoas infectadas não estavam vacinadas. É esta a frase que aparece nalguns jornais americanos:
"The reason the disease was once eradicated in the U.S. is because there is a safe and effective vaccine against it, and the reason it’s coming back is because people are making the absurd decision to skip it."
Podem começar agora os resultados daquela teoria sem fundamento, que relaciona a vacina do sarampo com o autismo. Grave é que um em cada três americanos acredita nesta teoria e deixou os seus filhos por vacinar.
Esta vacina tem uma eficácia na ordem dos 99% e fez com que não nos preocupássemos com o sarampo durante muitos anos. Será que vamos voltar aos tempos em que doenças que estão agora controladas vão começar a matar, por ignorância (desculpem-me o desabafo...) de gente que quer combater os dados da ciência, tão amplamente comprovados?
Vacinar-se é uma opção individual, mas com muito peso na sociedade, pois todos os anos, as vacinas salvam milhões de pessoas no mundo inteiro.
Este mês já fiz dois posts sobre Cuidados Farmacêuticos, nomeadamente a 7 e 9 de Janeiro, mas hoje tenho que voltar ao tema para partilhar convosco este artigo de opinião do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, no jornal Público - VER AQUI
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 50% dos medicamentos não são correctamente usados pelos doentes.
As principais causas para que tal aconteça são:
- Não adesão à terapêutica.
- Utilização de medicamentos fora do tempo certo.
- Utilização errada dos antibióticos e sua sobreutilização.
- Erros de medicação.
- Utilização insuficiente de medicamentos genéricos.
- Gestão incorrecta de medicamentos dos doentes polimedicados.
Quem melhor do que o farmacêutico para ajudar esta percentagem a baixar significativamente?
Os farmacêuticos, além de estarem presentes na investigação, fabrico e venda dos medicamentos, têm que assegurar o seu uso responsável (URM - Uso Responsável do Medicamento). É nesta fase que os Cuidados Farmacêuticos têm que estar bem implementados em todas as farmácias, de forma a detectar precocemente as causas acima mencionadas.
O que o URM pretende garantir é que "o cidadão tenha acesso ao medicamento correcto, na dose e no tempo adequados à sua necessidade individual e com o menor custo possível, quer para o próprio, quer para o sistema de saúde".
Para que tal aconteça, os farmacêuticos têm que, já em 2015, cumprir os objectivos da enorme campanha"Uso dos medicamentos - Somos todos responsáveis", iniciada em 2014, da responsabilidade da Ordem dos Farmacêuticos.
A tosse não é uma doença; é um sintoma e é um mecanismo de defesa do organismo.
De uma maneira muito simples, podemos dizer que, quando as vias respiratórias ficam irritadas, forçam os pulmões a libertar ar rapidamente (tosse), de modo a expulsarem as várias substâncias nocivas que encontraram pelo caminho (pó, pólen, fumo, etc...).
É também através da tosse que expulsamos os vírus que causam as constipações e as gripes, por isso este sintoma está muitas vezes associado a estas patologias.
Por esta razão, sempre que tossimos devemos cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável e depois lavar as mãos com água e sabão.
Algumas medidas simples que aliviam a tosse:
- Beber muita água.
- Beber chá com limão e mel.
- Chupar rebuçados para a tosse (preferencialmente sem açúcar).
- Evitar fumar e estar em ambientes com fumo.
- Levantar a cabeceira da cama ou dormir com mais uma almofada.
- Fazer vapores húmidos, se a tosse for acompanhada de espectoração.
Por vezes, estas medidas não chegam e têm que ser reforçadas com medicamentos, tais como:
- Expectorantes e mucolíticos, quando se trata de uma tosse com expectoração. Atenção que, normalmente, estes medicamentos devem ser tomados consoante as indicações do médico ou farmacêutico, não devendo nunca exceder a dose e o número de dias recomendado (normalmente 5 dias). O incómodo é tão grande que, por vezes, dá vontade de tomar o frasco quase todo, mas não caia nesse disparate, pois pode ter o efeito contrário ao desejado.
- Antitússicos, quando a tosse é seca. Estes medicamentos só devem ser aconselhados em casos específicos, por isso não se automedique!
- Anti-histamínicos, quando a tosse tem origem alérgica.
Em quase todas as alternativas existe a versão comprimidos ou xarope.
Como há tosse e tosse e, por vezes, pode ser um sintoma de alguma doença mais grave, não tome medicamentos por iniciativa própria.
Aconselhe-se com o seu farmacêutico!
O alerta foi dado pelo Infarmed: existem preservativos da marca Durex, contrafeitos, na Polónia.
Os produtos contrafeitos são cópias das embalagens Durex polacas (escritas em polaco) e ainda não chegaram a Portugal, mas a empresa Reckitt Benckiser, responsável pela marca, alerta os consumidores para estarem atentos, pois a circulação dos produtos é cada vez mais fácil.
Contrariamente aos contrafeitos, os invólucros dos preservativos Durex genuínos têm o número de lote, o prazo de validade e a marcação CE'CE0120'.
As cópias foram feitas para os seguintes produtos existentes no nosso mercado: Durex Extra Seguro e Durex Dame Placer.
Cada vez é mais importante o local de compra deste tipo de produtos...esteja atento e compre na sua farmácia!
Chegou a hora de aproveitar a nanotecnologia para ajudar os nossos amigos diabéticos. Todas as novidades são preciosas para melhorar a qualidade de vida destes doentes.
Abordei AQUI no blog o tema "Diabetes" há relativamente pouco tempo, mas esta novidade ainda não era tema de conversa...
Partilho aqui convosco a notícia que saiu ontem na SIC Notícias:
"Um pequeno sensor elétrico colocado na pele pode ditar o fim das agulhas para medir os níveis de glicose de diabéticos. É o que ambiciona alcançar um investigador norte-americano, especializado em nanotecnologia.
Amay Bandodkar, investigador na Universidade da Califórnia, San Diego, inventou um sensor flexível que utiliza uma pequena corrente elétrica para medir os níveis de glicose no sangue. Esta medição constante é vital para os diabéticos mas muitos são aqueles que evitam fazê-la devido à necessidade de agulha.
Esta tatuagem com elétrodos faz a medição de forma indolor. É descartável e, segundo o seu inventor, será muito barata para o utilizador - "alguns cêntimos" norte-americanos. As experiências realizadas com a tatuagem, relatadas na revista científica Analytical Chemistry, deram resultados corretos dos níveis de glicose num grupo de teste. Sete homens saudáveis entre os 20 e os 40 anos ingeriram uma sandwich e um refrigerante.
Os resultados registados pelo sensor colocado na pele foram os mesmos que os medidos pelo tradicional aparelho com uma agulha."
Esperamos que esta "tatuagem" chegue rapidamente a Portugal!