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A brincar, hoje abordo um dos temas mais importantes em farmácia: a automedicação ou a medicação aconselhada por pessoas sem conhecimentos para tal. E, para ilustrar isto, lembro-me sempre de uma das anedotas clássicas de salão: "A D. Maria estava com uma enorme diarreia. Falou com a vizinha, a D. Paula que lhe recomendou e deu uns comprimidos milagrosos, que ela tomava sempre que tinha um problema semelhante. Umas horas depois, a D. Paula liga aflita à D. Maria: - Ó vizinha...ai que eu me enganei, em vez do Diarrex, dei-lhe o Calmex para os nervos. - Deixe lá ó vizinha, borrei-me toda, mas estou muito calma...está tudo bem!" São comuns relatos de pacientes que passaram a tomar determinados medicamentos, a partir de recomendações de vizinhos, amigos ou parentes. Os perigos desta prática são reais e graves. - Nem sempre o mesmo sintoma é de uma mesma doença; - Nem sempre o medicamento que aliviou o outro, vai aliviá-lo a si. - Nem sempre pode tomar os medicamentos dos outros, pois podem interferir com a sua medicação crónica, diminuindo o seu efeito ou tendo efeitos secundários inesperados. - Um medicamento mal usado pode mascarar alguns outros sintomas e retardar o diagnóstico de uma doença grave. As pessoas são diferentes; as indicações são diferentes; as doses são diferentes...não se auto-medique e NÃO PEÇA MEDICAMENTOS À SUA VIZINHA! UM MEDICAMENTO NA DOSE ERRADA PODE INTOXICAR E MATAR!