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Já começou a Campanha de Reciclagem de Radiografias da AMI, e decorrerá até ao dia 2 de Dezembro.
Como acontece todos os anos, já pode entregar na Farmácia, as radiografias que tem guardadas e que já não têm qualquer valor de diagnóstico. Não entregue envelopes, relatórios ou folhas de papel.
As radiografias entregues são posteriormente recicladas e a venda da prata extraída permitirá à AMI gerar financiamento para fazer face ao constante aumento de pedidos de apoio social.
Além deste apoio, sabemos que esta acção leva à reciclagem de um material que, quando atirado para o lixo, pode ser poluente.
Todos podemos contribuir sem custo para esta campanha...não custa nada e livramo-nos das radiografias velhas, que ocupam tanto espaço e não dão jeito nenhum para arrumar.
Assinala-se hoje o "Dia Mundial do Não Fumador".
Em Portugal são diagnosticados, por ano, cerca de 4000 novos casos de cancro do pulmão (mais de 10 novos casos todos os dias) e são registadas cerca de 3500 mortes. As estatísticas deixam pouca margem para dúvidas e mostram que cerca de 20% dos fumadores tem Cancro do Pulmão.
A Pulmonale (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão) alerta hoje para os malefícios do tabaco, fazendo um apelo simples: "NÃO ACENDA O PRÓXIMO CIGARRO!"
Além disso, estão hoje a ser distribuídos jornais ("Jornal do Pulmão") nas lojas Pingo Doce e nos ginásios Holmes Place de Lisboa e Porto, no sentido se sensibilizar as pessoas para esta doença, a maioria das vezes evitável com o simples gesto de deixar de fumar.
Pode também consultar AQUI o Jornal do Pulmão, que o vai ajudar a compreender melhor esta doença.
Foi com muito prazer que aceitei o convite dos meus amigos Nuno Carneiro (Diretor da revista Frontline) e Ana Laia (Editora da mesma revista) para assistir a mais um debate "Portugal 2030", com o tema "A Diabetes em Portugal", que decorreu sexta-feira no Hotel Intercontinental, em Lisboa.
Este debate encerrou as comemorações do "Dia Mundial da Diabetes" e contou com a presença de ilustres figuras ligadas a este tema. As duas horas de palestras passaram rapidamente, tal foi o interesse das mesmas, com a apresentação de diapositivos que nos fizeram não desviar o olhar do écran.
O primeiro orador foi o Dr. José Manuel Boavida, representante da Direcção Geral da Saúde, que falou dos "Desafios para a prevenção da Diabetes Tipo II". O aparecimento de 160 novos casos de Diabetes por dia faz-nos pensar quão importantes são as medidas de prevenção a adoptar e a melhorar.
Salientou os programas de prevenção em curso como o programa "Stop Diabetes", desenvolvido pela Associação Protectora dos Diabéticos em Portugal, que pretende sensibilizar a população portuguesa para a diabetes e promover a adopção de estilos de vida saudáveis. Falou ainda da Prevenção Terciária (tratamento das complicações), nomeadamente do Pé Diabético, Retinopatia e Insuficiência renal.
Seguiu-se a apresentação da Prof. M. Helena Cardoso, representante da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo que abordou o tema "Desafios para o Tratamento da Diabetes em Portugal". Começou por constatar o tema complicado que lhe calhou; tratar um doente diabético não é fácil, pois o doente tem que ser um parceiro na decisão do tratamento a seguir e as diferentes decisões devem ser sempre partilhadas.
No que diz respeito ao tratamento, é importante referir que entre 2009 e 2013, os números dizem-nos que temos pessoas mais bem tratadas, com HbA1C abaixo dos 6,5; impõe-se, cada vez mais, macro-intervenções ao nível do tratamento. Terminou com a frase: "Esta epidemia tem que parar!"
A apresentação do Dr. Luis Gardete Correia, representante da Associação Protectora dos Diabéticos em Portugal, teve como tema "A importância do Tratamento Integrado do Doente com Diabetes".
Mostrou várias fotografias desta importante Associação, que foi fundada em 1926 para distribuir insulina aos doentes pobres (Associação Portuguesa dos Diabéticos Pobres) e que foi a primeira associação de diabéticos do mundo. A APDP hoje dispõe de infra-estruturas com tudo aquilo que uma doença como a Diabetes necessita para acompanhar os doentes, desde o diagnóstico, à terapêutica, aos cuidados diários e várias consultas das especialidades relacionadas. Conta ainda com uma "Escola de Diabetes" e uma "Farmácia Social". Aconselho-vos a visitarem o site (VER AQUI).
O Prof. Francisco Carrilho, Director do Serviço de Endocrinologia do CHUC, falou das "Novas Tecnologias e Inovação no Tratamento do Doente com Diabetes". Falou com preocupação da redução da possibilidade da colocação de Bombas Infusoras nos doentes, devido aos custos elevados das mesmas. Comparou o número de Bombas Infusoras em Portugal (cerca de 3%) com os números de outros países, como a Suécia (cerca de 25%) ou os Estados Unidos (perto dos 40%). A importância desta tecnologia no controle da Diabetes, sobretudo no que diz respeito a hipoglicémias, é enorme e os custos que se podem poupar em internamentos evitáveis, absentismo ao trabalho, além de outros, tem que ser considerado, quando as contas são feitas pelos nossos governantes. Ouvi com satisfação o Prof. Carrilho referir que a gestão da Diabetes será feita dentro de pouco tempo pelo chamado "Pâncreas Artificial"(VER AQUI).
Seguiu-se o orador Prof. João Nabais, representante da "European Association of Diabetes Patients"com o tema "A experiência e acesso dos doentes europeus à inovação".
Começou por falar do símbolo "Círculo Azul", tão falado no Dia Mundial da Diabetes e qual o seu significado: o círculo simboliza a vida longa e saudável e o azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que representa também a união entre os países. Como diabético, falou da sua experiência e das diferenças existentes nos vários países, sobretudo ao nível do tratamento e, consequentemente do controle da doença.
A intervenção do Dr. Fernando Leal da Costa, Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, fechou esta sessão.
Como médico e representante do Estado, falou com conhecimento e preocupação sobre toda a problemática da Diabetes, do diagnóstico à prevenção e sobretudo do tratamento e das novas tecnologias. O tema "Diabetes" está "em cima da mesa"!
Sensibilizar as entidades oficiais é um dos grandes objectivos destas sessões e, mais uma vez, o objectivo foi cumprido.
Aconselho-vos a estarem atentos aos próximos números da revista Frontline, que terão com toda a certeza várias páginas dedicadas a esta conferência.
Ana e Nuno, obrigada pelo convite!
Parabéns à "Frontline" por estas iniciativas!
Comemora-se hoje o Dia Mundial da Diabetes. Vou focar os posts deste fim-de-semana neste tema tão preocupante para todos nós. Para vos dar uma ideia da gravidade desta doença em Portugal, o número de óbitos devido à Diabetes passou de 1236 (em 1983) para 4546 (em 2013).
Muito tem sido feito, mas ainda temos que percorrer um caminho longo na prevenção de uma doença que causa tantos danos na qualidade de vida de tantos portugueses.
Com o objetivo de assinalar o Dia Mundial da Diabetes, a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) organiza hoje, às 21 horas, uma caminhada noturna pelos miradouros de Lisboa, com vista para o "Cristo Rei Azul".
Este é mais um momento de partilha de experiências entre os Jovens Diabéticos, com vista à promoção de uma vida mais saudável, com a prática de atividades desportivas, como uma bela caminhada pelas ruas de Lisboa.
Espero que hoje a chuva faça uma pausa para deixar estes jovens e familiares passearem nas ruas de Lisboa, iluminados pelo azul do Cristo Rei.
Para desmistificar o "medo da bata branca", o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho" e o Hospital de Braga, organizam mais uma edição do "Hospital dos Bonequinhos" de 12 a 14 de novembro.
Esta ação destina-se a crianças entre os 3 e os 8 anos, e tem como objetivo familiarizar as crianças com os profissionais de saúde.
As crianças dirigem-se ao Hospital e assumem o papel de pais, levando o seu "boneco doente" ao médico, papel assumido pelos estudantes de medicina.
Após passarem na triagem, onde lhes é colocada a pulseira colorida, passam pelo consultório médico.
Depois da consulta, vão ao bloco cirúrgico e passam por salas de tratamento, colheita de sangue, radiografias, higiene oral e promoção da saúde. Como muitas vezes acontece, terminam a visita na farmácia. Tudo isto num Hospital modelo, construído à medida dos mais pequenos.
A iniciativa decorre até às 17 horas para escolas e jardins de infância e das 17 às 19 horas é aberta a todas as crianças que tenham o seu "boneco doente", a necessitar de cuidados hospitalares.
Na passada semana, foi anunciada em Londres, uma droga alternativa para combater as bactérias resistentes aos antibióticos, como o temível Staphylococcus aureus.
Já abordei mais que uma vez a problemática da resistência aos antibióticos (VER AQUI). Portugal é o segundo país europeu, a seguir à Roménia, com maior prevalência de Staphylococcus aureus resistente. Esta bactéria é uma das principais causas de infecções hospitalares, tema tão debatido e de tão grande inportância no nosso país.
A nova droga tem uma abordagem diferente dos antibióticos, usando um tipo de enzimas chamadas endolisinas para destruir as bactérias nocivas, poupando as que são benéficas para o organismo.
O potencial uso de endolisinas como agentes antibacterianos tem vindo a ser proposto como uma alternativa há já alguns anos, mas só agora esta nova esperança no combate às infecções, provou ser capaz de curar cinco em seis doentes com infeções cutâneas causadas por Staphylococcus aureus.
Ficamos a aguardar que a empresa holandesa Micreos, responsável por este novo fármaco, nos traga mais boas notícias neste campo.
No Sábado, fiz um post sobre a bactéria "Legionella" em Vila Franca de Xira (VER AQUI) e falei de cerca de 30 pessoas infectadas que deram entrada no Hospital da mesma zona. Hoje, passadas 48 horas, este número está multiplicado quase por 8 (233 infectados) e o número de mortes quintuplicou (passou de 1 para 5).
Dados os números, achei importante voltar ao assunto para reforçar algumas medidas a adoptar pela população daquela zona, que foram aconselhadas pela Direcção Geral de Saúde (DGS).
- Para que alguém fique infectado, é necessário haver uma quantidade suficiente de batérias.
- A ingestão de água não causa dano, mas sim a inalação das gotículas contaminadas.
- A temperatura óptima para o crescimento da bactéria vai até aos 45 graus.
Dados os factos a DGS recomenda que:
- Os termoacumuladores sejam regulados a 75 graus.
- Sobretudo nas zonas afectadas (e noutras por uma questão de higiene) se tire o chuveiro do suporte e se coloque num balde com lixívia durante meia hora, uma vez por semana.
- Não se devem frequentar spas, jacuzzis e hidromassagens enquanto a fonte do problema não for detetada.
- Faça uma vida normal, sem fazer uma pressão muito grande nas torneiras. - Esteja atento às notícias e recomendações feitas pelas entidades competentes.
Muito se tem falado dos ares condicionados, mas convém salientar que os caseiros e os dos carros são diferentes dos industriais e não constituem perigo para a propagação da bactéria.
Graça Freitas, Subdirectora-Geral de Saúde, disse que "a Direcção-Geral de Saúde (DGS) ainda não percebeu se a bactéria se terá espalhado através das torres de refrigeração de fábricas ou do sistema de água, sabendo-se apenas que o surto está circunscrito às freguesias de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa".
Sabe-se já que o primeiro doente infectado terá sido um senhor do Porto, que deixou Vila Franca de Xira no dia 18 de Outubro. Há mais casos no Barreiro e em Castelo Branco, mas todos eles com ligações a Vila Franca de Xira.
É um surto de elevada dimensão e é natural que estejamos todos apreensivos, mas não há razão para alarme exagerado pois, pelo que fica exposto, a infecção está circunscrita àquela zona do país e não se transmite pessoa a pessoa.
Deixo-vos um quadro muito ilucidativo da Direcção Geral de Saúde.
O frio chegou e com ele começa a sensação de pele seca e irritada. A exposição ao frio, vento, humidade, aquecimentos artificiais e os duches tendencialmente mais quentes, fazem com que a pele fique fragilizada e mais seca.
A hidratação do rosto, corpo, mãos, pés e lábios é fundamental durante todo o ano mas no Inverno deve ser uma rotina diária obrigatória.
Por vezes, não há hidratante que chegue para solucionar esta sensação, por isso, existem outras soluções complementares a um bom creme hidratante.
O uso de um Sérum faz todo o sentido no Inverno, pois a sua textura fluida, não gordurosa, facilita a penetração na pele. Aplicados antes do creme de dia e de noite, reforçam a hidratação, acalmando a sensação desagradável da pele seca.
Eu uso Sérum todo o ano, pois a minha pele já se habituou a este mimo...
Também as máscaras adequadas a cada tipo de pele, ajudam a hidratar em profundidade, sobretudo se escolhermos aquelas que actuam durante a noite.
Não podia deixar de referir os produtos da "moda" desta estação: os óleos de beleza para o rosto, que fazem milagres na nutrição da pele agredida pelo frio mas, relativamente a estes, vou falar num dos próximos posts.
O que é importante é dar atenção à sua pele e hidratar, não esquecendo que as pessoas idosas necessitam de cuidados extra nesta altura do ano.
Visite a sua farmácia e aconselhe-se com o seu farmacêutico!
Quando falei no post do dia 25 de Outubro (VER AQUI) do livro "A Próxima Peste", apelidei-o de estranhamente atual e, na realidade, parece que tenho razão, pois esta bactéria chamada "Legionella", que invadiu as notícias destes últimos dois dias, é uma das que Laurie Garrett descreve no seu livro.
Em 1976, em Filadélfia, um surto de pneumonia afetou os participantes da convenção anual da divisão da Pensilvânia da Legião Americana. A doença provocou a morte a 34 pessoas e foi chamada de "Doença dos Legionários", pois o agente responsável pela infecção era ainda desconhecido.
Cerca de 30 pessoas deram ontem entrada no Hospital de Vila Franca de Xira, todas infectadas pela bactéria Legionella.
A confusão instalou-se: o medo do contágio através da água provocou uma corrida aos supermercados daquela zona, para compra de água engarrafada, que acabou por esgotar em muitos estabelecimentos.
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira, após procederem a análises à água, tranquilizaram a população, garantindo a boa qualidade da água para consumo humano.
Ao ouvir as primeiras notícias, também me pareceu que algo não estava a ser bem transmitido, uns diziam que a bactéria se transmitia através da água e outros garantiam que não.
Na realidade, a Legionella transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou de aspiração de água contaminada. A bactéria não se transmite de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada. No entanto, ao beber água, a proximidade das vias respiratórias pode levar à inalação de gotículas contaminadas, não sendo o mais usual.
É muito comum o aparecimento da Legionella nos sistemas de ventilação, como condutas de ar condicionado ou condensadores de vapor. Como em muitos casos, a prevenção é fundamental, procedendo a uma desinfecção periódica destes sistemas.
Apesar da transmissão da "Legionella Pneumophila" não se transmitir de pessoa para pessoa, a Direcção Geral de Saúde (DGS) recomenda a ligação à linha de saúde 24 (808242424) antes de se deslocarem à urgência.
Para saber mais sobre este assunto, pode consultar o site da Direção Geral de Saúde.
Estudo de investigadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, revela que muitos idosos tomam muitos medicamentos, alguns deles não adequados ao seu estado de saúde. Para agravar esta situação, o estudo revela ainda que 45,8% destes idosos toma medicamentos em duplicado, ou seja, com o mesmo princípio activo e da mesma classe terapêutica.
Isto passa-se sobretudo com antidepressivos e ansiolíticos. Não é por acaso que, quando entramos na grande maioria dos lares, vemos muitos idosos sonolentos, sem reacção, à espera de algo ou alguém que nunca mais chega...
Não são raras também as quedas provocadas por esta sonolência exagerada e pela falta de reflexos da idade.
A toma de medicamentos não adequados está muito relacionada com o aparecimento de reacções graves, muitas delas responsáveis por hospitalizações evitáveis.
A revisão da terapêutica é sempre necessária mas, no caso dos idosos, ainda é de maior importância. O envelhecimento provoca a deterioração das funções responsáveis pela metabolização e excreção dos fármacos, como a função renal e hepática, por isso, os medicamentos que tomam aos 60 anos podem não ser os adequados para os 80.
O que acontece é que, muitas vezes, entram nos lares com uma certa medicação e mais ninguém se preocupa com a revisão desta, de modo a adequá-la ao estado do idoso. O importante é manterem-se calmos...
É bom que familiares e amigos estejam alertados para este problema e peçam uma revisão da terapêutica dos seus "avós", pelo menos uma vez por ano.
Esta revisão pode ser feita, numa primeira fase, por um farmacêutico e, posteriormente pelo médico assistente, para que a prescrição seja feita adequadamente.