Dicas de Farmacêutica

Tenho a sorte de viver ao pé da praia. Ontem, ao fim da tarde, estava a dar o meu passeio pelo paredão, quando encontrei uma amiga que me deu a dica para este post; tinha sido submetida a uma pequena cirurgia para tirar um sinal maligno na zona da barriga. Pelos vistos, os anos passados a apanhar sol por estas bandas, deixaram-nos marcas não muito boas. Eu também já tirei um sinal idêntico nas costas e, a partir daí, além de proteger a pele devidamente, tenho muita atenção a todas as "pintas" que me aparecem no corpo.

Todos nós temos sinais, sardas e outras manchas no corpo (estima-se que, no adulto, existem, em média, 25 sinais espalhados pelo corpo). Poucos são os sinais de nascença; vão-se adquirindo com o crescimento e, por isso mesmo, não lhes prestamos muita atenção. Todavia, há alterações que podem constituir o primeiro indício de uma lesão mais grave, ou mesmo, de um cancro de pele.

Todas as pessoas devem fazer um auto-exame cutâneo regular para fazer o despiste precoce de uma eventual alteração e, se tal acontecer, consultar rapidamente um dermatologista. O despiste e o diagnóstico precoces podem ser fundamentais, podem marcar a diferença entre a vida e a morte.

No auto-exame da pele deve-se ter particular atenção ao tamanho dos sinais, à sua forma, bordo, cor e evolução. A cada um dos sinais, mas sobretudo se surgir um novo, deve aplicar-se a chamada regra ABCDE:
A - de Assimetria (forma irregular ou redonda)
B - de Bordo (contorno irregular ou delimitado)
C - de Cor (cor uniforme ou não)
D - de Diâmetro (se é superior ou inferior a cinco milímetros)
E - de Espessura (se houve espessamento recente ou não)
O que é que isto quer dizer? Que um sinal de forma simétrica, de contornos arredondados, de cor uniforme, com menos de cinco milímetros e que não tenha sofrido alterações na sua espessura, é um sinal que não deve merecer preocupação de maior. Caso contrário, há que consultar um especialista.

Para quem tem sinais suspeitos, cicatrizes resultantes de remoção dos mesmos e outras zonas sensíveis, é prudente, com a chegada do sol, usar um protetor para com SPF (Fator de Proteção Solar) elevado. Para estas zonas, os sticks são muito utilizados; existem muitos no mercado, é só escolher.
Esteja de olho nos sinais e proteja-se do sol!

O mês de maio é o mês do coração. Vou aproveitar para falar dos principais fatores de risco cardiovascular e da melhor forma de os prevenir.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no nosso país e também uma importante causa de incapacidade.

A idade e a história familiar constituem um fator de risco importante, sobre o qual não podemos influir. Existem, no entanto, outros fatores, ligados sobretudo a hábitos e estilos de vida, sobre os quais podemos e devemos ter alguma influência.

Quais são os principais fatores de risco das doenças cardiovasculares?

1 - Hipertensão Arterial (HTA).

2 - Hipercolesterolémia (Colesterol elevado).

3 - Diabetes Mellitus.

4 - Tabagismo.

5 - Sedentarismo.

6 - Maus hábitos alimentares e obesidade.

7 - Stress.

Durante este mês, tentarei abordar todos estes temas.

Prevenindo, vamos ter um CORAÇÃO mais SAUDÁVEL.

Todos os anos, no mês de maio, a Fundação Portuguesa de Cardiologia leva a cabo várias campanhas sobre o Coração e as doenças associadas.
Este ano, o lema da campanha é "NASCIDO PARA SER ATIVO", alertando para a necessidade de atividade na nossa população, cada vez mais envelhecida.
Veja o filme da campanha:
http://m.youtube.com/watch?v=azC8LaCfRsc