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Lembram-se do post em que falei do meu cão por ter sido operado a uma pata? VER AQUI
Só por piada, sem ter graça nenhuma, há dois dias também fiz uma mini cirurgia e tive que tirar a unha do pé...um quisto alojou-se debaixo da unha e teve que ir para análise. Primeiro a unha ficou negra, depois era um fungo, a seguir um granuloma piogénico e terminou nisto:
Agora dói e custa a andar, sobretudo calçada...seria tão mais fácil no Verão...
Claro que tenho uma vantagem em relação ao meu cão: felizmente, não necessito de colar!
É uma situação caricata, os dois com a mesma coisa...e ainda dizem que não se pega...agora sou eu a mais coxa.
Há alguns meses, apareceu um inchaço numa unha da pata dianteira do Sebastião, o meu S. Bernardo. Foi ao veterinário, tomou duas vezes antibiótico e o inchaço não passou.
Quinta-feira voltou ao veterinário, mas teve que ficar internado no hospital, pois o dado inchaço era um tumor e tinha que ser tirado.
O Sebastião ficou bem, pois o local já lhe é familiar e é sempre muito bem tratado. Tratou-se de uma mini cirurgia, mas o meu cãozinho ficou sem um dedo...uma amputação não lhe vai tirar o estilo, mas não é nada agradável.
Correu tudo muito bem e, à noite, quando o fomos buscar, acho que ele não se importaria nada de dormir naquele hotel (Hospital Veterinário "BichoMix" ), pois não estava muito entusiasmado com a viagem até casa.
Veio com um colar enorme (para S. Bernardo...) e a logística não é nada fácil; diz que aquilo não dá jeito nenhum: bate em todo o lado, é difícil comer, só consegue ver em frente e nem é capaz de fazer aquele "contorcionismo" de cabeça, que lhe é habitual.
O antibiótico que toma de 12 em 12 horas não custa nada, pois o bocadinho de pão que o acompanha é muito saboroso.
O pior mesmo é o penso que tem que ser feito todos os dias: betadine, halibut, algodão, ligaduras, adesivo e mais duas pessoas a dar miminho enquanto uma tenta fazer aquilo o melhor possível...
Apesar de ter dormido dentro de casa com a dona mais nova e de ter muito mimo, continua muito triste.
Segunda-feira vai à consulta, pode ser que esteja tudo bem e possa tirar aquele colar que tanto o incomoda e que o põe com este ar tão tristonho...
Nunca me tinha apercebido que existiam cães preparados para ajudar pessoas surdas. Ontem encontrei um com o seu dono na estação de combóio das Devesas, em Vila Nova de Gaia. Observei-os com atenção e pesquisei um pouco sobre o assunto...estes nossos amigos não deixam de me surpreender.
Da mesma maneira que o cão-guia ajuda o dono cego a se situar num espaço que ele não pode ver, o cão para surdos faz com que o dono tome consciência do universo sonoro que, de outro modo, não poderia abranger.
"Algumas das tarefas que o cão para surdos aprende são: alertar para sons da casa (campainha/bater à porta, alarme de incêndio, temporizador de forno/micro- ondas, bebé a chorar, alguém a chamar pelo nome do dono, despertador); alertar para sons fora de casa (sirene de carros de polícia, de bombeiros ou de ambulância, ou de carro a aproximar-se na direção do dono); alertar para sons no local de trabalho (alarme de incêndio, colega de trabalho a chamar o dono, recepção de mensagem no telemóvel); e para outros sons como por exemplo recuperar objetos perdidos que façam som ao cair (chaves, moedas) ou levar mensagem entre cônjuges (um está a chamar o outro)". O cão é treinado para chamar a atenção do dono com gestos - a pegar na sua mão, por exemplo, para levá-lo até a origem do som percebido.
Apesar de haver algumas raças com características mais adequadas para auxiliar as pessoas com deficiência auditiva (pequinois, por exemplo), qualquer cão pode ser útil. Assim, se a pessoa já tem um cão, ele poderá ser educado com esse objetivo. De raça pura ou não, macho ou fêmea, o essencial é que seja tranquilo, doce, amistoso, sagaz, suficientemente curioso para procurar ruídos e inteligente para identificá-los.
O meu cão, de nome Sebastião, é tão atento às conversas e aos sons que, de certeza, poderia ter sido treinado para este fim.
Apesar de, em Portugal ainda haver poucos cães educados para este tipo de deficiência, verifica-se um esforço para que haja uma maior evolução, no sentido de que estes nossos amigos ajudem ainda mais os seus donos, sobretudo quando estes são portadores de alguma deficiência, seja ela visual, auditiva ou física (cães de assistência).