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Várias vezes lemos e ouvimos notícias sobre o bloqueio à investigação e à chegada de medicamentos inovadores, devido ao preço elevado e a esta crise que se vai alongando no tempo.
A entrada em Portugal de determinados medicamentos para doenças como a SIDA e o Cancro demoram a chegar aos nossos doentes.
Para fazer face a este problema, um grupo de reflexão na área da saúde defende a criação de um fundo para a inovação, com dinheiro do orçamento do Estado e da Indústria Farmacêutica. A proposta foi feita por um grupo de especialistas que participaram no Think Tank - Pensar a Saúde, coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa, com o apoio da farmacêutica Roche.
A mim parece-me uma ideia fantástica; só em conjunto e com o apoio de quem sabe verdadeiramente do assunto, é que se conseguem estabelecer prioridades, de modo a trazer maior qualidade de vida aos doentes.
Vamos ver o que acham os nossos políticos que, muitas vezes parecem não falar a mesma linguagem que nós. Se pensarmos que a inovação terapêutica pode trazer a médio e longo prazo ganhos em saúde para todos, vai valer a pena investir na criação deste fundo.
Se pensarmos "pequenino" e se acharmos que tudo o que é inovação é só despesa, nunca mais evoluímos e quem sofre com isto somos todos: doentes, famílias, sociedade e até o próprio Estado que, em vez de investir na prevenção e na inovação, prefere gastar só na doença.